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Arquitetura Bioclimática: Recomendações Para Palmas/TO

Por:   •  18/11/2018  •  Artigo  •  3.787 Palavras (16 Páginas)  •  295 Visualizações

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ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA: RECOMENDAÇÕES PARA PALMAS/TO

MARIANA BRITO DE LIMA1 DJEAN DA COSTA BARBOSA2

LILIANE FLÁVIA GUIMARÃES DA SILVA3

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RESUMO: Essa pesquisa consiste em uma revisão de literatura a partir de normas técnicas,

livros, teses, dissertações e outras publicações, buscando localizar as diretrizes e estratégias de projetos, com o objetivo de sistematizar diretrizes de projeto existentes que considerem as características específicas climáticas adequadas ao clima de Palmas – TO. A adoção de diretrizes como uma estratégia de projeto auxilia na criação de ambientes com maior qualidade de vida, consumindo a menor quantidade de energia e atendendo às exigências térmicas de seus usuários.

Palavras-chave: Clima, Projeto Arquitetônico, Adequação Ambiental, Palmas-Tocantins. ABSTRACT: This research consists of a literature review from technical standards, books, theses, dissertations and other publications, seeking to find the guidelines and strategies of[pic 7]

projects,  with  the  purpose  of  systematizing  existing  design  guidelines  that  consider the

specific climate characteristics appropriate for the climate of Palmas – TO. The adoption of guidelines as a design strategy helps create environments with a higher quality of life, consuming the least amount of energy and meeting the thermal requirements of their users.

Key Words: Climate, Architectural Design, Environmental Adaptation, Palmas-Tocantins.[pic 8]

  1. Introdução

O clima é o resultado de diversos elementos atmosféricos (sol, latitude, ventos, massas de terra e água, topografia, vegetação, solo e outros) que ocorrem na atmosfera da terra, é caracterizado de acordo com alguns elementos: temperatura do ar; umidade do ar; movimentos das massas de ar e precipitação (ROMERO, 1988). Os dados climáticos influenciam diretamente tanto no edifício quanto no indivíduo. O desempenho da edificação é influenciada pelo clima no aspecto da transferência de calor através dos diversos materiais e formas da estrutura da edificação, que alteram as condições dentro do ambiente interno

[pic 9]

1 Docente do Curso Superior em Engenharia Civil e Curso Técnico em Edificações do Instituto  Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins, Mestre em Engenharia Urbana pela Universidade Federal da Paraíba. E-mail de contato: mariana@ifto.edu.br

2 Acadêmico do Curso Técnico em Edificações Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins. E-mail de contato: djean.god@hotmail.com

3 Docente do Curso Superior em Engenharia Civil e Curso Técnico em Edificações do Instituto

Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins, Doutoranda do Programa de Pós- Graduação em Ciências do Ambiente da Universidade Federal do Tocantins. E-mail de contato: lilianeg@ifto.edu.br

www.abclima.ggf.br/sbcg2014


em termos da temperatura do ar, temperatura radiante média, ventilação e umidade (SILVA, 2000).

Atualmente, pode-se dizer que há muitos exemplos na arquitetura capazes de melhorar a qualidade ambiental das construções realizadas, tendo em conta os princípios básicos de “construir com o clima” onde se tem demonstrado, sem nenhuma dúvida, a viabilidade econômica desse tipo de obra. Com esta convicção, foi desenvolvida a presente pesquisa, fruto de um projeto de Iniciação Científica Júnior do Curso Técnico de Edificações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins, iniciativa da citada Instituição para fomentar o interesse científico de estudantes ainda no curso técnico.

O projeto de pesquisa consistiu em uma revisão de literatura a partir de normas técnicas, livros, teses, dissertações e outras publicações, buscando localizar as diretrizes e estratégias de projetos, com o objetivo de sistematizar diretrizes de projeto existentes que considerem as características específicas climáticas adequadas ao clima de Palmas – TO.

Espera-se com essa pesquisa contribuir para a divulgação da importância de projetar edificações observando os aspectos bioclimáticos de uma região, pois, a inobservância das peculiaridades climáticas pode causar a redução da qualidade de vida dos seus ocupantes, o aumento da saturação de sistemas artificiais de condicionamento ambiental no setor residencial, o aumento do consumo de energia elétrica nos períodos de ponta, e a possível inadimplência dos consumidores de baixa renda. (PEDRINI, 2009)

  1. Discussão

Dentre os estudos da climatologia aplicada, a arquitetura bioclimática busca a harmonização das construções ao clima e características locais. Manipula o desenho e elementos arquitetônicos afim de otimizar as relações entre homem e natureza, tanto no que se diz respeito à redução de impactos ambientais quanto à melhoria das condições de vida humana, conforto e racionalização.

A expressão projeto bioclimático, criada pelos irmãos Olgyay, na década de 60, estabelece que essa arquitetura busca utilizar, por meio de seus próprios elementos, as condições favoráveis do clima com o objetivo de satisfazer as exigências de conforto térmico do ser humano (LIMA, 2007).

A presente pesquisa constitui em um estudo da relação entre o clima do Município de Palmas e de recomendações já propostas para o clima, de forma a obter sugestões de arquitetura apropriadas ao clima através de estratégias projetuais. A pesquisa iniciou  através de estudo bibliográfico sobre clima, fatores climáticos e a relação entre o clima e a arquitetura em autores como Bustos Romero (2001), Araújo (2001), Grimm (1999), Frota


(2003) Olgyay (1963), Givoni (1992), Roaf (2006), Lima (2004, 2005, 2006, 2007) e ABNT

(2003) e pesquisa para a caracterização do Clima de Palmas (INMET, 2014), para estabelecer as condicionantes climáticas da região.

O clima regional é determinado pelos efeitos modificantes do relevo local e pelas modificações introduzidas por edifícios ou grupo de edifícios. “A escala macroclimática (regional) – quando modificada pelos fatores orográficos a uma escala meso (que inclui o urbano) – pode definir o clima do entorno mais próximo” (ROMERO, 2001, p. 46).

Nessa primeira fase do projeto, a análise das condições climáticas da cidade de Palmas-TO, deparou-se com a primeira dificuldade, pois a produção da Climatologia Geográfica brasileira deixa extensas áreas da Região Norte descobertas, “o que revela uma compreensão ainda incompleta da dinâmica climática e das suas inter-relações com outras esferas do espaço geográfico”. (ZAVATTINI, 2004 apud SOUZA, 2010).

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