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Teoria Do Caos

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Por:   •  18/3/2014  •  2.314 Palavras (10 Páginas)  •  441 Visualizações

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TEORIA DO CAOS

O MITO

O homem, desde os primórdios, tenta explicar a origem do mundo. Esse assunto sempre interessou a humanidade, devido estar ligado intrinsecamente a existência. Com os mitos o homem busca responder de onde veio e para aonde vai. Se engana quem tem uma leitura apressada dos mitos e acha que se trata apenas de uma visão fictícia da realidade. Os mitos têm linguagem simbólica, mas seu sentido é mais profundo do que pensamos, mesmo porque a realidade é maior que o poder de captação da mente humana, a realidade é feita de caos.

A concepção de mito faz parte indissociável da maneira humana de compreender a realidade. Os mitos não são vistos como lendas por aqueles que os respeitam, mas como histórias que realmente aconteceram nos tempos ancestrais, envolvendo seres sobrenaturais que produzem uma nova realidade (vide o mito de Adão e Eva).

MITO E FILOSOFIA

A filosofia é um fenômeno restrito, surgiu em poucos lugares, como a Grécia e a Índia. Os mitos e a religião, ao contrário, são universais, surgiram em todos os povos do mundo. A filosofia apareceu como uma forma de explicar o mundo racionalmente, sem a utilização de mitos. Mas isso não aconteceu de repente, nem houve um abandono dos mitos, inclusive muitos filósofos se utilizaram de mitos para explicar suas concepções. Portanto, para se entender a filosofia é preciso partir dos mitos.

Existem descrições cosmogônicas que são intermediárias entre os mitos e as concepções filosóficas sobre a origem do universo. Tal é o caso da Teogonia de Hesíodo.

NO PRINCÍPIO ERA O CAOS

Realmente antes de tudo existiu o Khaos (Caos)... (Hesíodo). A concepção de caos que se tem, contemporaneamente, é de desordem e de confusão. Caos vem da palavra grega khínein, que quer dizer abismo. Assim, caos era concebido como o abismo profundo, algo indefinido, anterior a todas as coisas. Alguns autores interpretam como divisão, mas divisão de quê? Muito já se escreveu sobre o Caos, mas sem se chegar a uma conclusão definitiva, aceita por todos.

Hesíodo, em seu poema Teogonia, busca implicitamente demonstrar que tudo tem uma origem. Segundo ele, os primeiros “filhos” do Caos são: a Gaia, terra; o Tártaro, local mais profundo que Hades (o inferno dos gregos); e o Eros, amor, desejo, deus que supera todas as forças atraindo os opostos. A Terra se apoiava no Tártaro, que por sua vez era possível que se apoiasse no Caos. Naquele tempo, não se tinha a concepção de que a Terra flutuasse no espaço. Posteriormente, se acreditou que a Terra era uma bolha imersa dentro do Caos.

Teogonia significa origem dos deuses. Nesse mito os deuses surgem através do desejo de união de outros deuses ou da separação. Eros é o desejo. Mutantis muntandes, dos primitivos “filhos” do Caos são gerados deuses como Urano (Céu), que inicialmente vivia imerso na Terra, e os Titãs e as Titânidas, filhos e filhas resultantes da união de Gaia e de Urano.

O mito segue explicando que do Caos saiu as trevas. Das trevas saiu a luz. A Gaia (Terra) deu nascimento a Urano (céu), depois às montanhas e ao mar. Segue-se a apresentação dos filhos da luz, dos filhos das trevas e da descendência da Terra – até o momento do nascimento de Zeus, que triunfará sobre seu pai, Cronos (tempo), começando então a era olímpicos.

Entendendo o tempo, entendendo o caos...

Introduzindo o tempo

A cronologia dos acontecimentos está intimamente ligada à previsão dos fenômenos. Para se ter uma idéia da passagem do tempo é necessário pontos de referência; os humanos antigos não dispunham de relógios, assim fenômenos cíclicos como o pôr e nascer do sol mostravam o dia, a sucessão das estações mostravam o ano, desta maneira era possível uma orientação no tempo através dos eventos que se sucediam. A própria física como a conhecemos hoje somente tornou-se possível com a invenção de relógios poucos séculos atrás e seu aperfeiçoamento em relógios atômicos forneceu o instrumento para as pesquisas no campo da relatividade e mecânica quântica.

Olhando para o tempo

Ao olhar para o tempo vemos uma sucessão de acontecimentos (e não se sabe por qual razão exata temos um desejo incrível de querer antecipar, de prever os acontecimentos que virão...). Este olhar provoca uma pergunta tão íntima que todos já a fizeram: "Quando tudo começou...?".

Quando o tempo começa? Esta pergunta foi respondida por civilizações antigas como os hebreus no Antigo Testamento que datavam a origem de tudo (afinal nosso planeta era o centro do Universo) de apenas 6.000 anos. Este tempo não era muito longo em relação a vida humana, sendo que algumas centenas de gerações poderiam cobrir este intervalo.

Mas o tempo, como sabemos hoje, é muito maior. Algo em torno de 20 bilhões de anos para o Universo, 5 bilhões de anos para o planeta Terra e 3,6 bilhões de anos para a origem da vida em nosso planeta. Esta contagem coloca a escala de vida, não de um ser humano, mas de toda a humanidade em uma diminuta proporção em relação ao todo.

A área que contribui para este conhecimento sobre o tempo foi a geologia, a qual elaborou o conceito de relógio geológico.

Os ponteiros que marcam milhões de anos

A compreensão do conceito de relógio geológico parte de um conceito físico fundamental: a existência de um campo magnético terrestre.

Este campo tem sobre a superfície do globo a distribuição de um dipólo, ou seja, de dois pólos cada um situado nas proximidades do pólo geográfico. Hoje sabemos que este campo é gerado no interior do planeta, no centro da Terra onde correntes elétricas estão circulando.

O núcleo possui cerca de 3 mil quilômetros de diâmetro e é formado por um líquido viscoso. Na verdade este líquido é metal fundido, bom condutor de calor e eletricidade, em estado turbulento em razão das correntes de convecção que ali reinam. Dando eletricidade a este líquido condutor, esses movimentos criam espontaneamente, pelo o que é chamado de efeito de dínamo auto excitado, o campo magnético terrestre.

O relógio de que nos valemos para determinar a cronologia terrestre está ligado à evolução deste desse campo magnético e de seus efeitos. Esse campo variou ao longo das idades geológicas, não só em grandeza mas também de sinal:

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