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O DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

Por:   •  13/6/2020  •  Resenha  •  998 Palavras (4 Páginas)  •  191 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

CURSO: GEOGRAFIA – BACHARELADO / EAD

Disciplina: Metodologia da Análise Regional -            1º semestre/2017

Professor: Carlos Lobo

Tutora: Wallace Carrieri  

Polo: Corinto

Aluno: JOSÉ ROBERTO LIMAS DA SILVA

RESENHA

Referência: FILHO, Alcides Goularti. A Questão Regional no Brasil: Uma Introdução ao Debate. Textos de Economia, Florianópolis, v. 9, n. I, P. 09 – 22, Jan/jun. 2006.

Dados sobre os autores: O autor do artigo possui graduação em Economia pela Universidade do Sul de Santa Catarina, mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina e Doutorado em Ciência Econômica pela UNICAMP. Atua como professor na Universidade do Extremo Sul Catarinense do Curso e é editor da revista História Econômica & História de Empresas.

Sobre a obra:

O artigo “A questão regional no Brasil: uma introdução ao debate” é um artigo de 14 páginas, cujo texto se propõe a discutir a questão regional no Brasil de forma abrangente, mas privilegiando duas abordagens: a Neoclássica e a Histórica. A neoclássica focada na teoria da localização, enquanto a histórica, fundada sobre a ação econômica e social do Estado ao longo do tempo. Goulart destaca como defesa da primeira teoria (Neoclássica) os trabalhos de J. H. Thünem, Alfred Weber e August Lösch, sendo que estes autores acreditam que “as características locais definem a viabilidade ou a inviabilidade para realizar uma investimento”. O foco da abordagem neoclássica é que a localização de uma unidade produtiva será determinada pelo menor custo de produção. Um dos teóricos (Weber) citados por Goularti assevera que é a demanda e a receita que determina a instalação de uma indústria ou outra unidade produtiva. Já para outro teórico (Lösch), elencado por Goularti afirma que é a “maximização dos lucros é que define a localização.” Enquanto que para Thünem (outro defensor da teoria da localização – neoclássica), focalizando a agricultura como atividade privilegia, reconhece que a as atividades agrícolas devem se localizar no entorno do espaço urbano.

Resumidamente, Goularti afirma que esta escola tem a “ilusão de que os recursos são distribuídos de forma uniforme e que o equilíbrio regional será naturalmente alcançado” pelas leis naturais do mercado. Ato contínuo, o articulista tece críticas sobre este modelo, afirmando que este modelo não reconhece que a regionalização brasileira é resultado de “processos históricos históricos com deteminantes e condicionantes específicos”. E neste sentido, Goularti cita outro teórico (Cano), demonstrando que a industrialização de São Paulo é fruto da economia cafeeira da virada do século XIX, ou seja, a localização ou a concentração industrial de São Paulo está dentro de um devir histórico-econômico. O mesmo teórico citado (Cano) entende que o mercado nacional “foi ditado a partir de São Paulo, e as economias periféricas sofreram efeitos de estimulo, de inibição e de destruição na sua base comercial e produtiva”. Desta forma, áreas mais próximas de São Paulo receberam estímulos, enquanto áreas mais distantes como o Norte/Nordeste sofreram inibição e até sucateamento de suas unidades produtivas. Este quadro de estímulo ou retração dependia de que maneira “a região se articulava com São Paulo” e desta maneira “incorporava ganhos substanciais ou suas estruturas comerciais eram destruídas com a entrada de mercadorias ou de indústrias paulistas.”

Neste quadro, o capital majoritário paulista empurra outros capitais menores para suas regiões de origem (periféricas). A partir daqui, Goularti vai apresentar o processo de descentralização ou de reversão desta polarização da indústria paulista, demonstrando o seu espalhamento para regiões periféricas mais próximas (interior) e mais distantes (norte/nordeste).  O articulista apresenta duas ideias sobre a forma como aconteceu este processo. A primeira aponta para o fato de que este processo aconteceu por uma demanda da própria indústria paulista em busca de novos mercados, sendo que as cidades do interior “foram apenas receptoras de investimentos provenientes da Região Metropolitana que estavam se deslocando em função dos custos crescentes”, que certamente seriam reduzidos no interior. A segunda ideia, que na verdade, é uma crítica a primeira, diz que a interiorização da indústria paulista foi em função da ‘modernização e desenvolvimento da vida urbana no interior do estado’, e neste sentido foi o interior que atraiu os investimentos para lá.

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