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Os Impactos Do Pré-Sal

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Por:   •  25/4/2013  •  3.238 Palavras (13 Páginas)  •  1.018 Visualizações

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Os Impactos do Pré-Sal

Autora: Helena Dias Sangali de Oliveira

Resumo

O artigo conta um pouco sobre a repercussão da descoberta das jazidas de petróleo na camada do pré-sal no território brasileiro, desde a primeira perfuração, em 2005, até hoje. Como foram as pesquisas, como estão sendo feitas e exploração e produção do petróleo e do gás da região, quais são as perspectivas da Petrobrás, quais são os novos projetos, quais investimentos serão feitos o que está mudando no governo graças a esta descoberta. Mostra como estamos nos preparando para utilizar esse bem que pode mudar os rumos o país em termos financeiros e de reconhecimento político, que pode torná-lo uma potência produtora de petróleo, um dos bens mais preciosos da atualidade.

Introdução

Até mesmo os mais leigos sabem que o pré-sal é uma descoberta importante para o país. Desde o anúncio do governo, em 2008, sobre as jazidas encontradas e a possibilidade do Brasil um país mais rico e bem colocado no mercado mundial por ter a única nova reserva de petróleo do mundo, esse assunto aparece em todos os jornais e revistas. Acredito que a pesquisa nesse setor é de suma importância para qualquer cidadão brasileiro e quer saber como está a situação do país e quais são as perspectivas de mudança. Por isso, achei interessante fazer um estudo neste sentido. A partir da leitura dos dados que apresento, será possível entender como este pré-sal pode mudar a história do país e como já está mudando, trazendo novas oportunidades e mais conhecimento.

O Brasil vive um momento único devido a esta descoberta. Uma reserva em potencial que vem sendo estimada em 50 milhões de barris que já é um marco na indústria petrolífera mundial. Essa descoberta vem trazendo muitas expectativas para o país, que poderá passar a ser uma das maiores potências de petróleo do mundo, elevando o patamar da nossa economia. Por isso, essa é um momento delicado, de decisões estratégicas e busca de superação dos desafios.

Histórico de descobertas do Pré-Sal

Em 2005, a Petrobras perfura o primeiro poço de nova fronteira exploratória e encontra os primeiros indícios de petróleo na Bacia de Santos, no bloco BM-S-10 (Parati), onde opera com mais duas empresas estrangeiras. Em 2006, é iniciado o Plano Diretor para Desenvolvimento da Produção de Gás Natural e Petróleo na Bacia de Santos, com previsão de investimento de 18 bilhões, e a estatal instala uma unidade de produção no local. No mesmo ano, é encontrada a jazida de Tupi, de óleo leve, que representa um marco histórico para a exploração brasileira por ser o primeiro poço a ultrapassar uma camada de sais evaporíficos de mais de 2000 metros.

Em 2007, a Petrobrás encontra mais quatro jazidas de óleo leve na seção pré-sal localizada na Bacia de Campos, nos campos de Caxaréu e de Pirambu, localizados no Parque das Baleias, e nos blocos BM-S-9 (Carioca) e BM-S-21 (Caramba). No mesmo ano, é confirmado que em Tupi indica volumes recuperáveis de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural, por isso 41 blocos adjacentes a esse são retirados da Nona Rodada de concessão promovida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), sendo a Petrobrás a empresa que adquiriu o maior número de blocos na rodada.

Em 2008, Lula e a Petrobrás inauguram a exploração do pré-sal no Campo de Jubarte. A estatal cria a Gerência Executiva de Pré-Sal para coordenar matricialmente todas as atividades de Exploração e Produção nesta área. Entre suas tarefas estavam a coordenação dos planos de avaliação das áreas onde há descobertas e implantação do Teste de Longa Duração e do primeiro piloto de produção na acumulação de Tupi. A estatal também aprova a contratação de afretamento de 12 unidades de perfuração para utilização em águas ultraprofundas (2400 m e 3000 m de lâmina d’água), que integram a primeira fase de plano de contratação de 40 unidades para operar até 2017. Ainda neste ano, foram encontrados mais quatro jazidas no pré-sal, nas áreas de Júpiter, Bem-te-vi, Guará e Iara.

Nos anos seguintes, ainda foram encontrados mais jazidas, em 2009, denominada área de Iguaçu, no mesmo bloco de Carioca e Guará, e a quarta do bloco foi encontrada durante a perfuração do poço conhecido como Abará Oeste. Em 2010, a estrangeira Anadarko encontrou uma jazida no campo de Wahoo, na Bacia de Campos e a estatal encontrou o que seria a segunda maior jazida, na área do poço de Franco, com um volume recuperável de 4,5 milhões de barris de petróleo.

Projeções

Com uma área total de 112 mil km², em uma faixa de 800 km que se estende da costa de Santa Catarina ao Espírito Santo, lâminas d’água que variam de 60 a 2300 metros e profundidade total entre 5300 a 7000 metros, estima-se que o Pré-Sal possua reservas de 50 a 100 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).

O investimento em pesquisa é essencial para o processo de aprendizagem das petrolíferas em novos horizontes, as empresas que têm ativos no pré-sal não podem ficar acomodadas porque existem muitas dificuldades para a exploração. Segundo Giuseppe Bococcoli, consultor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), a camada de pré-sal na costa brasileira é uma área pouco conhecida, pois tem características diferentes da perfurada há anos no Golfo do México e no Mar do Norte, já que lá a maior parte da região é alóctone, ou seja, se movimentou, foi transferida do seu lugar e aqui o pré-sal faz parte de sua formação original, se formou onde está. Para ele, as maiores dificuldades estão na profundidade, tanto de água como de solo, no comportamento do sal, na pressão do reservatório e na sísmica, que provoca distorções nas imagens. Por isso, a perfuração dos poços demanda um alto investimento. Os gastos com o primeiro poço perfurado foi de US$ 240 milhões, mas esses gastos estão sendo reduzidos desde então, assim como a perspectiva de dificuldade da estatal e das parceiras, que estavam atuando em um cenário de alto grau de dificuldade e riscos.

Em maio de 2011, o gerente de relações com investidores da Petrobrás, Helder Leite, afirmou que o aprendizado sobre o comportamento dos reservatórios na bacia do pré-sal é essencial para a diminuição do tempo gasto com a perfuração dos poços e, quanto menor este tempo, mais rápida a sonda é deslocada, trazendo economia para

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