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ARQUITETURA E URBANISMO DE MINAS GERAIS

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Por:   •  24/11/2013  •  885 Palavras (4 Páginas)  •  549 Visualizações

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ARQUITETURA E URBANISMO DE MINAS GERAIS

A descoberta de ouro fez com que Minas Gerais se tornasse a região mais populosa e rica do Brasil colônia, com cerca de 400 mil habitantes em 1780. No início do século XVIII a vida cultural floresceu e o estilo barroco é que vigorou nas cidades da época.

Barroco religioso em Minas Gerais

Nas Minas Gerais, o Ciclo do Ouro favoreceu a atividade construtora durante todo o século XVIII, dando origem a alguns dos mais interessantes monumentos arquitetônicos coloniais brasileiros. Como em outras regiões, quase todas as igrejas foram construídas seguindo plantas maneiristas chãs, como por exemplo a Catedral de Mariana, construída na primeira metade do século XVIII, que além da planta retangular tem uma fachada bidimensional com frontão triangular, lembrando os templos jesuítas do século anterior.

Muito inovadora é a Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar em Ouro Preto, concluída por volta de 1733 segundo o projeto do engenheiro-militar Pedro Gomes Chaves. O interior da igreja apresenta forma decagonal dada pela exuberante talha dourada de Antônio Francisco Pombal, conferindo a essa igreja uma ousada organização interna. A forma decagonal está integralmente dada pela talha interior: exteriormente a Matriz do Pilar apresenta forma retangular.

Mais tarde apareceram igrejas ainda mais ousadas, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de Ouro Preto (começada em 1757) e a Igreja e São Pedro dos Clérigos de Mariana, ambas de autoria de Antônio Pereira de Sousa Calheiros. As plantas dessas igrejas, sem paralelos exatos na arquitetura portuguesa da época, estão formadas por três elipses justapostas, flanqueadas, no caso da igreja ouropretana, por torres circulares. A entrada se faz por uma galilé curvilínea de três arcos. É provável que a planta da igreja tenha sido concebida sob a influência da Igreja de São Pedro dos Clérigos do Rio de Janeiro, começada duas décadas antes. Também é possível a influência de edifícios da Europa Central, através de gravuras de tratados de arquitetura que circulavam em Minas Gerais no século XVIII.

Rococó mineiro

Em Minas Gerais, a arquitetura religiosa seguiu caminhos diferentes nos tempos do barroco-rococó. Ao contrário das outras regiões do Brasil, as fachadas de algumas igrejas incorporaram variações tridimensionais, criando uma nova expressividade. Além disso, a disponibilidade de pedra-sabão (estearito), um material fácil de esculpir, permitiu o desenvolvimento de belas e originais portadas pelo maior escultor colonial, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Na Igreja de Santa Efigênia de Ouro Preto, começada em 1733 e possivelmente projetada por Manuel Francisco Lisboa, observa-se o posicionamento ligeiramente recuado das torres em relação à fachada, além de um leve arredondamento das torres, o que pode ser visto como precursora das futuras fachadas mineiras. A fachada da igreja do Santuário de Congonhas (começada em 1757) incorpora um belo portal esculpido em pedra-sabão datado de entre 1765 e 1769 e provavelmente de autoria de Jerônimo Félix Teixeira. A importância dessa portada radica no fato de ser a primeira de uma longa série de portadas esculpidas em estilo rococó na região mineira.

Já a Igreja Nossa Senhora do Carmo de Ouro Preto, começada em 1766, é um marco do rococó mineiro. A fachada

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