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A Geografia e Modernidade

Por:   •  14/2/2016  •  Abstract  •  1.126 Palavras (5 Páginas)  •  422 Visualizações

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GEOGRAFIA E MODENIDADE – PAULO C. COSTA GOMES

        Geografia Moderna seria é geografia que se modificou e se complementou para acompanhar o desenvolvimento da humanidade e suas formas de ocupação e interações no espaço e explicar as novas características do mundo, como a globalização, a questão ambiental e outros elementos marcantes da Modernidade pós- industrial.

       A geografia humanista é a corrente da geografia que pesquisa as experiências das pessoas e grupos em relação ao espaço com o fim de entender seus valores e comportamentos, pois argumentam que, como todos os trabalhos de geografia humana enfocam comportamentos do homem, aquela expressão serve para enfatizar que o objetivo dos geógrafos humanistas é pesquisar os elementos mais particularmente humanos da relação dos homens com o espaço e o ambiente, que são os valores, crenças, símbolos e atitudes.

       A geografia humanista surgiu em meados dos anos 1960 e ganhou força a partir da década seguinte, sob influência da fenomenologia (descrição filosófica dos fenômenos, em sua natureza aparente e ilusória, manifestados na experiência aos sentidos humanos é à consciência imediata), e de várias outras correntes epistemológicas ligadas ao humanismo. Três dos mais importantes autores para a origem e desenvolvimento da perspectiva humanista da geografia são Yi-Fu Tuan, (é um geógrafo sino-americano. Tuan nasceu em Tianjin, China. Filho de um diplomata de classe média teve acesso a uma boa educação.) Anne Buttimer (Anne Buttimer (nascido em 31 de outubro de 1938 ) é um geógrafo irlandês. Ela é professor emérito de geografia no University College , Dublin)

 e Armand Frémont (Armand Frémont , nascido em Le Havre (Seine -Maritime ) 31 de Janeiro de 1933, é um geógrafo francês) 

       O humanismo abre, assim, a via para a retomada do exemplo clássico da Antiguidade. O caráter exemplar desta reaproximação inscreve na consciência humanista uma vocação de continuidade, que serve igualmente na definição de uma nova relação com o mundo de uma nova dimensão do homem, considerando que existe uma evolução contínua e se rupturas.

O horizonte humanista

       “Há tantos romantismos quanto românticos”. Esta pode também ser aplicada para caracterizar o humanismo na geografia, pois a ausência de um programa unitário as vezes mesmo incoerente, caracteriza a obra destes geógrafos, pois a diversidade é interpretada como produto de um ecletismo voluntário. Esta corrente segue, assim, a direção dominante na ciência contemporânea, que é a de buscar referencias variadas, sem excluir nenhuma via, pois a exclusão é encarada como um risco de limitação e de empobrecimento. Na geografia humanista se todos estão de acordo em refutar o modelo científico anterior, não há, entretanto um verdadeiro consenso entorno de um novo modelo a adotar. Mas o que é mais importante para a geografia, o espaço, é considerado ao mesmo tempo como o resultado concreto de um processo histórico, e neste sentido ele possui uma dimensão real e física.

       O autor afirma que não é objetivo Dele fazer uma síntese histórica do que foi o humanismo, de suas origens ou das formas que ele tomou. O que importa é destacar algumas de suas características que são atualmente utilizadas. O primeiro faz referência a oposição ente o humanista e homens de ciência.. A primeira é representada por Descartes, que utiliza a prova da existência das coisas através de um método lógico. A segunda atitude nascida do fim da idade média recolocou o homem no centro de suas preocupações. O essencial desta nova abordagem é buscar um sentido interior na cultura humana, estando consciente de que, em sendo em homem, seu ponto de vista é parcial e antropomórfico.  

        Contrariamente a sociedade medieval, definida por um egocentrismo que via no outro um perigo para o dogma cristão, o humanismo facilitou a emergência da noção de comunidade humana, unida pelo fato de que o homem é sempre criador de cultura em todos os seus horizontes espaço-temporais. No lugar do egocentrismo medieval, o humanismo impôs a ideia de um antropocentrismo.

       Algumas características fundamentais do humanismo foram retomadas pela geografia. A primeira concerne a incontornável visão antropocêntrica do saber. Segundo a expressão consagrada, o homem é a medida de todas as coisas e não existe conhecimento objetivo sem a consideração deste pressuposto. A segunda é decorrente

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