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A escassez de água no Brasil

Por:   •  17/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.059 Palavras (5 Páginas)  •  560 Visualizações

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A ESCASSEZ DE ÁGUA NO BRASIL

Introdução

No Brasil encontramos 8% de toda água doce da Terra, o maior complexo hidrográfico do mundo. Somente a Bacia Hidrográfica da Amazônia possui 7.050.000 km2 de extensão. O Rio Amazonas desagua no mar 1/5 de toda a água doce que é despejada pelos rios nos oceanos.

Por causa do relevo, a maioria dos rios está nos planaltos apresentando grandes desníveis entre nascente e foz e tornando-os perfeitos para instalação de usinas hidroelétricas. Ainda temos os rios de planície, usados mais para a navegação.

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Mapa hidrográfico do Brasil (http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Hidrografia/mapa.jpg)

Com tantas bacias hidrográficas, o mapa da hidrografia do Brasil passa a falsa ideia de que aqui não há problemas de falta de água, mas não é bem assim. Existem problemas que comprometem o uso deste recurso, como por exemplo, a má distribuição das reservas dentro do território nacional em relação à distribuição da população. A Bacia Amazônica, a maior de todas, fica na Região Norte com a menor concentração populacional do Brasil. Já a Região Nordeste possui grande concentração populacional e sofre constantemente com a seca. O Centro Oeste concentra o uso da água na agricultura, que consome 73% do total de água consumida no país. O Sudeste e o Sul têm grande concentração populacional, grande índices de consumo e rios poluídos com água de má qualidade.

Desenvolvimento

O ano de 2014 deu início a maior crise de escassez de água no Brasil. Algumas causas são naturais, ou seja, a má distribuição da água no território, a má distribuição populacional e a estiagem severa que vem ocorrendo nos últimos anos. O Nordeste, já acostumado com grandes períodos de estiagem, agora divide este problema com o Sudeste, a região mais atingida recentemente. Os níveis de seus reservatórios têm se mantido baixo e forçado o uso do chamado “volume morto”, que é a água armazenada abaixo do nível de capitação e que apresenta baixa qualidade para consumo.

Além das causas naturais, este problema tem origem na falta de cuidados com os recursos hídricos, nos tempos de fartura não se pensou em políticas públicas para o controle do uso da água. Para se ter uma ideia, estima-se que 37% de toda a água preparada para consumo é desperdiçada, seja pelos sistemas operacionais com tubulações velhas e ineficientes, seja pelo uso indiscriminado pela população. Segundo informações do governo brasileiro, o uso da água no país é assim distribuído: 72% irrigação; 11% consumo animal; 9% abastecimento humano urbano; 7% industrial e 1% abastecimento humano rural.

Outro motivo da crise hídrica é o aquecimento global, que tem causado altas temperaturas e baixos índices de chuvas nas regiões mais afetadas. Mas vale lembrar que o aquecimento global não existe por si só, suas causas estão no excesso de emissão de gás carbônico na atmosfera pelo homem, que em consequência sofre com o desequilíbrio ambiental de forma geral.

Com o aquecimento global o planeta terá que lidar com fenômenos extremos como fortes tempestades, estiagens prolongadas, altas temperaturas e frio intenso, tudo isto afeta os recursos hídricos, especialmente nos grandes centros urbanos, onde o consumo é mais alto.

As medidas de precaução para atravessar estes períodos de grande estiagem são, da parte dos governos, evitar o desperdício nas redes de água e esgoto, instalação de sistemas de reaproveitamento da água da chuva e de sistemas de reuso, que retornam a água utilizada para as estações de tratamento para novo processo de purificação e possibilidade de reutilização. E ainda, os governos devem restaurar as florestas que cercam os mananciais e buscar despoluir os rios, existem pequenos rios cujas águas não são tratadas por que a poluição torna o tratamento muito caro, inviabilizando o uso destes rios para ajudar a abastecer as áreas afetadas pela estiagem.

E, da parte da população, a conscientização da necessidade de economizar, armazenar e reutilizar água hoje para ter amanhã é fundamental. Além disso, a geração de hoje deve buscar soluções para o problema que tende a crescer nos próximos anos.

Quando falamos de falta de água pensamos apenas no consumo humano e animal, na irrigação, na manutenção de casas e comércios, mas a falta de água implica em falta de energia elétrica, uma vez que a maior parte da energia consumida é produzida em usinas hidroelétricas. Assim, temos dois recursos importantes escassos e a população sofre as consequências com o racionamento de água e os apagões que prejudicam o comércio, a indústria, os hospitais, a agropecuária e outros vários setores da economia.

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