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SAL PRELIMINAR

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Por:   •  4/10/2014  •  Tese  •  929 Palavras (4 Páginas)  •  241 Visualizações

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O PRÉ-SAL

O Pré-sal é uma parte do subsolo situado no fundo do mar que possui uma reserva petrolífera que se encontra sob uma camada de sal. Ela tem esse nome em razão da escala de tempo de formação do petróleo. A camada do pré-sal se formou antes, por isso o termo “pré”, da outra rocha de camada salina, e foi encoberta por esta, milhões de anos depois.

Figura 1- Camadas de petróleo

Fonte: Appolo11.com(http://www.apolo11.com/curiosidades.php?posic=dat_20080903102131.inc)

A primeira descoberta desta reserva petrolífera ocorreu no litoral brasileiro, que passando a ser conhecida como "petróleo do pré-sal" ou "pré-sal". Pesquisas indicaram que as rochas do pré-sal cobrem cerca de 800 quilômetros do litoral brasileiro, se prolongando de Santa Catarina até ao Espírito Santo, esta reserva gigantescas tem a estimativa de possuir entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo. No Golfo do México e na costa ocidental africana ainda estima-se que também existam grandes reservatórios de petróleo, ainda inexploradas totalmente.

O petróleo do pré-sal foi formado por microrganismos sedimentados no fundo do oceano há cerca de 150 milhões de anos quando houve o processo de separação das placas tectônicas que formaram a África e a América do Sul.

Em 2008 foi realizada pela Petrobrás a primeira extração de petróleo da camada do pré-sal no Brasil.

Esta extração de petróleo enfrenta alguns desafios, como a profundidade em que ele está situado debaixo de dois quilômetros de água, mais dois quilômetros de rocha e, por fim, outros dois quilômetros de crosta de sal; o sal é outro problema, obrigando o Brasil a desenvolver novas tecnologias para mexer corretamente nesta área salina; o custo não poderia faltar, é necessário um alto investimento por parte do governo, devido a complexidade da operação; sem falar no aquecimento do petróleo, que deve ser mantido em uma certa temperatura para que não se formem coágulos que podem entupir os dutos pelo s quais é transportada.

Porém o petróleo do pré-sal trará alguns benefícios, como o seu valor no mercado mundial, pois ele é considerado mais leve, assim é mais fácil de ser refinado além de produzir mais derivados finos e graças à venda do petróleo o Brasil poderá se tornar um grande exportador de petróleo, ocorrendo assim maior geração de riquezas e empregos, além de o país adquirir maior poder de decisão política.

DESENVOLVIMENTO

Hoje o Pré-Sal encontra algumas dificuldades na extração, o solo encontrado nas áreas mais fundas apresentam uma composição diferente e a enorme quantidade de gás natural, e que juntas, tornaram a extração um desafio, e no seu transporte, tanto do petróleo como o de operadores, máquinas, diesel entre outras, pois dos campos de extração até o continente existe uma distância aproximadamente de 300 km.

Figura 2 – O desafio

Fonte: Naval (http://www.naval.com.br/blog/wpcontent/uploads/2012/09/pre-sal_info.jpg)

A extração do petróleo em águas rasas não é problema, a tecnologia que a Petrobras possui é de ultima geração tornando a mais avançada do mundo, mas o grande problema é atravessar uma camada salina menos densa, mas também estável. Essa tecnologia pioneira está sendo desenvolvida em parceria com o Núcleo de Transferência de Tecnologia da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que há anos trabalha em parceria com a Petrobras.

A corrosão dos tubos e das válvulas instaladas no fundo do mar pode ser um problema devido a alta concentração de CO2 e de enxofre de alguns poços e a agressividade do sal, atento a essas possíveis falhas a Petrobras utiliza ligas de aços especiais desenvolvidas por empresas multinacionais, mas no ano de 2011 a Usiminas, um acordo de transferência de tecnologia realizado com uma de suas acionista, a japonesa Nippon Steel, trouxe a CLC (Continuous on Line Control) que aumenta a resistência do aço através de um resfriamento acelerado como explica o diretor de pesquisa e inovação da Usiminas Darcton Damião: “É o estado da arte em resistência de aço e atenderá às necessidades da indústria de óleo e gás, sobretudo para operações no pré-sal”.

Outro desafio esta na formação geológica onde se encontra o Pré-Sal, as rochas cabonáticas microbianas brasileiras são as únicas no mundo a conter hidrocarbonetos no seu interior e o sucesso da extração vai depender do quanto compreendemos dela, além de investigar mais sobre as camadas que estão o petróleo e o Pré-Sal. Para que isso, a Petrobras firmou uma parceria com a Universidade Estadual Paulista.

Por causa do gás natural a extração do petróleo bruto tem restrições podendo ser resolvidas a partir de tecnologias de transformação no lugar de transportar o mesmo pelos gasodutos, dentre as tecnologias disponíveis estão:

• GNC (Gás Natural Comprimido);

• GTS (Gás para Sólido);

• GNA (Gás Natural Adsorvido);

• GTW (Gás to Wire, geração de eletricidade);

• GNL (Gás Natural Liquefeito, transformação física do estado gasoso pra o líquido);

• GTL (Gás para Líquido, transformação química do gás para combustíveis líquidos).

Dentre as tecnologias citadas as melhores escolhas, levando em consideração a enorme quantidade de gás associada, são GNL e GTL.

O grande problema no transporte é a distância percorrida entre as plataformas e o continente. Se tratando do transporte do gás e/ou petróleo a Petrobras conta um duto oceânico e os navios, um complementa o outro e para isso não tornar um modal economicamente inviável, seja a causa de sua inviabilidade à distância no caso do dutoviário ou a pequena quantidade carregada nos navios comparada aos dutos e a elevada frota necessária. No caso de operários, equipamentos e os demais, a autonomia de voo dos helicópteros e para os rebocadores o tempo de navegação é alta, a solução encontrada pela empresa foi à instalação de plataformas intermediarias onde haja diesel, cargas armazenadas e transferência de pessoas de um transporte para outro.

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