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Quadrilátero Ferrífero

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Por:   •  10/12/2013  •  2.807 Palavras (12 Páginas)  •  568 Visualizações

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Quadrilátero Ferrífero

Localizado na porção centro-sul do estado de Minas Gerais e com extensão territorial de aproximadamente 7 mil quilômetros quadrados, o Quadrilátero Ferrífero é uma área vizinha a Belo Horizonte formada pelas cidades de Sabará, Rio Piracicaba, Congonhas, Casa Branca, Itaúna, Itabira, Nova Lima, Santa Bárbara, Mariana, Ouro Preto, entre outras.

Imagem de satélite delimitando a área do Quadrilátero Ferrífero, TINOCCO, Rodrigo. 2010

Mapa Estrutural e Estratigráfico do Quadrilátero Ferrífero e Adjacências, Codemig

Geologia Simplificada do quadrilátero Ferrífero, Codemig

A descoberta de ouro nessa área ocorreu no final do século XVII, fato que proporcionou a criação de importantes cidades mineiras, tais como Ouro Preto e Mariana. Também atraiu grandes fluxos migratórios de mineradores, contribuindo para a ocupação do interior do Brasil, visto que nesse período a população se concentrava nas áreas litorâneas.

O Quadrilátero Ferrífero continua sendo a região de maior concentração urbana de Minas Gerais, além de ser uma área de fundamental importância para o desenvolvimento econômico estadual, impulsionando, inclusive, o setor industrial, sobretudo o segmento siderúrgico.

Destaca-se no cenário nacional pela grande riqueza mineral. Entre os vários minérios extraídos do Quadrilátero Ferrífero estão o ouro, o manganês e o ferro. É a maior produtora nacional de minério de ferro (60% da produção brasileira), que é transportado em ferrovias para o porto Tubarão, em Vitória, capital do Espírito Santo.

A intensa exploração desses recursos sem uma devida preocupação ambiental desencadeou uma série de impactos na natureza. Entre os problemas detectados estão a poluição do lençol freático e do solo, perda de biodiversidade, descarte inadequado de resíduos perigosos e erosões.

Porém, atualmente, o local é fiscalizado por órgãos ambientais, sendo necessário o comprimento de leis rígidas para a exploração dos minérios, garantindo, assim, a redução dos transtornos provocados pela mineração.

Parque Estadual da Serra do Rola Moça

O Parque Estadual da Serra do Rola-Moça é uma das mais importantes áreas verdes do Estado. Situado na região metropolitana de Belo Horizonte, é o terceiro maior parque em área urbana do país e abriga alguns dos mananciais que abastecem a capital.

A unidade de conservação está localizada nos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho e foi criada em 27 de setembro de 1994. Sua sede administrativa está localizada no município de Nova Lima (coordenadas UTM 601,103/7,781,528). O acesso pode ser feito a partir de Belo Horizonte, pela BR 040, no sentido Rio de Janeiro, até o Bairro Jardim Canadá, onde se segue por uma estrada asfaltada até a portaria do parque. O sítio está localizado a aproximadamente 4 km da entrada do parque.

Delimitação do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, IEF

Mapa de Localização e Acessos do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, IEF

Geologia e Geomorgologia

O PESRM e a EEF estão localizados exatamente na junção das estruturas da Serra da Moeda, que compõe a porção oeste do Quadrilátero Ferrífero, fundindo-se a norte com a Serra do Curral. Os contatos leste e oeste dessa megaestrutura são definidos por falhamentos. Apresenta um relevo dividido em compartimentos caracterizados por quatro tipos de litologias (litótipos) predominantes entre as rochas do Quadrilátero Ferrífero que afloram na área de estudo (Itabiritos, Dolomitos, Filitos e Quartzitos). Esses litótipos apresentam comportamentos físico-químicos diferenciados frente aos processos de intemperismo e erosão. Inserido no extremo sudeste do Cráton São Francisco, o Quadrilátero Ferrífero ocupa uma superfície de cerca de 7.000 km², englobando cinco unidades litoestratigráficas (Alkimim & Marshak, 1998), cujas idades estendem-se do Arqueano ao Proterozóico Superior: Complexo Metarmórfico Arqueano; Supergrupo Rio das Velhas; Supergrupo Minas, Intrusivas pós-Minas e Grupo Itacolomi. O Embasamento Cristalino Arqueno é constituído por um complexo gnáissico/migmatíticas e por plutons calco-alcalino e granitos anorogênicos do final do Arqueano.

O Supergrupo Rio das Velhas inclui rochas verdes, lavas riolíticas e rochas sedimentares intercaladas, todas intensamente metamorfisadas. Nas unidades metassedimentares são encontradas Formações Ferríferas Bandadas do Tipo Algoma. Essa seqüência do Supergrupo Rio das Velhas, associada aos granitos plutônicos do Arqueano Tardio, representa um típico terreno granito-greenstone.O Supergrupo Minas é uma seqüência metassedimentar que está sobreposta em desconformidade ao Supergrupo Rio das Velhas. É constituído por quatro grupos:

Na base encontra-se o Grupo Caraça formado por quartzitos e conglomerados da Formação Moeda, recobertos pelos filitos da Formação Batatal.

Sobrepondo o Grupo Caraça tem-se o Grupo Itabira, com a Formação Ferrífera Bandada Tipo Lago Superior, denominada Formação Cauê, gradacionando para a seqüência carbonática da Formação Gandarela.

Recobrindo o Grupo Itabira, com discordância local, o Grupo Piracicaba é constituído por uma espessa seqüência de sedimentos deltaicos e de águas rasas englobados na Formação Cercadinho, quartizítica, Formação Fecho do Funil, metapelítica, Formaçao Taboões, quartizítica e Formação Barreiro, metapelítica.

O Grupo Sabará sobrepõe em grande discordância erosiva o Grupo Piracicaba representando um espesso conjunto de turbiditos, tufos, vulcanoclásticas, conglomerados e diamictitos.

As Intrusivas Pós-Minas correspondem a finos veios pegmatíticos e inúmeros diques máficos que cortam toda a seqüência do Supergrupo Minas. O Grupo Itacolomi é uma seqüência com idade aproximadamente igual a do Grupo Sabará e significativamente mais jovem que as demais unidades do Supergrupo Minas. É constituída por arenitos grosseiros e conglomerados polimíticos com seixos de BIF. A estruturação e evolução tectônica proposta para o Quadrilátero Ferrífero indica a existência de dois eventos geodinâmicos: uma tectônica extencional, de idade transamazônica (2.100 - 1.700 Ma) e uma tectônica

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