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MESTRADO EM AGRICULTURAS FAMILIARES E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Por:   •  9/6/2017  •  Resenha  •  616 Palavras (3 Páginas)  •  296 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

NÚCLEO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DESENVOLVIMENTO RURAL

EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURAS AMAZÔNICAS

MESTRADO EM AGRICULTURAS FAMILIARES E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

RESENHA

Resenha desenvolvida por Maria da Conceição Silva Rosa.

BELÉM-PA

MAIO – 2012

CHIAPPE, M. B. Dimensiones sociales de la agricultura sustentable. In: Agroecología: El camino hacia uma agricultura sustentable. Santiago J. Sarandón, ECA, Buenos Aires, 2002, p. 83-98.


Partindo do pressuposto de que a agroecologia, e consequentemente sua unidade de análise que são os agroecossistemas deve ser considerada em suas múltiplas  dimensões, sejam elas econômica, ecológica, social, política, cultural a autora se debruça sobre a dimensão social  e como esta dimensão influencia de forma decisiva para construção de uma nova concepção de desenvolvimento rural, pautada em uma agricultura mais sustentável, e que tem no enfoque agroecológico seu ponto de partida.  

Ao fazer referência a nova proposta de desenvolvimento, reforça os pontos significativos que contribuíram para que o modelo de agricultura convencional fosse questionado enquanto padrão para a produção de alimentos, e tomando como referência o modelo difundido pela Revolução Verde, que acabou se tornando predominante na realidade agrária tanto de países desenvolvidos como subdesenvolvidos, a autora admite que ocorreu um aumento substancial dos rendimentos na produção com a incorporação de tecnologias, da mecanização e de inúmeros insumos químicos, entretanto trouxe a reboque uma série de impactos negativos do ponto de vista não só ambiental e ecológico como também econômico e social, e que os altos índices de rendimento apregoados, nem sempre são alcançados, demonstrando que este modelo entraria fatalmente em crise.

E, é justamente neste contexto de insegurança que emerge a proposta de uma agricultura mais sustentável, conceito que segundo ela é ambiguo, dando margem para várias interpretações, mas que necessariamente deve contemplar aspectos ambientais e ecológicos, também econômicos e sociais, bem como as relações entre eles existentes, só sendo possível se pensar em sustentabilidade se houver equilíbrio entre estes aspectos. Também faz uma reflexão sobre o conceito de comunidade, classificando-as e estabelecendo condicionantes para serem consideradas sustentáveis, devendo ser  economicamente viáveis, socialmente justas e ambientamente adequadas, e que neste contexto por mais contraditório que possa parecer, se  deve obrigatoriamente considerar seus recursos disponíveis, por ela entendidos nas diversas formas de capital, seja ele humano, físico-financeiro, natural e social, sendo necessário para se alcançar a sustentabilidade a interação entre as diversas formas de capital, desmistificando a idéia de correntes com viés apenas ecológico de que a presença do capital natural e humano seria determinante para tal empreitada.

Outro destaque importante que enriquece a análise referente a agricultura sustentável é a necessidade de se construir indicadores de sustentabilidade e integrá-los, levando em consideração as diferentes realidades e situações dos sistemas sociais, pois não basta estabelecer novos padrões e propor novas técnicas, é preciso mensurar se os objetivos propostos estão sendo alcançados, desta forma sugere três tipos de indicadores: ecológicos, éticos e sócio-econômicos, que devem refletir as inter-relações entre as diversas dimensões dos sistemas agrícolas, e as destes com a comunidade.

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