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Antartica

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Por:   •  28/12/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.502 Palavras (7 Páginas)  •  188 Visualizações

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Antártica

Clima

O clima da Antártica ou Antártida é o mais frio da Terra, sendo a menor temperatura já documentada no planeta de -89.6 °C na Estação Vostok. Ela também é extremamente seca, com uma média anual de precipitação entre 30 e 70 mm; contudo, na maior parte do continente, a neve nunca derrete e é comprimida até transformar-se em geleiras que formam plataformas de gelo. As massas de ar raramente penetram a fundo no continente.

As temperaturas médias em sua região central ficam entre -30°C e -65°C, sendo a menor temperatura do mundo, -89°C, muito gelado, documentada na base russa de Vostok, a aproximadamente 3.400 metros de altitude no dia 21 de Julho de 1983. Devido à influência das correntes marítimas, as zonas costeiras apresentam temperaturas entre os -10°C e -20°C.

Estima-se que apesar dos seis meses de escuridão do inverno, a incidência da energia solar no Pólo Sul seja semelhante à recebida anualmente no Equador, mas 75% dessa energia é refletida pela superfície de gelo.

A Antártica Oriental é mais fria que a Ocidental por ser mais elevada. Massas de ar raramente penetram muito no continente, deixando seu interior frio e seco. O gelo no interior do continente dura muito, apesar da falta de precipitação para renová-lo. A queda de neve não é incomum no litoral, onde já se registrou a queda de 1,22 metro em 48 horas. Também é um continente com ventos fortes, registrando-se ventos com velocidades superiores a 140 km/h nas costas. No interior, entretanto, as velocidades são tipicamente moderadas.

A Antártica é mais fria do que o Ártico por dois motivos: em primeiro lugar, grande parte do continente está a mais de três quilômetros acima do nível do mar. Em segundo lugar, a área do Pólo Norte é coberta pelo Oceano Ártico e o relativo calor do oceano é transferido através do gelo, impedindo que as temperaturas nas regiões árticas alcancem os extremos típicos da superfície da terra no sul.

Vegetação

O frio, a escassez de solos livres de gelo, a débil insolação e a extrema secura ambiental são os fatores que determinam a pobreza biológica das terras antárticas. A vegetação, constituída por plantas adaptadas à sobrevivência nos duros invernos polares, só consegue vingar em algumas zonas litorâneas favorecidas pela disposição topográfica e pela latitude, ou então em pontos isolados do interior, onde os cumes mais altos e escarpados sobressaem da camada de gelo e neve. As espécies vegetais, na maior parte, são talófitos (liquens, algas e fungos), briófitas (musgos) e bactérias. Todas se reproduzem durante o verão antártico, formando manchas vegetais nos pontos em que se derrete o gelo dos glaciares e também nos afloramentos rochosos do interior, onde ocorre um interessante fenômeno de criação de microclimas mais quentes por causa da absorção de radiação solar pelas rochas de cor escura. No extremo da península Antártica e nas ilhas situadas ao norte do círculo polar, as condições climáticas menos rigorosas permitem a existência de maior variedade de espécies vegetais, entre as quais se incluem numerosas plantas superiores.

Em contraste com a pobreza vegetal das terras antárticas, a franja oceânica circundante contém enorme riqueza biológica, sobretudo em forma de fito plâncton (microrganismos vegetais), cujo crescimento se vê favorecido pela contínua chegada de substâncias nutritivas, vindas com as correntes ascensionais oriundas do fundo do mar, e pela mistura de massas de água entre as geleiras flutuantes.

A escassez de vegetação limita as possibilidades de vida animal nas terras continentais; de fato, as únicas espécies capazes de sobreviver, graças às reduzidas colônias de fetos, musgos e liquens, são os insetos e aracnídeos (cerca de cinquenta espécies), muitos dos quais parasitos de animais marinhos (focas e pinguins). A abundância de fito plâncton (diatomáceas) e zooplâncton (krill, um crustáceo minúsculo que forma grandes concentrações) nos mares antárticos constituem a base alimentícia de numerosas espécies de peixes, moluscos, crustáceos, cefalópodes, mamíferos marinhos e aves.

Como não existem grandes predadores, as colônias de aves alcançam desenvolvimento extraordinário nas costas do continente e das ilhas. Os pinguins são as aves mais características da Antártica; adaptados à vida aquática, esses animais formam enormes concentrações nas ilhas subantárticas (pinguins-reais, saltadores etc.) e no continente, onde se destacam as espécies do pinguim-imperador e a Adélia, os mais capacitados para resistir ao rigoroso inverno. Entre as 45 espécies de aves que vivem na zona antártica cumpre citar ainda a pomba e o corvo marinhos, que durante o verão se alimentam de carniça e de ovos e filhotes de pinguim, a andorinha do mar, o petrel antártico ou procelária, o cormorão-de-olho- azulado, a gaivota gigante e diversos tipos de gaivotas, albatrozes e patos.

O mais meridional dos mamíferos marinhos é a foca de Weddell, que costuma viver no limite da banquisa e se alimenta de lulas e peixes pequenos, assim como a foca de Ross, que habita as proximidades das plataformas flutuantes de gelo. Outras espécies de pinípedes antárticos são o elefante marinho, a foca caranguejeira, cuja dieta se baseia no krill e a foca-leopardo, que se alimenta de pinguins e de filhotes de outras espécies de focas. O krill é também o alimento básico das baleias, as quais encontram nos mares antárticos um habitat perfeito para sua sobrevivência, sobretudo nos meses de verão. A caça descontrolada desses cetáceos pôs em risco iminente de extinção algumas espécies, particularmente a baleia azul, o maior animal do mundo. Outros cetáceos presentes nas águas antárticas são o rorqual, a orca, a baleia preta ou jubarte e o golfinho.

O Tratado da Antártica, firmado em 1959, estipula a proteção internacional da riqueza biológica das terras e mares desse continente, cujo sistema ecológico é o menos alterado do planeta, apesar da introdução recente de diversas espécies procedentes de outras latitudes, como o coelho, o carneiro, o cão e o rato, principalmente nas ilhas subantárticas.

Relevo

Na Antártica Oriental encontram-se

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