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A Contribuição de Henrique Mecking para o Crescimento do Xadrez no Brasil (1962-1982)

Por:   •  24/9/2023  •  Monografia  •  1.159 Palavras (5 Páginas)  •  35 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

ICHS – INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DHRI - DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

DISCIPLINA: MÉTODOS E TÉCNICAS EM PESQUISA

Pré-Projeto de Monografia

Rodrigo Cabral Mattos do Espirito Santo[1]

Tema – A contribuição de Henrique Mecking para o crescimento do Xadrez no Brasil (1962-1982)

Introdução

O Xadrez nunca foi prestigiado como uma atividade popular no Brasil, sequer esteve entre os principais esportes – há ainda quem questione a concepção de xadrez como um esporte -. Tendo suas raízes construídas por D. João 6º em 1808, a primeira competição oficial foi ocorrer apenas 72 anos depois, tendo Machado de Assis como um dos principais nomes. Ficando em terceiro lugar no torneio, o escritor foi o primeiro a publicar um problema de xadrez numa revista nacional.  

Machado teve seu papel na história do xadrez nacional por estar frequentemente divulgando sua prática nas revistas da época, inclusive incluindo em um dos seus contos, “Questão de Vaidade (1864)” uma referência explícita ao jogo. Entretanto, se tivéssemos  que delimitar um nome como referência do esporte e o maior nome do Xadrez Nacional, este seria o de Henrique Mécking,  popularmente conhecido como Mequinho.

O Brasil não tinha um reconhecimento mundial quando o assunto era Xadrez. A União Soviética/Rússia, Estados Unidos, França, Cuba, Holanda e outros países, eram exemplos de referência para o Xadrez a nível global. Henrique Mecking, em seu auge, figurou entre os 3 melhores jogadores de Xadrez do mundo em 1977, atrás do russo Anatoly Karpov e do suiço Viktor Korchnoi, elevando assim o patamar do Brasil no esporte.

Mequinho foi o primeiro jogador brasileiro a conquistar o título de Grande Mestre Internacional de Xadrez, e um dos mais jovens do mundo a conquistar tal feito (19 anos). Tais conquistas, somadas as suas brilhantes participações em torneios continentais e mundiais, fizeram com que diversos jornais brasileiros estampassem sua imagem nas capas, abordando a trajetória de Henrique e contribuindo para a popularização do esporte a nivel nacional.

Este presente projeto tem por principal objetivo analisar não a carreira de Mequinho, mas sim a sua contribuição para a popularização do Xadrez no Brasil. Por seu auge ter ocorrido na década de 70, estabelecemos como recorte temporal dez anos antes de sua conquista de Grande Mestre (1972) e os dez anoz posteriores, assim, analisando estatisticamente a quantidade de torneios, clubes, jogadores e menções ao esporte nos jornais, nas revistas e na televisão, antes, e depois do auge do maior jogador brasileiro de Xadrez de todos os tempos.

Plano de Capítulo

  • Capítulo I – O xadrez nacional sem seu primeiro Grande Mestre (1962-1972): Aqui, será analisado o esporte e seu lugar no Brasil, ainda sem o brilho do que viria a ser o maior enxadrista brasileiro de todos os tempos. Números da venda de tabuleiros e peças, listas de participantes de torneios oficiais estaduais e nacionais, menção ao esporte nos principais veículos de mídia da época e estatísticas de cadastro de novos jogadores em tradicionais clubes de xadrez do Brasil.
  • Capítulo II – O efeito Mequinho (1972-1982): Sem deixar de lado as conquistas e a história de Mequinho, o enfoque desse capítulo consistirá em fazer uma comparação com os dados do capítulo anterior e entender como o aumento dos números não se dão por uma causalidade, mas sim por consequência dos feitos de Henrique Mecking.
  • Conclusão – Acredito que o nome de Henrique Mecking tem sua relevância no Brasil não apenas em relação ao seu desempenho e performance, suas conquistas, e sua contribuição para a inclusão do Brasil entre os principais países referências no esporte. A nível nacional, sua relevância é ainda maior e mais notória, pelo crescimento do esporte a partir de seu auge. Exemplo disso é que hoje, em 2022, temos 15 Grandes Mestres de Xadrez brasileiros, enquanto que até 1972, o Brasil nunca havia concedido esse título à alguém. Mequinho foi um importante ponto de ruptura para o esporte no país, como Pelé no futebol, Ayrton Senna na Fórmula 1, Guga no Tênis, e etc.

Objetivos

Objetivo principal        

  • Identificar a contribuição de Henrique Mecking para a popularização do Xadrez no Brasil.

Objetivos específicos

  • Compreender o lugar do Xadrez na década de 60.
  • Comparar a popularidade do esporte entre os períodos anteriores à Henrique Mecking e após as suas conquistas;
  • Analisar o “efeito Mequinho”, isto é, como seu desempenho no esporte contribuiu para alterações no cenário nacional do Xadrez.

Quadro teórico-conceitual

Aqui, terei como referencial teórico o historiador Edward Thompson e seu conceito de Economia Moral, que visa analisar o comportamento econômico de uma sociedade com base em fatores que não são necessariamente relacionados a economia, mas sim a cultura ou geral ou valores morais.

Metodologia e fontes

O livro de Rubens A. Filguth, entitulado “O Perfil de Um Gênio[2]” servirá como base para nortear as questões especificamente referente ao enxadrista Henrique Mecking. Para analisar a relação entre Mequinho e a sociedade enxadrista, as principais fontes serão jornais da época, acessados principalmente pela Hermeroteca Digital[3] e pelo site Brusque Memória[4].

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