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Erosão costeira

Por:   •  15/1/2016  •  Abstract  •  1.307 Palavras (6 Páginas)  •  272 Visualizações

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RESUMO

Os ambientes litorâneos sofrem alterações constantes, no caso da linha de costa as alterações são mais significativas, pois além de sofrer influencia direta dos processos oceanográficos, geológicos e climáticos a linha de costa também é fortemente impactada pela ação antrópica. Na perspectiva de compreender a evolução da linha de costa, torna-se necessário compreender os processos que têm relação direta com a morfodinâmica praial, como a relação entre processos hidrodinâmicos e o fluxo de sedimentos, bem como as alterações sofridas nesses ambientes a partir da ação antrópica. Nessa perspectiva destacam-se as técnicas de geoprocessamento como ferramenta de analise dessa dinâmica.

Palavras-chave: Linha de costa, Morfodinâmica, Geoprocessamento

INTRODUÇÃO

O litoral brasileiro, com seus mais de 8000 km, está submetido aos mais variados tipos de climas e ambientes geológicos-geomorfológicos (MUEHE, 2005). O clima se apresenta como uma das variáveis mais importantes dos processos litorâneos, principalmente se considerarmos a grande variação pluviométrica na qual o litoral está submetido, bem como o regime de ventos. Assim como os processos oceanográficos, fundamentais, principalmente considerando o fator imprescindível das marés na morfodinâmica e hidrodinâmicas costeira (MORAIS et al. (2006).

Os ambientes litorâneos sofrem alterações constantes, no caso da linha de costa as alterações são mais significativas, pois além de sofrer influencia direta dos processos oceanográficos, geológicos e climáticos a linha de costa também é fortemente impactada pela ação antrópica. Na perspectiva de compreender a evolução da linha de costa, torna-se necessário compreender os processos que têm relação direta com a morfodinâmica praial, como a relação entre processos hidrodinâmicos e o fluxo de sedimentos, bem como as alterações sofridas nesses ambientes a partir de ocupações com construções de estruturas que implicam na redução do aporte de sedimentos, que acabam desenvolvendo processos erosivos ao longo da linha de costa.

A presente área de estudo (praia da Barraeira da sereia) está localizada no Município de Icapuí, no litoral leste do estado do Ceará, “entre as latitudes -4°37’40” e -4°51’18” e longitudes -37°15’30” e -37°33’44” ” (MEIRELES; SANTOS, 2012) na divisa com o Estado do Rio Grande do Norte. Os estudos sobre morfodinâmica praial tornam-se necessários na perspectiva de compreender os processos litorâneos responsáveis pela alteração na morfologia da praia, servindo de instrumento para gestores públicos, quanto à elaboração de políticas de uso e ocupação desses ambientes, principalmente se considerarmos que a maior parte dos processos erosivos estão diretamente relacionados à instalação de estruturas urbanas que comprometem a disponibilidade de sedimentos.

REFERENCIAL TEÓRICO

As praias são resultado da deposição de sedimentos no decorrer do litoral através de movimentos contínuos, sendo as praias arenosas predominante no Brasil, todavia é comum a existência de praias formadas por outros materiais como o cascalho e seixos, bastante comuns em áreas de clima frio e temperado, bem como praias argilosas na região norte do país (CHRISTOFOLETTI, 1980).

Os ambientes praiais caracterizam-se por uma forte dinâmica submetida a diversos fatores ambientais, tais “como o geológico, o climático, o biótico e os fatores oceanográficos” (CHRISTOFOLETTI, 1980, p. 129). Como resposta a esses fatores destaca-se uma alteração direta na topografia desses ambientes, que atualmente já vem sento fortemente alterado pela ação antrópica, em virtude de seu grande potencial paisagístico e turístico. Os processos que trazem mudanças nos perfis de praia estão diretamente relacionados “às oscilações no nível de energia das ondas incidente” (ABREU, 2011, p. 57) impulsionadas pela ação das marés, que possuem papel primordial na morfodinâmica e hidrodinâmica litorânea.

Para Calliari et al. (2003) a morfodinâmica praial se constitui em um método de estudo integrado das observações morfológicas e dinâmicas, abrangendo uma maior descrição da praia e zona de arrebentação. O mesmo destaca que “a hidrodinâmica que existe ao longo da praia é o resultado da interação de ondas incidentes, refletidas ou parcialmente refletidas da face da praia” (WRIGHT & SHORT, 1984 apud Calliari et al. 2003). Esses processos são fundamentais na compreensão da evolução da linha de costa a partir da constante mobilização de sedimentos, alterando a morfologia das praias, seja por regressão ou progressão desses sistemas.

Cabe destacar os estudos morfodinâmícos realizados pela Escola Australiana de Geomorfologia Costeria, nas praias do sudeste australiano, apresentadas no trabalho de Calliari et al. (2003), onde foram identificados seis estágios morfológicos diretamente relacionados aos regimes de ondas e marés, sendo dois estágios extremos (dissipativo e refletivo) e quatro estágios intermediários (banco e calha longitudinal, banco e praia de cúspides, banco transversal e/terraço de baixa-mar). Tal modelo utilizado pela escola australiana contribuiu para uma avaliação e compreensão da morfologia praial.

Além dos processos energéticos, é importante destacar os fatores antrópicos no processo de alteração da morfologia costeira, a partir da ocupação desordenada sobre o ambiente praial, bem como sobre as dunas e falésias (típicas do litoral cearense), interferindo diretamente na disponibilidade

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