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A Analise Milenarismo

Por:   •  5/7/2023  •  Resenha  •  687 Palavras (3 Páginas)  •  45 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (UFMA)

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

Departamento de História (DHIS)

Disciplina: História Medieval

Docente: Prof. Dr. Marcus Baccega

Discentes: Fábio Gabriel Carvalho Abreu; Jhonatan da Silva; Larissa Vale Cutrim; Luca Rafael de Carvalho Serra; Rafael Braz Santos.

ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DOCUMENTO HISTÓRICO

A CONVERSÃO DE CLÓVIS

Pergunta-Problema: Teria sido o batismo de Clóvis um ato político?

A questão religiosa assumiu um papel importante na Antiguidade Tardia no ocidente romano. Com o estabelecimento cada vez mais intenso dos povos germânicos no Império Romano Ocidental, as diferenças culturais se acentuaram. Essa alteridade, fica ainda mais evidente no aspecto religioso. Assim, vemos nesse período uma série de conversões ao cristianismo. Pessoas de todas as camadas sociais integrando às práticas da Igreja Católica. Algumas dessas conversões ganharam destaque pela relevância que assumiram, é o caso do batismo de Clóvis, o rei dos francos, em 496.

Diante desse cenário, é importante refletir sobre as implicações de cunho político e estratégico que o evento da adesão de Clóvis ao Evangelho, nesse mesmo período, exerceu no seio da sociedade recém unificada sobre seu poder e as questões que a permeavam. Para compreendermos esse momento, o texto “A conversão de Clóvis” de São Gregório, o bispo de Tours, será o ponto de partida. Todavia, é importante ressaltar que a leitura desse evento feita por esse autor é evidentemente marcada pela sua posição enquanto clérigo, atribuindo ao longo do texto o ocorrido à providência divina.

O bispo de Tours, narra as motivações que levaram Clóvis a se converter ao cristianismo diante de um cenário de necessária consolidação de seu poder na Gália. Clóvis, já havia unido politicamente os francos e pretendia estender sua hegemonia em toda a Gália através de campanhas militares que mais tarde resultaram em sucessivas vitórias favoráveis ao rei merovíngio. No entanto, a problemática acerca da posição religiosa de Clóvis, ainda pagão até o evento narrado, certamente prejudicava a consolidação de seu poder entre a poderosa aristocracia da região, expressivamente cristã. Apesar disso, não é possível, do ponto de vista histórico, estabelecer as razões mais profundas, ou seja, de cunho pessoal, que teriam levado Clóvis à conversão ao cristianismo, o que é possível perceber são as consequentes transformações políticas e culturais pelas quais o mundo franco passou a partir dalí. Afinal de contas, não deixemos de lado o fato irredutível de que a Gália do século VI foi profundamente marcada pela religiosidade da população que, constantemente, era traduzida em conflitos e intensas divergências.

No texto, São Gregório deixa evidente a importante participação na conversão de Clóvis da princesa burgúndia Clotilde, também esposa do soberano franco e católica. É ela quem pede a Remígio, bispo de Reims que convença o marido a seguir a fé cristã, segundo o autor. No entanto, o que o texto deixa

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