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Recursos naturais

Por:   •  1/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  710 Palavras (3 Páginas)  •  210 Visualizações

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Atividade 1

As ideias iniciais sobre a relação entre o ser humano e o meio ambiente no mundo ocidental têm origem na filosofia praticada na antiga Grécia e nos filósofos romanos. Estes antigos pensadores, como Sócrates e Aristóteles, tinham uma visão antropocêntrica do mundo natural, onde os animais, assim como as plantas, tinham a função de propiciar benefícios e bem-estar aos seres humanos (Ponting, 1995).

        Estes pensamentos perpetuam-se pela Idade Média através da igreja cristã, colocando os homens em um pedestal como obra-prima divina, subjugando os outros seres a sua suposta superioridade. O ser humano seria o encarregado de organizar a natureza fornecida pela figura divina, moldando e mudando o que estava “incompleto” e precisava ser “melhorado”.

        A partir deste modo de ver a natureza e com o início do cientificismo, o meio natural passa a ser visto como fonte de progresso. Desta maneira, segundo Bacon, “o motivo para o estudo do mundo natural seria que, com o conhecimento da natureza, ela poderia ser conquistada, dominada e usada em serviços para a vida humana” (Ponting, 1995). Com isto, a noção de progresso torna-se mais presente e evidente na vida de todos.

        No entanto, o pregresso atingiu apenas alguns países, estes ricos, em detrimento de muitos outros, estes pobres. Deste modo, a insatisfação de uns causa uma tomada de consciência de que a produção esta diretamente ligada à degradação e destruição ambiental. Como resultados desta nova percepção têm o desenvolvimento da noção de “intercâmbio ecologicamente desigual”, o que, para Martínez Alier, significa:

“a exportação de produtos oriundos de países ou de regiões pobres desconsiderando as externalidade envolvidas na sua produção e o esgotamento dos recursos naturais, trocados por bens e serviços das regiões mais ricas” (Martínez Alier, 2007).

        Esta nova noção tem como base a dívida ecológica que os países ricos têm para com os países pobres, pois os primeiros não pagam pelos danos ambientais causados pela extração de matérias-primas nos segundos. Os ricos também exploram o fraco poder de influência e o desespero por progresso dos pobres para manter baixo os valores dos recursos naturais, dos quais os ricos importam. Assim, não é possível aos pobres de incluírem nas exportações primárias as feridas sociais, culturais e ambientais causadas pela exploração desenfreada, a qual evidencia que “o tempo econômico triunfa sobre o tempo ecológico” (Martínez Alier, 2007).

        Ao analisarmos o conceito de risco, verificamos que no atual momento a sociedade se reconhece como causadora dos riscos que a afetam, logo a necessidade de um controle das ameaças criadas por ela própria. Gerando um processo de reflexão sobre o estilo de vida, seus riscos e os efeitos para a população. No entanto os riscos foram apropriados para a reprodução do capital, onde a produção social de riquezas é acompanhada pela produção social de riscos, fortalecendo a sociedade de classes, pois os ricos podem tentar evitar os riscos mediante a escolha de um lugar onde morar.

        Vale ressaltar que muitas vezes os riscos são analisados em uma escala local independentes da forma que se apresentam. Porem deve ser abordado em uma escala que envolva governos dos estados, empresas, associações e a sociedade de modo a esclarecer os fatos que desencadeiam os riscos e determinar as condições para seu enfrentamento.

Bibliografia:

LEFF, Enrique. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis: Vozes, 2001 – Cap.4 Saber ambiental: do conhecimento interdisciplinar ao diálogo de saberes.

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