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A Cartografia Histórica Como Fenômeno Da Modernidade: Mais Que Mapas, Fontes Documentais

Por:   •  25/10/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.096 Palavras (9 Páginas)  •  46 Visualizações

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A CARTOGRAFIA HISTÓRICA COMO FENÔMENO DA

MODERNIDADE: MAIS QUE MAPAS, FONTES

DOCUMENTAIS

Aldeide da Costa Rosa

Klebson Thiago de Assunção Corrêa

Larissa Abrão Silva

I. INTRODUÇÃO

Considerando o fato de os mapas serem considerados importantes meios de

comunicação entre grandes navegações e nas divisões territoriais, deve-se compreender que tal

fato vai além dessa magnitude. Tendo em vista que houve uma evolução constante dos mapas

para interesses culturais, políticos e do poder que gira em torno desses interesses e por isso está

inserido dentro da modernidade, nesse caso, entre as mais variadas fontes bibliográficas que

traremos ao longo dessa perspectiva, é importante compreendermos de que modo o

protagonismo indígena está evidenciado nas demandas de tempo presente e qual sua influência

na construção desses mapas na era moderna.

Segundo BLACK, Jeremy (2005) em sua obra intitulada Mapas e História, onde

contextualiza as primeiras criações dos mapas históricos em dois momentos, antes da era

moderna e após a era moderna. Antes havia as criações de mapas míticos religiosos. “O primeiro

mapa impresso (1535) ilustrava o êxodo e acreditava-se que os mapas bíblicos incorporavam

avanços na cartografia e astronomia” (BLACK, Jeremy, 2005, P. 22). Em contrapartida, o

mapeamento moderno inicial transformou-se rapidamente a partir de um problema específico

que com base documental na história fazia sentido naquele período e que por essa razão

contribuiu para uma reconstrução histórica.

Desse modo, os estados modernos na produção da cartografia foram cruciais para essa

reconstrução, o poder também descrito por BLACK, Jeremy (2005) também ajudou a formular

a percepção e consciência política e foi a partir de então que houve o pontapé inicial para este

fato histórico. Na era moderna, houve um papel maior na cultura impressa no século XVII em

que há a mudança na produção da cartografia antes era uma reconstrução mítica que passava

pelo bíblico e pelo clássico, na era moderna a cartografia avança para uma ciência propriamente

dita e começa dar um embasamento para as produções futuras. Havia então uma preocupação

para descrever como era a territorialização desses estados autônomos e independentes, as

fronteiras dos países entre essas grandes nações do estado moderno, que porventura irão

produzir essa cartografia com o auxílio de um trabalho conjunto de geógrafos, historiadores,

matemáticos etc. personagens que começam redesenhar o modo de observar os mapas dentro

de cada contexto.

É importante ressaltar também a evidência iluminista e do renascimento nessa era

moderna. Nesse contexto, FURTADO, Júnia (2012) traz algumas reflexões em seu livro

“Oráculos da Geografia Iluminista, influenciada por dois personagens: Dom Luís da Cunha e

Jean Baptiste”. Havia uma intensa comunicação entre esses diplomatas através de cartas para

definir os seus territórios e autora utilizou-se dessas fontes documentais para o seu objetivo que

era identificar o processo do mapa de produção na América meridional. A autora ressalta que

os mapas são estudados como meios de comunicação e artefatos culturais e possui um

pensamento político por trás, o mapa é um produto cultural de sua época, havia uma mediação

política, cultural e operação intelectual.

Partindo do ponto de vista da autora conseguimos compreender um importante meio de

compreensão do ensino de história, onde ela afirma que a regra básica do método histórico é

que os documentos só podem ser interpretados no seu contexto. O mapa foi uma representação

dos fatos, a autora informou através de uma entrevista que a cartografia portuguesa evidencia

o estado e que esses diplomatas por vezes, não precisavam ir até os lugares, os mesmos

utilizavam artefatos para isso. Ela afirma ainda que as pesquisas documentais evidenciaram um

trabalho coletivo conforme foi aqui mencionado entre ilustradores, livreiros, geógrafos e o

historiador que enxerga além disso. A percepção dos mapas tem muitos desafios, deve-se levar

em consideração o jogo de interesses tributários e políticos que formava as paisagens daquele

território. No entanto, Júnia Furtado trás outra reflexão, a de desconstrução do mapa como

demarcação de territórios, uma vez que haviam outros fatores culturais e políticos que está

dentro do contexto da modernidade.

Sendo assim, através da contextualização acima, podemos retornar no nosso ponto de

pesquisa, o protagonismo indígena na cartografia. A autora afirma que grande parte da

cartografia foi evidenciada através dos conhecimentos indígenas, uma vez que os mesmos

sabiam onde navegar, como chegar

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