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Resumo Do Livro Capitalismo E Urbanização

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Por:   •  26/7/2013  •  1.140 Palavras (5 Páginas)  •  5.340 Visualizações

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FICHA TÉCNICA:

Livro: Capitalismo e Urbanização

Autora: Maria Encarnação B. Sposito

Editora: Contexto

Número de páginas: 80

Acabamento: Brochura

Capitalismo e Urbanização

Em sua trajetória, o homem atravessou um momento de nomadismo. Este evoluiu gradativamente a um modo de vida sedentário, caracterizado pela necessidade de fixação a terra que veio com as praticas agrícolas, a domesticação de animais e a domesticação do próprio homem. Assim o homem passou a trabalhar na terra e através dela garantir as condições necessárias a sua sobrevivência. É importante salientar que até então quase não existia uma divisão do trabalho, a não ser pela divisão entre tarefas femininas e masculinas. É a partir desse momento que percebemos a realização da primeira condição para o surgimento das cidades, fixação do homem a terra pela agricultura e criação de animais, mas até então faltava à realização da segunda condição, que é uma organização social mais complexa. Assim podemos afirmar que a aldeia precede a cidade, pois é a partir do seu cenário que as condições já citadas teriam origem.

As cidades da antiguidade se constituíram próximas a rios, pelo fato da carência de água (elas localizavam-se em regiões semiáridas), mas além desse ponto comum, elas também possuíam uma organização dominante, de caráter teocrático e autoritário, muitas vezes o chefe político era também o chefe religioso, sendo considerado um deus vivo. Este governante controlava o excedente agrícola e administrava a riqueza.

Com o crescimento das cidades, elas se tornavam capitais de impérios, ainda que pequenos, seus papeis se ampliavam e ao conseguirem dominar outras cidades, fortaleciam a força política de seus governantes, criando condições para constituição de impérios.

A formação de impérios foi bastante presente na Europa, deixando raízes no território onde mais tarde, transformações políticas, econômicas e sociais aceleraram os processos de urbanização e estenderam o fato urbano a outros territórios continentais. Salientemos, ainda, que a acentuação da divisão social do trabalho e a complexidade da organização política dos impérios promoveram a ampliação dos papeis urbanos e o aumento do relacionamento entre as cidades.

O Império Romano é um grande exemplo da expansão da urbanização na antiguidade, por conta de um poder unificado. Com a sua queda houve um expressivo declínio no processo e urbanização, há então uma desarticulação da rede urbana, na medida em que com queda de um poder político central.

Com o enfraquecimento dos impérios, houve o declínio do papel econômico das cidades europeias, imprimindo um caráter agrícola à Europa Ocidental, permitindo a ascensão do modo de produção feudal. Sua principal característica era a sua base econômica se voltava quase que exclusivamente para a agricultura e tinha como pilares: a mudança do caráter dos latifúndios e a instituição da servidão. Esse posicionamento esvaziou o definitivamente o urbano de seu papel econômico e político, reduzindo as cidades a funções pouco expressivas.

Com a crescente prática do comércio, posto em prática pela burguesia, uma forte classe em ascensão, houve a desestruturação do sistema feudal, o que deu origem ao período do renascimento urbano. A reativação desta atividade abriu possibilidades para a imposição de bases para o sistema capitalista. Dessa forma os “Burgos” se tornavam cada vez mais um atrativo aos servos que ao serem estimulados pela burguesia abandonavam seu posicionamento diante do senhor feudal e tributos, migrando para este novo cenário de “liberdade”. Nesse momento, com base na atividade comercial, a produção não visava apenas satisfazer as necessidades humanas, mas por seu caráter de mercadoria, propiciar o lucro, consequentemente à acumulação.

Assim, origina-se um sistema subordinado ao capital, com base no ciclo produtivo e com livre concorrência, garantido as bases de sustentação para o modo de produção capitalista. A cidade passa a ser território do capitalismo, onde novas leis dão apoio e legitimidade à sua ação. Lembremos que a cidade mercantil também foi espaço de dominação e gestão tanto quanto as antigas, entretanto se diferenciavam delas por seu caráter produtivo, por ser o lugar de produção de mercadorias.

Com o crescimento das cidades, o mercado se ampliava e o uso do dinheiro se generalizava, os camponeses tinham oportunidade de abandonar o campo e viver exclusivamente de um ofício. A manufatura cresceu, dominou a cidade e transformou o próprio caráter da produção artesanal urbana.

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