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Ciclismo E Planejamento Urbano

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Por:   •  28/5/2014  •  513 Palavras (3 Páginas)  •  314 Visualizações

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Ciclismo e planejamento urbano –

Movimentos pró-ciclismo utilitário

Sempre que saímos de casa para andar de bicicleta percebemos as dificuldades de usá-la no dia a dia. Ao contrario da facilidade encontrada nos domingos como a pouca circulação de automóveis e ruas fechadas, para quem usa a bike como transporte o percurso não costuma ser tão tranquilo assim. Um dos motivos é a falta de políticas públicas na cidade do Rio de Janeiro, e de maneira geral no Brasil, que dificultam o uso diário das bicicletas. Por isso, diversos segmentos se manifestam reivindicando melhores condições e incentivos para o uso desse transporte de tração humana.

Tendo em vista o grave problema no planejamento dos transportes no Brasil, onde o automóvel privado é a prioridade, precisamos rever e reivindicar o uso de outros modos de locomoção. Além da clara defasagem nos transportes de massa em que os ônibus são insuficientes e caros, prejudicando sempre quem tem menos dinheiro e mora mais longe dos centros, e o metrô ou não existe ou é caro, lotado e sem interligação com os outros transportes, ainda enfrentamos a falta de infraestrutura e o descaso com o uso das bicicletas, patins, skates e afins.

Mas afinal, o que é possível fazer? O mais essencial é a construção de novas ciclovias (de qualidade!) e manutenção das já existentes que muitas vezes estão em situação extremamente precárias. Inclusive na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde teoricamente é a parte da cidade com o maior número de ciclovias, algumas delas são de paralelepípedo, com árvores no meio da faixa, ocupando calçadas inteiras e diversos outros defeitos. Além disso, elas são planejadas para o lazer e prática de esportes, o que compete apenas ao incentivo ao turismo e esporte, desconsiderando a possibilidade de seu uso para locomoção. A falta de segurança também intimida os ciclistas, que muitas vezes sabem que correm o risco de “perder” a bicicleta ao passar em túneis e determinados pontos de ciclovias, ou até mesmo de tê-las furtadas ao amarrar em um poste ou árvore. Por conta da falta de ciclovias muitas pessoas morrem no trânsito (36 no Rio em 2010) ou sofrem acidentes.

As tantas inconveniências causadas aos ciclistas levaram diversos grupos a se organizarem na luta pelo direito à locomoção. Na capital carioca atuam grupos como a Bicicletada (presente em muitas cidades brasileiras, por sinal com propostas bem interessantes), que sai todas as últimas sextas-feiras do mês no horário do hush saindo do centro da cidade e fazendo um percurso diferente a cada edição. Nela são benvindos também monociclos, skates, rollers e até pedestres que saem pelas ruas gritando palavras de ordem e musiquinhas como “á, ahá, eu não pago IPVA”. Existe também a Cyclophonica Orquestra de Câmara de Bicicletas que une a música com o ciclismo assim como a Nuvem, evento que ocorre de maneira irregular com pedaladas e sistema de som sobre bikes que sempre acabam em festa.

Enfim, a criatividade e a vontade/necessidade de pedalar impulsionam os movimentos pró-ciclismo não só na cidade do Rio como no Brasil e no mundo. Quanto mais ciclistas, mais luta e mais conquista.

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