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Parques Temáticos- Uma forma Simbólica do Capitalismo Avançado

Por:   •  7/12/2015  •  Seminário  •  1.388 Palavras (6 Páginas)  •  337 Visualizações

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[pic 1]

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Instituto de Agronomia

Departamento de Geociências

Disciplina: Geografia Cultural

Professor: André Santos

Parques Temáticos

Uma forma Simbólica do Capitalismo Avançado

Brendo Leonardo (201332004-1), Carolina Rodrigues (201332005-1), Cristilene Delfino (201332006-8), Jonathan Souza (201332020-3), Luanna De Oliveira (201332023-8)

[pic 2]

Seropédica, Novembro de 2015

INTRODUÇÃO

Roberto Lobato Corrêa, inicia seu texto enfatizando o fato de que, os parques temáticos assim como os shoppings centers, não são apenas representações materiais de poder, autoridade ou valores. O autor analisa seus objeto de estudo, através dos parques Disneyland e Walt Disney World, chegando à conclusão que parques temáticos são unidades econômicas, recebendo grandes investimentos do capital, alterando e construindo o espaço a sua volta. Ainda abordando este tema, o autor coloca os parques como a forma simbólica mais significativa do capital.

OS PARQUES EM ESTUDO

Atualmente, os cinco parques mais populares do mundo pertencem ao grupo Walt Disney, atraindo anualmente cerca 62,2 milhões de visitantes. Inaugurado em 1955 na Califórnia, Disneyland foi criado para oferecer um lugar seguro, limpo e que passasse valores morais e educativos a famílias de classe média, visto que os parques de diversões na época traziam uma imagem manchada pela sujeira, erotismo e insegurança. Logo depois, em 1971, foi criado o Walt Disney World, com o mesmo propósito, porém numa área muito maior, o primeiro continha 90 hectares, já o segundo abrangia 1.200 hectares. É claramente visível a modificação espacial que é realizada através destes parques, influenciando outras empresas a investirem em projetos semelhantes e difundindo a cultura exercida dentro do seu território, que a acaba se tornando único.

O Walt Disney World, sendo o maior dos dois parques em analise, é dividido em seis partes, sendo elas: Main Street, U.S.A, Adventureland, Frontierland, Liberty Square, Fantasyland, Tomorrowland. Alguma dessas partes serão comentadas a seguir.

DESENVOLVIMENTO DO TEXTO

O espaço socialmente transformado não é um fenômeno exclusivo do modo de produção capitalista, uma vez que, em diferentes períodos históricos, a relação dialética entre o espaço e a sociedade se estabelece, embora de forma diferenciada, específica e inserida no contexto histórico do processo produtivo geral da sociedade em questão, nos dois sentidos explicitados por Lefebvre, ou seja, tanto na produção de bens e mercadorias, como nas relações sociais, e na ideologia e na cultura.

“[...] o espaço geográfico é produto, condição e meio para a reprodução das relações sociais no sentido amplo da reprodução da sociedade, num determinado momento histórico.”

Pensando nesta citação de Henri Lefebvre, podemos refletir sobre o quão é modificado o espaço que são inseridos os parques. E quanto é pensando de forma econômica, social, turística e outras a instalação destes nestas regiões.

Os parques tem a intenção de resgate de tranquilidade, onde os frequentadores podem andar livremente, de forma a ser bem diferente do cotidiano. A imagem abaixo faz referência as construções antigas dos Estados Unidos, tendo assim um sentimento de nostalgia.

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Além desse resgate, na construção dos dois parques em estudo, pode-se perceber a influência destes na estrutura dos hotéis principalmente, que se adaptam os desenhos infantis e traz os adultos para reviver sua infância assumindo assim um controle social mais sutil, onde os turistas não percebem e mantêm essa forma de capitalismo. A imagem abaixo é um quarto de hotel na Disney, Orlando.

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Logo, vale ressaltar a importância desses parques para a economia local, pois estes movem milhões de dólares ao ano. A urbanização local se modificou perante ao grande investimento imposto, mostrando assim que o homem é capaz de modificar a paisagem para quaisquer fim que deseja, para se obter o lucro.

Um parque temático pode ter diferentes representações simbólicas, dentre elas o texto aponta duas: o tempo e o trabalho. O tempo traz o sentido de que os parques funcionam como uma válvula de escape, assim desprendendo as pessoas de sua rotina acelerada do dia a dia, nesse lugar elas podem andar lentamente e com calma, admirando o espaço. Já o trabalho, remete as pessoas que fazem essa magia acontecer por trás desse encantamento, que assumem um personagem. Naquele momento, elas não são trabalhadores assalariados e sim um personagem que serve de inspiração a alguns e de nostalgia para outros. A vinculação dessas representações, tem o propósito de criar a magia do entretenimento e temporalidade deslocada.

Para criar um mundo encantado de escapismo no Disney Word embaixo do Magic Kingdom foi criado um mundo subterrâneo cheio de tuneis que ligam o parque inteiro para esconder os trabalhadores que fazem a magia acontece em diversos momentos, onde fica o sistema de esgoto, água, figurino etc. Onde se fosse exposto aos visitantes do parque eles acabariam perdendo o encantamento que todo esse complexo tem. Essa separação do mundo fantástico na superfície e do mundo subterrâneo é essencial para o propósito do parque. Tal fato, acontece também no Beto Carreiro World, no Brasil, existe uma parte onde tudo e escondido longe da vista dos visitantes para acreditarem que tudo aquilo e real e acontece.

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