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Os 7 Erros De Eike Batista Na Queda Do Grupo

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Por:   •  8/8/2014  •  2.304 Palavras (10 Páginas)  •  351 Visualizações

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Os 7 erros de Eike Batista na queda do grupo

EBX

Histórias de sucesso inspiram. Histórias de fracasso ensinam. Como

executivos e empresários de qualquer setor podem aprender com a

incrível ascensão e a fulminante queda de Eike Batista?

Lucas Amorim e Roberta Paduan, de

São Paulo - Em seu livro Como as Gigantes Caem, o pesquisador americano Jim

Collins afirma que as grandes corporações passam por cinco estágios até sua

morte definitiva. São eles: o excesso de confiança proveniente do sucesso, a

busca indisciplinada por mais, a negação de riscos e perigos, a luta desesperada

pela salvação e a entrega resignada à irrelevância.

Essas fases costumam levar anos, décadas — muitas vezes, gerações. Grandes

empresas não passam do sucesso ao fracasso do dia para a noite. É por isso que

a história do empresário brasileiro Eike Batista chama tanta atenção. Nunca se viu

queda tão rápida como a do grupo EBX, controlado por Eike. Sob a ótica de

Collins, ele levou meses para percorrer etapas que, em situações normais,

levariam décadas.

De 2005 a 2012, Eike Batista captou investimentos de 26 bilhões de dólares para

as empresas que levou à bolsa. Também financiou o conglomerado com o sempre

solícito BNDES, cujas operações com o grupo EBX somam 10,4 bilhões de reais,

e por bancos privados como Bradesco e Itaú.

As empresas X foram desenhadas para atuar de maneira complementar nos

setores demineração, energia, petróleo, logística e construção naval. Todas

partiram do zero e tinham data marcada para entregar resultados. O prazo chegou,

mas o resultado não veio. Hoje, Eike acumula dívidas, tem investimentos enormes

a fazer, pouco dinheiro em caixa e, pior, ninguém está disposto a financiá-lo.

Diante da crise, o grupo EBX está em liquidação. O golpe potencialmente fatal

aconteceu no dia 1o de julho, quando sua principal empresa, a petroleira OGX,

anunciou que iria parar de investir em seu maior campo de petróleo. Em 2013, as

ações da OGX caíram 90%. Em um ano, as empresas de Eike perderam 23

bilhões de reais de valor de mercado.

O que explica queda tão rápida? Nas últimas semanas, EXAME ouviu exfuncionários, executivos do grupo e especialistas em gestão para listar os erros

que levaram ao colapso em curso atualmente. Se casos de sucesso servem de

inspiração, histórias como a de Eike Batista são um alerta para qualquer

empresário ou executivo.

Oferecem lições em áreas tão distintas quanto estratégia de remuneração de

executivos e jeito certo de diversificar negócios sem colocá-los em risco. Os sete

maiores erros de Eike são descritos a seguir, um roteiro acabado do que não fazer.

111 Diversificou, mas concentrando riscos 01

Um dos grandes truísmos do mundo dos negócios é aquele que prega a

diversificação como melhor forma de reduzir riscos. Eike criou um grupo que

chegou a ter16 empresas — mas de uma maneira que concentrou riscos em vez

de espalhá-los.

Seu conglomerado atuava em mercados que vão do petróleo, com a OGX, ao

entretenimento, com a IMX, que organiza os espetáculos do Cirque du Soleil no

Brasil. Mas, por trás de tanta diversificação, estava um grupo altamente

dependente de suas cinco principais empresas — feitas para auxiliar umas às

outras .

Uma estrutura ótima quando as coisas vão bem, já que uma puxa o crescimento

da outra. Porém, quando um dos negócios entra em parafuso, o resto corre o risco

de ir junto. Entra-se no pior dos mundos: um empresário com atenções divididas

entre mais de uma dezena de empresas, todas complexas, e com uma

contaminando a outra.

Grupos que diversificam com sucesso o fazem aos poucos, tendo como eixo

central uma empresa sólida e rentável. Finalmente, para se proteger, um

conglomerado entra em negócios que sofrem efeitos diferentes em caso de crise.

Assim, um mau ano na unidade de mineração da Votorantim, por exemplo, pode

ser compensado pelo sucesso da área de cimentos.

No caso de Eike, nada disso aconteceu. O eixo do grupo era a petroleira OGX —

um projeto de alto risco que acabou indo à lona — e, como eram novatas e

carentes de financiamento, as demais empresas sofreram igualmente com a crise

de confiança que abalou o grupo.

2 Não protegeu a empresa de seus próprios defeitos 02

Empreendedores de sucessoimprimem na cultura de suas companhias traços

marcantes de suas personalidades. É comum que sejam geniais, teimosos e

pouco afeitos a compartilhar seu poder. A Apple é tão revolucionária e misteriosa

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