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POPULAÇÃO URBANA E RURAL

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Por:   •  27/8/2013  •  Tese  •  1.125 Palavras (5 Páginas)  •  546 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A população brasileira, a exemplo do que ocorre em outros países subdesenvolvidos, apresenta um crescimento bastante acelerado, embora o último censo tenha revelado uma tendência à retração.

Neste contexto, surge a idéia de população urbana e rural, onde a população urbana, nas últimas décadas, cresceu significativamente mais que a população rural. A emergência do processo de reestruturação brasileira tem contribuído para a configuração de espaços urbanos selecionados, onde tais espaços têm apresentado transformações significativas econômicas, políticas e sociais.

Modificaram-se as formas e os processos urbanos até então vigentes nas cidades. Pode-se dizer que houve o desaparecimento do conceito tradicional de área rural, onde hoje, o rural faz parte, e significa uma extensão da dinâmica urbana, com sua produção e cultivos voltados, inclusive, para a dinâmica do mercado internacional. Ou seja, o campo proporciona a alimentação e os homens da cidade fornecem as ferramentas, os artigos manufaturados e a tecnologia. Se a agricultura tornou possível o nascimento da cidade e condicionou a sua evolução, por sua vez, a cidade tornou-se essencial para facilitar as trocas ou a aplicação e manutenção de inovações técnicas. As relações entre a cidade e o campo ligam o desenvolvimento do fenômeno urbano ao excedente agrícola. É evidente a impossibilidade da existência de cidades sem agricultura. Por isso que se usam dizer que os modos de vida urbana e rural são dois tipos de sociedade interdependentes.

Como veremos, fatores como a mecanização do campo, o avanço do processo de industrialização e concentração de grandes extensões de terras em mãos de poucos, contribuíram para o processo de urbanização e consequente redução da massa humana rural. O delineamento dessa nova territorialidade, o relacionamento campo/cidade e desconcentração populacional é objetivo do nosso estudo, não só no âmbito social, mas no âmbito político e econômico.

POPULAÇÃO URBANA E RURAL

A dinâmica das cidades e o processo de urbanização modificaram-se ao longo do tempo, acompanhando as transformações da sociedade em seu conjunto.

Até as últimas décadas do século XVIII morar no campo era a regra. As pessoas tinham a terra como fonte de renda e a usavam para o cultivo de produtos agrícolas para a própria subsistência. Com o tempo surgiu o plantio da cana-de-açúcar, atividade que contribuiu para o desenvolvimento do campo. Áreas, antes fracamente povoadas e até então isoladas, passaram a produzir e fornecer excedentes de alimentos para regiões estimuladoras e articuladas. A atividade mineradora também foi responsável pelo rápido crescimento populacional do século XVIII, com a formação de uma população predominantemente urbana na região de mineração.

Foi a Revolução Industrial inglesa que mudou tudo. Pulos tecnológicos dramáticos destroem os empregos no campo e os recriam nas cidades. Os planos de desenvolvimento industrial exigiram a unificação do mercado e sua articulação. Nesse contexto, foram criadas e ampliadas as vias de transporte para a interligação dos mercados regionais, propiciando a significativa expansão da rede urbana em todo o país. O processo de localização e concentração industrial tendeu-se a implantar nos centros urbanos com certa densidade populacional e facilidades administrativas. Vale ressaltar que o dinamismo e a complexidade do processo de urbanização no Brasil se expressaram na multiplicação das cidades no país.

Em linhas gerais, é importante salientar que os processos de industrialização e de urbanização brasileiros estão intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse infraestrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. No momento que os investimentos no setor agrícola, especialmente no setor cafeeiro, deixavam de ser rentáveis, passou-se a empregar mais investimentos no setor industrial. Esse desenvolvimento industrial acelerado necessitava de grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar nas unidades fabris, na construção civil, no comércio ou nos serviços, o que atraiu milhares de migrantes do campo para as cidades.

A migração do campo para a cidade é chamada de êxodo rural e acontece por dois motivos principais:

• A maior parte da população rural leva uma vida muito difícil — os trabalhadores ganham pouco e por isso não podem sustentar adequadamente sua família, não têm boas habitações e muitos deles não têm terra para trabalhar.

• As cidades exercem grande atração sobre os habitantes do campo, pois oferecem mais facilidades de emprego, escolas, assistência

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