Educação Básica: A Lei E A Realidade

A presente prática visa a realização de uma análise crítica frente a realidade do contexto escolar mediante o que consta na Lei das Diretrizes e Bases da Educação Básica, a LDB.

Ao acompanhar o processo histórico da educação, percebe-se de imediato que mesmo com o avanço proeminente da legislação em relação ao atendimento a sociedade no que condiz ao direito à educação, ainda constantemente depara-se com a incoerência de não se aplicar na prática a Lei em questão.

Portanto, está claro o fato de estar faltando o devido respeito, e devido cumprimento da legislação educacional. Esse fato nos leva a discutir sobre os principais pontos que criam o distanciamento entre a Lei e a prática do cotidiano escolar.

Sinopse do filme: Pro dia Nascer Feliz

O filme retrata a vida cotidiana de estudantes e professores em quatro cenários geográficos distintos: escola no interior de Pernambuco, uma escola de periferia na Baixada Fluminense/RJ, uma escola de periferia na Grande São Paulo e uma escola de classe média alta de São Paulo.

Por meio de depoimentos de alunos, professores e dirigentes, é possível percebermos os conflitos sociais e raciais que estão presentes na escola e as dificuldades de seu funcionamento por conta da ausência de recursos financeiros.

Relatório

“Pro dia nascer feliz” é um documentário queretrata a abordagem sobre a realidade em diferentes escolas brasileiras, refletindo frente aos acontecimentos pertinentes ao contexto educacional. O filme ainda provoca uma leitura dinâmica entre fatos que permeiam escolas do Nordeste em contraste com de escolas no Sudeste. Em primeira instância de análise, é possível detectar diversos aspectos negativos em relação à realidade escolar brasileira, sendo desse modo inevitável reprimir certos questionamentos como sobre professores de escolas públicas sendo agredidos física e verbalmente, sendo ameaçados e para completar ainda recebendo péssimos salários que o governo investe nesses profissionais, tão caros a sociedade. Tudo isso se apresenta como um imenso desafio para os professores, tendo, por exemplo, que suprir as necessidades geradas pela sociedade moderna, à falta de infraestrutura mínima e de espaço nas escolas públicas do país. Salienta-se deste modo, a desigualdade social que expõe estudantes marcados por uma realidade de pobreza e de violência, aliado a má administração dos recursos destinados à escola pública. Ainda em algumas cenas do filme, observa-se o problema de docentes que se encontram muito desmotivados não só pela falta de recursos para ministrar suas aulas dignamente, mas também pelo desinteresse da parte discente que, por sua vez, se encontra desestimulada pelo mau funcionamento geral do sistemaescolar, completando assim o quadro drástico educacional. Verificam-se no filme também, que por quaisquer motivos, surgem as agressões e desrespeito aos educadores, onde os alunos provenientes da favela demonstram encarar a situação com muita “naturalidade” entre eles. Nesse sentido, uma aluna com suas palavras ao dar seu depoimento fala que gostaria de ser professora futuramente, porém sabendo que com essa profissão teria de “suportar” muitas coisas desagradáveis. No caso das periferias, o documentário destaca o papel da violência ao

comentar as inúmeras agressões sofridas na escola, aonde uma

diretora desabafa: "O professor está preparado, mas não para esse tipo de aluno". Contudo, um dos depoimentos mais fortes do filme é o de uma jovem agressora que conta como assassinou sua colega: "Ela quis me barrar na festa. Eu pensei: ela tem que morrer essa safada. Fui procurar ela na hora do intervalo e a encontrei no corredor. Aí foi daquele jeito. Mandei ver. E ela lá no chão, estirada”. “Ela ia morrer de qualquer jeito um dia. Eu só antecipei". Depois de ser interrogada a respeito de como as coisas sucederia após todo o ocorrido, ela ainda relata: “não dá nada, por que sou menor de idade e três anos passam bem depressa” completou a adolescente. Esse fato certamente nos impressiona, levando-nos a refletir sobre a necessidade de atualmente passar a rever.

A lei 9394/96 apresenta em seus artigos esperanças, mas também desafios que mobilizam educadores de todo o país, visto que o Ensino Médio foi a parte mais nigligenciada de toda a realidade educacional brasileira. Tantas leis de diretizes e bases já foram elaboradas no país como a 5692/71, a saber, a mais criticada, pois não conseguiu resolver a dualidade de se criar um ensino de formação geral e outro voltado para a formação profissional. Contudo, a lei 9394/96 encerrou o maior desafio educacional, uma vez que com a democratização do acesso ao Ensino Médio, as escolas passaram a receber alunos diversos, o que acarretou consequências para o currículo. Assim o Ensino Médio passou a ter uma base nacional comum, cujo objetivo era unificar e alcançar a qualidade de ensino tão almejada. Todavia, sabe-se que o currículo é inadequado à realidade contemporânea e à vida do educando. As