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Teoria do caos e elaboração de cenários

Por:   •  16/5/2017  •  Resenha  •  1.122 Palavras (5 Páginas)  •  477 Visualizações

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Sabe –se que se uma borboleta bater as asas no Brasil, isso pode de alguma forma gerar um furacão no Japão. Como um evento tão isolado e consideravelmente pequeno pode afetar a estrutura de outro lugar, ou mudar pra sempre o curso da natureza? Esse é sem dúvidas o fator mais interessante quando trata-se da teoria do caos. O caos é uma ideia multidisciplinar, é uma ciência global que reúne pesquisadores de campos distintos. Para Gleick, 1999:20 :

A Teoria do Caos surge com a ideia fundamental de que, em determinados sistemas, pequenas variações nas condições iniciais podem gerar grandes variações nos resultados finais. Trata-se do famoso “efeito borboleta” que recebeu nome técnico de “dependência sensível das condições iniciais”.

Dessa forma, pode-se inferir que pequenas atitudes, no início de determinado processo pode gerar consequências em todo processo, consequências essas que podem ser irreversíveis e afetarem o produto final. Segundo Ceretta (2002): “O caos é um fenômeno onde mecanismos dinâmicos, simples e determinísticos produzem efeitos ao longo do tempo tão complicados que o tornarão imune frente à maioria os testes de previsibilidade.” Nesse sentido, vale ressaltar que a teoria do caos se baseia em atitudes que são tomadas logo no início de um processo, que podem determinar todo o curso do mesmo, alterando ora para melhor ou pior os resultados finais, por isso em administração estratégica das organizações essa teoria é válida, sabendo que a atenção dada ao início do processo organizacional deve ser maior pois a organização é considerada um sistema complexo. Para ratificar essa afirmação Marietto (2006, p. 4) afirma que “Grande dependência a condições iniciais é uma das características dos sistemas complexos.” Sendo assim, em um ambiente organizacional complexo, a administração estratégica procura manter uma ordem, seguindo um planejamento e o caos procura na complexidade das ações individuais uma forma de subsidiar essa ordem, para que o planejamento estratégico aconteça. De acordo com Marietto (2006, p. 6): “A ordem encontra-se na coletividade da organização buscando a implementação das estratégias, enquanto que. O caos reside nas atitudes complexas individuais dos colaboradores, insumos e práticas necessárias à implementação das estratégias planejadas.”.

Outra técnica que pode ser usada no contexto das organizações, em se tratando de administração estratégica é a análise de cenários, pois como é sabido as organizações são ambientes complexos marcados pela incerteza, dessa forma, analisar os cenários possíveis e propor planos que guiem as ações são formas de trabalhar mediante a complexidade e diminuir as incertezas, caminhando sempre para um futuro esperado. Segundo Wright e Spers (2006):

Elaborar cenários não é um exercício de predição, mas sim um esforço de fazer descrições plausíveis e consistentes de situações futuras possíveis, apresentando os condicionantes do caminho entre a situação atual e cada cenário futuro, destacando os fatores relevantes às decisões que precisam ser tomadas.

É interessante observar, já em um primeiro momento, a relação existente entre a teoria do caos e a elaboração de cenários. A elaboração de cenários pode ter consequências e implicações diretas no desempenho da estratégia, assim como na teoria do caos, um cenário previsto no início do processo pode levar a resultados distintos no final, devido ao caminho que será proposto a partir do cenário vislumbrado.

Para Silva (2011, p. 22):

Do ponto de vista da estratégia, cenários de larga escala podem ajudar na formulação de estratégias e investimentos ao aumentar a robustez da estratégia, por identificar e desafiar premissas subjacentes sobre o futuro, permitir melhores decisões estratégicas pela identificação e modelagem de incertezas, antes de serem feitos comprometimentos substanciais e irreversíveis, aumentar o conhecimento e o entendimento sobre o ambiente externo, e aumentar a velocidade de resposta à eventos inesperados pela visualização antecipatória de futuros possíveis.

Pode-se perceber que em um ambiente organizacional lançar bases onde um futuro pode ser vislumbrado é de vital importância para que se obtenha resultados plausíveis, dentro da missão estabelecida pela organização. Entender o futuro, a fim de controla-lo é fundamental para que um plano estratégico seja elaborado de forma eficaz,

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