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Atualidade Do Meio Rural Brasileiro

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Por:   •  22/9/2014  •  849 Palavras (4 Páginas)  •  298 Visualizações

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Atualidade do meio rural brasileiro

Há necessidade, na atualidade, de se ampliar o debate da questão agrária para além da afirmação de que o agronegócio garantiria renda e emprego para todos nas comunidades rurais, ou de que a reforma agrária no país seria anacrônica, considerando outros aspectos do espaço rural brasileiro que compõem a “nova ruralidade”. Esta nova ruralidade destaca o produtor familiar, que representa um foco para a diversificação da economia rural, já que o agronegócio depende em parte do mercado externo e fica sujeito às flutuações dos preços internacionais.

Como parte da agricultura brasileira direciona-se à exportação, os interesses internacionais influenciam na produção nacional e os complexos agroindustriais retiram do produtor a decisão de como e o que produzir, verticalizando, sobremaneira, o sistema agroalimentar. Os países centrais, via de regra, impõem as condições para a produção de gêneros agrícolas, ao passo que as suas agriculturas são protegidas. Isto torna a agricultura nacional sujeita a uma concorrência injusta, muito embora os números apontados indiquem um crescente volume de exportação. O entendimento, se não o único ou dominante, mas freqüente, é que o desenvolvimento do capitalismo no campo, ao mesmo tempo em que recria de forma subordinada o agricultor familiar, força-o à especialização. Haveria uma tendência ao abandono de algumas culturas ou rebanhos em benefício de algum outro que passaria a ser cultivado/criado de forma (quase) exclusiva e especializada (com tecnologias modernas), visando a elevação da produtividade, redução de custos, competitividade no mercado, qualidade, etc. A transferência de riqueza pública em favor da iniciativa privada tanto pode se dar através de investimentos em infra-estrutura e setores básicos, quanto pela retirada do Estado daqueles espaços, desde que tenham se tornado atrativos à iniciativa privada, ou ainda, através da política de crédito e de subsídios. Não obstante a incorporação de novas tecnologias, houve um excedente de mão-de-obra que foi dispensado deste setor e que teve de procurar ocupação em outros setores ligados à produção. Então, se de um lado a incorporação de inovações tecnológicas aumenta a produção e a produtividade, por outro, reduz os postos de trabalho na lavoura. Isto leva para um fato preocupante que é a falta de emprego. Esta questão ganha uma dimensão maior se for considerado o meio rural, espaço onde as novas formas de produção reduziram a ocupação de mão-de-obra. O número de trabalhadores rurais e famílias dedicadas exclusivamente às atividades agrícolas vêm decrescendo rapidamente, acompanhado por um crescimento de trabalhadores rurais e famílias ocupadas em atividades não-agrícolas, isto é, unidades familiares em que nenhum membro está engajado em atividades agrícolas. Frente à queda generalizada do emprego agrícola nos diferentes países e regiões, pode-se afirmar que o crescimento das atividades não-agrícolas no meio rural está se configurando como um fenômeno absolutamente relevante não apenas para promover o desenvolvimento econômico e o bem-estar social das populações rurais, mas, também, para a própria interpretação analítica das transformações agrárias contemporâneas. Com a modernização da agricultura, desencadeia-se novo processo de seleção/exclusão e desterritorialização dos agricultores que migram para a cidade e/ou para a fronteira

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