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Minerais

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Por:   •  19/11/2014  •  Resenha  •  1.117 Palavras (5 Páginas)  •  188 Visualizações

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A mineração, por mais criteriosa que seja, resulta na separação do minério concentrado e do rejeito, que é altamente poluente e danoso ao ambiente. A mineração provoca desmatamento. Além disso, algumas substâncias usadas na lavra são altamente tóxicas. É o caso do mercúrio utilizado na lavra do ouro, por exemplo, frequentemente contamina os cursos d’água e o solo por longos períodos. A lavagem de minerais pesados, como a cassiterita, provoca o assoreamento de rios com enormes volumes de outras substâncias minerais.

Usualmente, a água é compreendida como um componente básico e abundante no planeta Terra, constantemente renovada por meio de um ciclo que mantém a troca permanente entre os reservatórios (oceanos, águas subterrâneas, rios, calotas glaciais) por meio da evaporação / transpiração, condensação / chuvas, infiltração / percolação (chuva que cai e escorre, ou seja, não exerce pressão sobre a superfície), dentre outros processos. Mas em função da poluição das águas e da distribuição profundamente desigual, tem crescido a idéia de que se trata de um recurso finito. Afinal, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo não têm acesso à água potável. Enquanto um habitante dos Estados Unidos consome em média 400 l de água, um habitante do Quênia não passa de 5 l diários. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o acesso à água é um direito de todo cidadão e estabelece 80 litros por habitante como o consumo mínimo diário para manter a saúde.

A preocupação internacional com os temas ambientais ganhou uma nova dimensão no início da década de 1970, com a fundação de organizações ambientalistas de atuação global (o Greenpeace, por exemplo, nasceu em 1971) e com a realização da 1ª Conferência da ONU dedicada às questões ambientais.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo (Suécia) em 1972, foi fortemente influenciada pela teoria desenvolvida pelo Clube de Roma, um grupo formado no final da década de 1960 por cientistas, economistas e altos funcionários governamentais com a finalidade de interpretar o “sistema global”. De acordo com o pensamento deste grupo, sintetizado no relatório Os limites do crescimento, publicado em 1971, o planeta é um sistema finito de recursos naturais submetidos às pressões do crescimento da população e da produção econômica. Portanto, para evitar o colapso iminente do “sistema global”, era preciso gerenciar globalmente o crescimento da população e da economia, de forma a alcançar um estado de equilíbrio dinâmico. Severas medidas de controle da natalidade, principalmente nos países pobres, e mudanças radicais nos modelos produtivos, com ênfase numa “economia de serviços”, eram as recomendações centrais desta escola de pensamento ecológico.

Duas décadas depois, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (ECO-92), realizada no Rio de Janeiro, ainda sentiu o impacto das teorias do Clube de Roma, principalmente sob a forma das abordagens e propostas apresentadas pelos países desenvolvidos. Mas, no intervalo entre elas, importantes transformações ocorreram, tanto nas sociedades como no debate ambiental. A ECO-92 foi, principalmente, palco da crítica às teorias do Clube de Roma.

- O desenvolvimento sustentável só ocorre quando as necessidades do presente são atendidas de maneira a não comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades;

- O desenvolvimento sustentável implica a satisfação universal das necessidades essenciais. Para que isso ocorra, é preciso que haja crescimento econômico nas regiões onde tais necessidades não estão sendo atendidas; nas regiões onde elas já são atendidas, pode haver crescimento econômico desde que sejam respeitados os princípios de sustentabilidade ambiental. Mas o crescimento econômico só é compatível com o desenvolvimento sustentável se, ao mesmo tempo, aumenta o potencial de produção de riquezas e assegura que essas riquezas sejam usufruídas pelo conjunto da sociedade.

A sustentabilidade só pode ser alcançada se ela estiver na base de programas de ações globais, nacionais e locais. Na escala global envolve acordos multilaterais, por meio dos quais os governos assumem em conjunto metas e compromissos voltados a evitar a degradação do planeta e promover a satisfação das necessidades essenciais. A promoção do desenvolvimento sustentável exige ações, em escala global, porque os impactos ambientais não respeitam as fronteiras entre os países e nenhum país vai conseguir sozinho enfrentar a crise ambiental. Trata-se, portanto, de desenvolver o conceito de interdependência ecológica, que explica, por exemplo, que a poluição produzida em um país se torna um problema climático em outro. Por isso, são necessários os tratados e convenções internacionais sobre o ambiente. Na escala nacional envolve políticas que regulam e estruturam o uso dos recursos naturais: as convenções e as metas globais devem ser incorporadas e adaptadas por meio de políticas que regulem e estruturem o uso dos recursos naturais em todos os países do mundo. Afinal, apesar dos acordos internacionais, os governos nacionais são soberanos na gestão de seu patrimônio ambiental. Já na escala local, envolve um conjunto de práticas ambientalmente sustentáveis, que podem e devem ser adotadas por todos: a sustentabilidade não implica apenas os governos, mas só será efetiva se incorporada ao modo de vida de todas as pessoas. Portanto, o consumo responsável, a adoção de práticas cotidianas que visam minimizar a degradação ambiental, tais como a coleta seletiva de lixo e a reciclagem, e a conscientização sobre as questões ambientais são essenciais para a promoção da sustentabilidade..

Estima-se que estas florestas abriguem mais de 70% das espécies vegetais e animais conhecidas, o que justifica a preocupação internacional com o ritmo de desmatamento. A Convenção propõe metas internacionais de controle do desmatamento e da perda de espécies, mas reconhece o direito soberano dos Estados sobre os recursos biológicos existentes no território nacional. Entretanto, diversos movimentos ambientalistas argumentam que as florestas tropicais são patrimônio comum da humanidade, pois abrigam estoques biológicos valiosos e exercem influências climáticas planetárias. Por outro lado, para os países subdesenvolvidos nos quais se situa a maior parte destas florestas, a exploração de seus recursos pode ser essencial para a economia, gerando crescimento. A madeira das matas e os recursos minerais do subsolo, por exemplo, geram receitas de exportações. A construção de barragens e usinas, para aproveitamento das quedas d’água, é capaz de fornecer eletricidade para impulsionar as indústrias. As terras desmatadas podem dar origem a campos de cultivo, aumentando a produção de alimentos. Os países desenvolvidos querem que as florestas e o valioso patrimônio biológico que elas abrigam sejam preservados, mas muitas vezes, os países subdesenvolvidos não dispõem de capitais e tecnologias suficientes para usar, de modo não predatório, seus recursos florestais. Uma alternativa para a resolução deste impasse seria a transferência de tecnologias e de capitais dos países desenvolvidos para os países nos quais se localizam as florestas.

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