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Por Que a Geografia é Uma Ciência Social?

Por:   •  8/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  706 Palavras (3 Páginas)  •  277 Visualizações

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Por Que a Geografia é Uma Ciência Social?

A descoberta da paisagem foi feita através da pintura no ocidente, revelando um novo interesse pela pintura e um posicionamento das pessoas diante do ambiente.

A pintura desempenhou um papel determinante na construção dos códigos estéticos de apreciação da natureza, levando as pessoas a olharem a natureza com outros olhos, pois ao fazer da natureza temas de quadros, objetos e condições de beleza, acabou valorizando o território como campo estético.

O aparecimento da paisagem foi acompanhado de uma revolução científica e técnica que libertou a natureza da divindade tornando-a objeto de conhecimento, abrindo caminho a sua manipulação e transformação com diversos fins.

Recentemente têm-se dito que a paisagem morreu. Esta morte refere-se tanto à evolução da pintura como a amplitude das transformações territoriais e à inexistência de modelos que as permitam apreciar.

Assim, o território sofreu uma transformação rápida e profunda que levou ao desaparecimento de muitas formas tradicionais de organização e sua substituição por formas novas, mudança que esteve na origem de certa nostalgia pelo passado, pela pretensa harmonia das paisagens que as pessoas já não encontram a sua volta, não dispondo ainda de modelos que lhes permitam apreciar as formas agora produzidas e que parecem vulgares e sem qualidade.

As paisagens representadas pela pintura eram paisagens idealizadas e, quando revelavam observações minuciosas do real, a reunião dos elementos apresentados não tinha correspondente direto na natureza. Por certo tempo a paisagem apareceu identificada com a fisionomia de uma dada área, a sua expressão visível.

Os conceitos de paisagem, área, lugar, região, espaço e território são exemplos de áreas privilegiadas pelos geógrafos na sua tarefa de conhecer e estudar a superfície da terra. Algumas designações apareceram ao mesmo tempo enquanto outros parecem ser antagônicas e, além de terem surgido em momentos distintos.

Agora, podemos identificar dois modos que os geógrafos estudam as paisagens. Para uns a paisagem é vista como uma fisionomia caracterizada por formas e o seu estudo recorre basicamente ao método morfológico.

A outra linha de estudo da paisagem privilegia as características de uma área expressas nos seus atributos físico-naturais e humanos e o estudo das inter-relações dos fenômenos nesse território, o que permite aproximar o conceito de paisagem do de região, adaptando como método a análise cronológica e o gêneros de vida como conceito explicativo. Este modo de ver é mais próximo da tradição dominante da geografia da primeira metade do século XX.

Enquanto umas correntes privilegiam a análise de territórios particulares, da combinação local e específica dos materiais constituintes, outras aspiram à construção de classes, à procura das causas de formação e evolução das formas com recurso ao método comparativo.

O conceito de paisagem é essencialmente visual, mas progressivamente a necessidade de explicação do conjunto obrigará ao recurso a dimensões ocultas porque não visíveis, do domínio da cultura, da economia, da organização política. Para os geógrafos do princípio do século XX, a paisagem aparecia como um conceito integrador, pois traduzia

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