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Urbanidade e as Novas Configurações Urbanas

Por:   •  22/5/2022  •  Resenha  •  682 Palavras (3 Páginas)  •  85 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS

Campus Universitário  Trindade

CEP 88.040-900  Florianópolis  Santa Catarina

FONE (48) 3721-3526   FAX:  (48) 3721-9751

Urbanidade e as novas configurações urbanas.

Maria Eduarda Viana Demos.

Matricula: 19203927

Resenha de: GONÇALVES, Alice Rauber. Urbanidade e as novas configurações urbanas. In: I Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisa e Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Anais. Rio de Janeiro, 2010.

      O artigo em questão traz como tema central as novas configurações urbanas e as mutações no conceito de urbanidade. A autora levanta questões que fomentam o debate em torno das transformações do ambiente urbano na contemporaneidade, e em especial da sua configuração, de forma que o conceito fechado e clássico de urbanidade enquanto “conjunto de formalidades e procedimentos que demonstram boas maneiras e respeito entre os cidadãos; afabilidade, civilidade, cortesia” (Houaiss) já não atende mais de forma satisfatória. Dessa forma coloca-se em discussão a possibilidade de mudanças no conceito de urbanidade baseada nas questões de transformações na urbanidade de novas espacialidades, pois novos processos socioeconômicos apresentam novas morfologias. A cidade não é mais apenas um conjunto de formas construídas, considerando a tendência à urbanização crescente em locais de baixas densidades.

      Quando a autora inicia o levantamento de alguns aspectos a respeito da cidade contemporânea que podem influenciar na discussão sobre urbanidade, cita Gottdiener ao tratar sobre as mudanças de caráter espacial na sua organização e descentralização e qualitativa de espaço de assentamento, aonde termos como urbano e rural perdem seu valor analítico no tocante a lugares e modos, pois o modo de vida urbano existe em ambos os espaços. Há a sugestão por parte de alguns autores que o crescimento da cidade tende a ocorrer em áreas ainda não urbanizadas, tendendo a uma formação dispersa e fragmentada, que vem para somar\coexistir com áreas de crescimento urbano denso.

        É feita a referência a Polidori e Krafta (2003) para defender a hipótese de que compactação e fragmentação fazem parte do mesmo processo, e o urbano se dá na alternância entre compactação\descompactação e fragmentação e desfragmentação, esta hipótese sugere que o fator dispersão urbana seria um fator de continuidade das cidades e não da sua destruição. A utilização da teoria dos porcos-espinhos de Schopenhauer, já utilizada por Secchi no livro Primeira Lição de Urbanismo, é utilizada de modo muito assertivo pela autora, de forma a deixar o exemplo dos movimentos nos processos de compactação/densificação e dispersão/extensificação do território didáticos.

          Ao tratar do conceito de urbanidade, ligado à qualidade urbana, a autora também envolve em sua análise os critérios de intensidade de relações e a diversidade urbana. A respeito das intensidades de relações nos remete ao termo vitalidade urbana, sendo este utilizado frequentemente, como atesta a autora, como sinônimo de urbanidade, porém o conceito de vitalidade urbana está embutido no de urbanidade, pois não há urbanidade sem vitalidade, ou seja, espaços que possibilitem uma concentração mínima de pessoas interagindo, gerando a intensidade de relações.

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