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Classificaçao Do Relevo Brasileiro

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Por:   •  5/11/2014  •  8.826 Palavras (36 Páginas)  •  1.027 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

GEOGRAFIA

As Classificações do Relevo Brasileiro

Introdução

O relevo brasileiro apresenta grande variedade morfológica, como serras, planaltos, chapadas, depressões, planícies e outros; resultado da ação, principalmente, dos agentes externos sobre estruturas geológicas de diferentes naturezas e idades. Os agentes externos que mais participaram da formação do relevo brasileiro foram o clima (temperatura, ventos, chuvas) e os rios e a classificação de todo esse território se deu da seguinte forma.

O território foi dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo.

No ano de 1962, essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que utilizando da aerofotogrametria, acrescentou duas novas unidades de relevo.

E mais atualmente no ano de 1995 Jurandyr L.S. Ross divulgou uma nova classificação fundamentando seu estudo no projeto Radambrasil, um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985 onde se tirou diversas fotos da superfície do território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um avião.

Jurandyr L.S. Ross estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos, planícies e depressões.

Desenvolvimento

A classificação segundo Aroldo de Azevedo

A classificação de Aroldo de Azevedo foi criada em 1949 e esta em uso até os dias atuais, apesar de não incorporar alguns novos conhecimentos adquiridos sobre o relevo brasileiro, a classificação de Aroldo de Azevedo teve larga aceitação no país graças, entre outros fatores; Preocupação do autor em dar um tratamento mais coerente às unidades do relevo, assim, ao denominar as grandes unidades de relevo como planaltos e planícies, valorizou a terminologia geomorfológica que foi utilizada apenas para subunidades ou unidades menores ex.: Planalto Arenito-Basáltico (subunidade do Planalto Meridional) e Chapadas Sedimentares (subunidade do Planalto Central); ao cuidado do autor em identificar as áreas bem individualizadas, tanto em relação às características topográficas quanto às geológicas; a sua simplicidade e originalidade.

A classificação segundo Aroldo de Azevedo ficou dividida da seguinte forma:

Planalto das Guianas e Planalto Brasileiro subdividido em Planalto Central, Planalto Atlântico e Planalto Meridional as planícies em Planície Amazônica, Planície Pantanal e Planície Costeira.

Aroldo de Azevedo dividiu o relevo brasileiro em sete grandes unidades: quatro planaltos e três planícies.

A classificação segundo Aziz N. Ab’Saber

No ano de 1962 o renomado geógrafo Aziz N. Ab’Saber propôs uma nova divisão para o relevo brasileiro, em algumas regiões usou-se da aerofotogrametria, apesar de ter incorporado outros conhecimentos sobre o relevo brasileiro, manteve grande parte da proposta elaborada por Aroldo de Azevedo.

Aziz Ab’Saber fez a classificação do relevo brasileiro com base no tipo de alteração predominante na superfície, erosão ou sedimentação.

Dividiu o Planalto Atlântico em Planalto Nordestino e Serras e Planaltos do Leste e Sudeste e acrescentou à nova divisão dos outros planaltos o do Maranhão-Piauí e o Uruguaio-Sul-Riograndense, elevando assim para dez o total de grandes unidades do relevo brasileiro.

A classificação do relevo segundo Jurandyr L.S. Ross

Jurandyr Ross divulga sua classificação em 1995 com base em tecnologias mais avançadas diferentemente das classificações anteriores que tinham como base dados obtidos em longas viagens, pelo extenso território brasileiro.

As novas tecnologias como o Radambrasil, permitiram obter informações de tal modo precisas, que foi possível identificar com clareza os diferentes tipos e as verdadeiras dimensões das unidades de relevo existentes. A Planície Amazônica, por exemplo, que nas classificações de Aroldo de Azevedo e Aziz abrangia uma área de aproximadamente 2 milhões de quilômetros quadrado, ficou reduzida a apenas 5% desse total cerca de cem mil quilômetros quadrado e passou a ser denominada Planície do rio Amazonas. Os 95% restantes correspondem a outras formas de relevo depressões e planaltos.

O Planalto Central, outra extensa unidade morfológica, deixou de ser assim considerado e foi dividido em diversas unidades morfológicas, nenhuma das quais herdou o nome original. As denominações Planalto das Guianas e Planalto Meridional também foram abandonadas.

O critério utilizado por Jurandyr Ross e sua equipe de geógrafos leva em conta a estrutura na gênese das formas do relevo, fator estrutural, mas valoriza, sobretudo a geometria ou o modelado, fator escultural ou morfológico, que essas formas apresentam.

Nessa classificação o primeiro nível considera o caráter estrutural, geológico, dos planaltos. Assim aparecem os planaltos esculpidos em bacias sedimentares, em núcleos cristalinos. Esse nível não abrangeu as depressões porque estas segundo Ross, são superfícies de erosão embutidas entre os planaltos.

O terceiro nível define nominalmente com uma das unidades geomorfológicas, tanto as de planalto quanto as de planície ou de depressão. Por exemplo: Planalto de Borborema, Depressão do Araguaia e Planície do rio Araguaia.

Em razão da maior complexidade e do detalhamento que a classificação de Jurandyr Ross apresenta em relação ás anteriores, sua importância ultrapassa o ambiente escolar, permitindo o conhecimento minucioso do relevo brasileiro, fundamental no planejamento do país.

Nesta classificação o numero de grandes unidades geomorfológicas aumentou pra 28 e introduziu um conceito geomorfológico o de depressão.

No mapa a seguir estão indicadas as 28 macrounidades, denominadas unidades morfoesculturais.

Conclusão

Até os dias atuais são consideradas todas estas

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