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Didático De Ensino E Aprendizagem No Ensino Fundamental I

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Por:   •  11/11/2014  •  2.344 Palavras (10 Páginas)  •  388 Visualizações

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A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA GEOGRAFIA E DA DIDÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Julio Antonino da Silva Neto

RESUMO

Este artigo tem por objetivo, identificar as correntes teórico-metodológicas do ensino de Geografia, mostrando as diferentes etapas de fazer Geografia, a instituição desta como disciplina escolar em nosso país, dando ênfase a todas as etapas pela qual a mesma passou e por fim em como ela enquanto disciplina escolar está hoje, com novos métodos e uma didática totalmente renovada e que certeza não ficará estagnada.

Palavras - chave: Ensino aprendizagem, correntes teórico-metodológicas, novas didáticas.

ABSTRACT

This article aims to identify the current theoretical and methodological teaching geography, showing the different stages of making geography, this institution as a school discipline in our country, with emphasis on all stages through which it passed and finally in while school discipline as she is today, with new teaching methods and a totally renewed and that certainly will not be stagnant.

Keyword: Teaching learning, theoretical-methodological currents, new didactic.

INTRODUÇÃO

É comum encontrarmos pessoas adultas, ou jovens dizerem que a Geografia é uma matéria muito chata e que bastava decorar conceitos como: Território, lugar e capitais (nomes) para passar de ano, mas será que a geografia realmente é isso?

A geografia realmente já foi sim passada desta maneira e mesmo hoje, não é muito difícil encontrarmos professores que ensinam desta forma retrógada. A geografia escolar que vemos hoje já passou por transformações em suas teorias, metodologias e didáticas, mas nem a usada atualmente é a mais certa, pois a geografia muda conforme o homem muda o seu espaço tornando-se assim uma disciplina que muda de acordo com a sociedade, que é o que será observado no desenvolvimento deste artigo, todas as suas mudanças, descrições, períodos e metodologia até chegarmos à geografia atual.

1.0 COMO A GEOGRAFIA SE TORNOU UMA DISCIPLINA NO BRASIL.

Antes de conhecermos a Geografia como disciplina escolar, ela já existia nas guerras, no mar quando as caravelas buscavam terra e no cotidiano de cada um de nós. Mas, para podermos conhecer o que ela é hoje precisaríamos de uma base, ou seja, de pessoas que reconheceram a importância da mesma e tenha resolvido estudá-la e passar seus conhecimentos para outras pessoas.

A geografia até chegar ao Brasil passou por cinco escolas diferentes, a da França com Vidal de La Blache, a dos EUA com e a russa com. Nosso país como sempre copiou e copia exemplos de outros países, incorporando então a Geografia da escola francesa, onde a descrição e a leitura de mapas era apenas o que era visto.

A geografia para torna-se uma disciplina escolar percorreu um grande caminho, passou por três correntes diferentes e em uma delas sumiu dos componentes curriculares de todas as escolas brasileiras. A primeira corrente teórico-metodológica foi a La Blachiana ou comumente chamada de tradicional; esta corrente vem da frança sendo em nosso país uma herança européia, onde a descrição de lugares nos aspectos naturais, humanos e econômicos era o que lhe destacava das demais correntes e que surgiu a partir de mapas usados em guerra, por isso é denominada de descritiva.

Por volta dos anos 60, chega às nossas salas de aula uma Geografia quantitativa ou tecnicista que vai até os anos 70, de acordo com os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais), que procurava a neutralidade sendo uma disciplina pragmática, porém durante o regime militar a geografia como disciplina escolar é extinta de nosso país tornando-se Estudos Sociais, que foi a extinção da disciplina de história no currículo brasileiro também. O componente curricular de Estudos Sociais buscava despertar nos alunos o patriotismo e o respeito para com a sua pátria. Como está presente neste trecho do Hino Nacional escrito por Joaquim Osório e Francisco Manuel da Silva: “(...) Ó pátria amada, idolatrada, salve! Salve!”.

Tocado diariamente nas escolas para reforçar o sentimento de patriotismo e amor a pátria. Somente com o fim da Ditadura Militar chega ao Brasil, a Geografia chamada de Crítica ou Marxista, vêm também os guias curriculares onde cada estado faz o seu, surgiu a partir do “grande despertar”, na década de 80, onde só descrever não era mais válido, nesta corrente, estudar ideologias (novas idéias) era o mais importante, o que acabou influenciando em novas propostas curriculares para as quintas e oitavas séries (sextos e nonos anos), que eram estudos voltados para relações econômicas e relações de trabalho. Mas, de acordo com os PCN’s ainda existia falhas nesta corrente, como mostrado neste trecho de Beatriz Zanatta: “(...) A Geografia Crítica Marxista fixou como meta prioritária a denúncia da despolitização ideológica do saber e do saber e do fazer das Geografias vigentes” (ZANATTA, 2010: 287).

Nos anos 90 acontece a divulgação e aprovação da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em Dezembro de 1996, que estabelece como forma de lei a discussão do professor e de todos os profissionais da área, implantando no país um processo de reforma dos cursos de graduação. Os PCN’s, também surgem na década de 90, especificamente no ano de 1998, acabando com os guias elaborados em cada estado, pelo Ministério da Educação (MEC).

Atualmente a corrente teórico-metodológica sugerida pelos PCN’s é a Geografia nova, que busca conciliar o local com o global e não só descrever ou falar da economia, mas colocando todos os aspectos em um só conceito, veja:

(...) Dentre as principais idéias postuladas por essa abordagem, pode-se mencionar a de movimento, compreensão do espaço como produto social, a relação sociedade/natureza em sua historicidade, a de contradição a Geografia como ciência social (ZANATTA 2010, p. 293).

Como também relata CAVALCANTI, (1998, p. 122) apud CALLAI (2010 p. 29):

(...) é uma prática social que ocorre na história cotidiana dos homens. Há uma Geografia das coisas e da vida cotidiana. Essa Geografia pode ser pensada ou conhecida no plano cotidiano e no do não cotidiano, sendo que cada tipo de conhecimento tem suas características própria.

1.1 Correntes do pensamento geográfico.

CORRENTE CONCEITO BASE TEÓRICO-METODOLÓGICA

Geo.

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