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Resumo - Bacia Hidrográfica - Parnaiba

Por:   •  28/11/2023  •  Relatório de pesquisa  •  1.305 Palavras (6 Páginas)  •  40 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

ENGENHARIA CIVIL

PROF.: FRANCISCO JOSE DA SILVA DIAS

HIDROLOGIA

BACIA DO RIO PARNAÍBA

VITOR RODRIGUES BARROS

São Luís – MA

2023

A bacia do rio Parnaíba é uma das principais áreas de planejamento e gestão dos recursos hídricos no Brasil. Localizada na região semiárida do nordeste, ela cobre uma área de cerca de 340 mil km² nos estados do Piauí, Maranhão e Ceará. O rio Parnaíba nasce na Chapada das Mangabeiras e deságua no Oceano Atlântico. Essa bacia é rica em diversidade de biomas, como a Caatinga, o Cerrado e a Mata dos Cocais, que abrigam uma grande variedade de vida selvagem e são lar para aproximadamente 12 milhões de pessoas. Além disso, a bacia faz parte das três principais bacias sedimentares brasileiras - Amazonas e Paraná - sendo considerada uma área com potencial para exploração de gás natural pela indústria petrolífera.

Essa bacia desempenha um papel crucial na vida de milhões de pessoas, pois é responsável pelo abastecimento de água, agricultura, geração de energia e muitas outras atividades econômicas e sociais em sua região de influência. Para garantir a utilização sustentável desses recursos hídricos, é essencial contar com dados precisos de chuva e vazão.

A bacia hidrográfica do Parnaíba é marcada pela irregularidade das chuvas, que variam de 300 mm a 2000 mm por ano, com média anual de 900 mm, muito abaixo da média nacional de 1760 mm. A bacia possui mais de três mil quilômetros de rios perenes, centenas de lagoas e metade da água subterrânea do nordeste brasileiro. O rio Parnaíba forma um amplo e recortado delta, o único em mar aberto das Américas e um dos três maiores do mundo em extensão, que possui um alto valor ecológico e turístico.

O Rio Parnaíba, o rio mais importante da bacia, é conhecido como “Velho Monge” e tem uma extensão de 1.485 km. No entanto, é o Rio Parnaíbinha, um afluente do Rio Parnaíba, que possui mais volume de água. Outros afluentes importantes incluem os Rios Balsas e Medonho no Maranhão e os Rios Canindé, Gurgueia, Longá, Poti e Uruçuí Preto no Piauí.

Cada um desses afluentes desempenha um papel crucial na hidrologia da bacia. Eles fornecem água para uma população superior a 3,6 milhões de pessoas. No entanto, na região do Médio Parnaíba, a maioria dos afluentes são temporários. Situações de escassez são comuns, devido à baixa oferta de água superficial.

O principal bioma o qual está inserido é a Caatinga, que apresenta o clima semi-árido (quente e seco), entretanto nos trechos de Floresta Tropical e Vegetação Litorânea, a clima é quente e úmido.

A região da Bacia do Parnaíba apresenta um relevo diversificado, com características distintas. O relevo da região é influenciado por diferentes fatores geológicos e climáticos, resultando em paisagens variadas.

Nas áreas próximas aos rios, como o Rio Parnaíba e seus afluentes, encontram-se extensas planícies aluviais. Essas áreas são caracterizadas por solos férteis, resultantes da deposição de sedimentos transportados pelos rios ao longo do tempo. Essas planícies são propícias para a agricultura irrigada e são vitais para a produção de alimentos na região.

Partes da Bacia do Parnaíba são dominadas por serras e planaltos. A Serra da Capivara, localizada no Piauí, é um exemplo notável. Essas formações montanhosas podem atingir altitudes consideráveis e desempenham um papel importante no escoamento da água, na formação de rios e na diversidade de ecossistemas da região.

Há áreas na bacia que são caracterizadas por depressões e baixos. Essas áreas podem ter altitudes mais baixas e são frequentemente marcadas por solos menos férteis.

Em algumas partes da Bacia do Parnaíba, especialmente no Maranhão, existem planaltos residuais formados pela erosão ao longo do tempo. Essas áreas podem ter paisagens suavemente onduladas e altitudes intermediárias

Ao longo dos cursos d'água e em algumas partes da bacia, há áreas úmidas e alagadiços. Essas áreas desempenham um papel fundamental na regulação do fluxo de água e na preservação da biodiversidade local.

A região da Bacia do Parnaíba apresenta muitos problemas estruturais, levando a um baixo índice de desenvolvimento econômico e social. No entanto, essa região hidrográfica desempenha um papel socioeconômico importante para os habitantes da região, onde as principais atividades desenvolvidas são agropastoris, de navegação, pesca, abastecimento urbano e produção de energia elétrica.

Os dados de chuva são fundamentais para entender o comportamento climático da região, a variabilidade das precipitações ao longo do ano e identificar padrões de pluviosidade. Essas informações são vitais para a gestão de recursos hídricos, pois permitem a previsão de eventos climáticos extremos, como enchentes e secas, que podem ter impactos significativos na vida das comunidades e na economia local. Além disso, a análise de dados de chuva ajuda na definição de políticas de conservação do solo e da vegetação, que podem influenciar diretamente na quantidade e qualidade da água que chega aos rios.

Já os dados de vazão, por sua vez, representam a quantidade de água que efetivamente flui nos rios e afluentes da bacia. Essas informações são cruciais para a gestão de recursos hídricos, pois permitem o monitoramento constante dos níveis dos rios, o dimensionamento de reservatórios e barragens, a previsão de demandas de água para abastecimento humano, agricultura e indústria, e a avaliação do impacto ambiental das atividades humanas sobre os cursos d'água.

A interconexão entre os dados de chuva e vazão é evidente na Bacia do Parnaíba. Por exemplo, durante a estação chuvosa, é necessário acompanhar de perto as precipitações para prever enchentes e, ao mesmo tempo, monitorar a vazão dos rios para evitar desastres. Em contraste, na estação seca, os dados de vazão podem indicar a disponibilidade de água para consumo e irrigação, enquanto os dados de chuva ajudam a prever a recarga dos aquíferos e rios.

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