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Via Expressa

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Por:   •  22/5/2014  •  1.408 Palavras (6 Páginas)  •  347 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da civilização o homem transforma o meio onde vive para

satisfazer suas necessidades sociais, culturais econômicos e, para isso, desmatou florestas, construiu casas e abrigos, domesticou animais, cada vez mais tornando os ambientes naturais em espaços antropogênicos. Os sucessivos danos ao meio levam a modificações locais e regionais,alterando as dinâmicas naturais do espaço total.

Atualmente o crescimento urbano tem sido mais intenso em todo o mundo e as

situações brasileira, maranhense e ludovicense não diferem desse contexto, que gera,

pelo crescimento populacional, áreas de ocupação desordenadas, problemas de saneamento e poluição ambiental, riscos de habitabilidade e, como não poderia ficar alheio a esse conjunto de processos, os danos ocasionados pela necessidade de melhoras as dinâmicas de trafegabilidade inter e intraurbanas.

Podemos ver o processo de urbanização mais intenso na cidade de São Luís, que

desenvolveu nos últimos anos um intenso processo de urbanização, caracterizando

principalmente pela inserção de grandes projetos de urbanização ambiental. A necessidade de aumentar e adequar os espaços para recebimento de fluxos de transportes públicos é considerado um desafio premente, que requer planejamento e implementação de atividades de forma adequada aos ambientes e às demandas da sociedade.

Para fins de análise de danos ambientais do Empreendimento “Via Expressa” em São Luís (MA), obra desenvolvida pelo Governo do Estado do Maranhão na capital, São Luís, objetivou-se reconhecer as dinâmicas socioambientais em curso nos espaços do Sítio Santa Eulália e em toda a área de influência direta (AID) do Empreendimento, tendo como foco analisar os impactos advindos da implantação de desta obra proposta pelo Executivo Estadual.

O presente trabalho traz discussões acerca das relações de interesse existentes sobre o espaço total em questão, considerando o momento político estadual, o forte processo de urbanização e a perda de áreas de preservação permanente (APPs), que vêm sofrendo modificações substanciais nos últimos anos. Ademais, este estudo tem o intuito de contribuir com a gestão dessas áreas e de propor alternativas para o monitoramento dos impactos e a conservação de suas potencialidades.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. A via expressa

A obra da Via Expressa, que ligará a Avenida Carlos Cunha às avenidas Jerônimo de Albuquerque e Daniel de La Touche (Maranhão Novo) receberá a implantação de 7.370,96m de malha pavimentada e terá um total de 9.795,96m de extensão. Foi apresentada, como solução para os atuais problemas de trânsito na região, e também como presente do Governo do Estado do Maranhão ao aniversário de 400 anos de São Luís.

Conforme projeto apresentado, a obra receberá cinco pontes sobre áreas de mangue, ao longo de sua extensão. Terá o objetivo de desafogar as avenidas Jerônimo de Albuquerque e a dos Franceses, principal via de acesso ao bairro Alemanha. Iniciando-se no bairro Renascença, passando pela Avenida Jornalista Ribamar Bogéa, Monções e Avenida III, Sousa Rangel, sobrepondo-se a Avenida Darci Ribeiro, cruzando a Avenida Carlos Cunha e seguindo em seção plena até a Avenida Daniel de La Touche.

A Via Expressa terá uma largura total de 32,75m. Cada via (mão e contramão) com 2x10,50m será construída com três faixas de fluxo contínuo. O canteiro central terá 1x4 m, a via de passeio 2m e a ciclovia 2,70m de largura. Haverá, para o empreendimento, a restauração de vias urbanas de 2.425m.

Atualmente a primeira de três etapas já foi entregue, e compreende o trecho que inicia ao lado do Shopping Jaracati e finda-se no Bairro do Cohafuma. A Segunda etapa estende-se do Cohafuma até o Bairro do Maranhão Novo, passando pelo Bairro dos Vinhais Velho, onde é necessária, conforme estudo de impacto ambiental, a realização de desapropriação de moradias, salvamentos arqueológicos locais na localidade Vinhais Velho, recomposição da vegetação da AID do Empreendimento, criação de uma unidade de conservação (UC) estadual no espaço total do Sítio Santa Eulália, permitir a permanência de estoques de biodiversidade ameaçada de extinção local e regional, bem como propor a inserção de atividades de controle e monitoramento da ocupação de entorno

2.2. Aspecto histórico e econômico do bairro Vinhais Velho

Criado em 20 de outubro de 1612, 42 dias após a fundação de São Luís, o Vinhais Velho localiza-se próximo ao Recanto dos Vinhais, em São Luís. Lá habitam cerca de 600 famílias, num contingente populacional de aproximadamente 3 mil pessoas, em área remanescente de aldeamento indígena. Parte das famílias complementa sua renda com atividades como pesca, extrativismo de caranguejo e coleta de frutas. Lá encontra-se a secular Igreja de São João Batista (com quase 4 séculos de existência), o cemitério do Vinhais Velho (datado do século XVIII), um porto (construído no Governo Newton Belo, 1961-1966), a Escola Municipal Oliveira Roma, diversas fontes naturais que abastecem a comunidade e reservas naturais com mangues, juçarais e ipês entre outras.

A primeira igrejinha erguida no local onde hoje está a Igreja de São João Batista foi construída pela Missão Francesa, em 1612. Depois de fundar o forte São Luís (que deu origem à capital maranhense) e as primeiras construções civis, os franceses saíram em visita pela Ilha, quando então conheceram Eussauap, que em diversos relatos o padre Claude d'Abeville relata ser a segunda comunidade indígena em população na Upaon-Açu - Ilha de São Luís. Segundo o capuchinho, neste lugar foi erguida pelos índios uma capela, com uma grande cruz, devidamente benzidas pelos padres.

Foi feita de palha, pelas mãos de seus primitivos habitantes, ajudados certamente pelo Sr. De Pizieux e os franceses que com ele ali residiam. Em 20 de outubro de 1612, de acordo com historiadores, foi batizada e rezada a primeira missa na capela, provavelmente pelo padre francês Arséne de Paris, ajudado por Claude D'Abbeville.

Em 5 de maio de 1829, a Câmara pediu ao Presidente a construção de uma igreja, por ter desabado a que havia. A reconstrução da igrejinha do Vinhais foi feita por D. Marcos Antonio de Souza, concluída antes

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