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A Escravidão no Brasil

Por:   •  29/5/2016  •  Artigo  •  2.444 Palavras (10 Páginas)  •  202 Visualizações

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        Escravidão no Brasil        

Kethaly Ferreira da Silva*

        

        O presente trabalho tem por objetivo apresentar informações sobre a Escravidão no Brasil, os princípios que se tinham de escravizar alguém, dissertará também como foi à escravidão indígena, desde a adaptação e o processo que levou a optarem pela escravidão africana, onde os escravos eram comprados da África, como produtos apenas e vinham para o território brasileiro destinados a realizar o trabalho pesado.

        Para melhor compreender o assunto a ser tratado, temos assim textos que relataram como foi o processo da escravidão africana, pois foi a que mais se destacou o trabalho, os castigos, costumes, em fim seu cotidiano no Brasil, e também a abolição da escravatura que se deu em 13 de maio de 1888, com a Lei Áurea.

Palavras-chaves: Escravidão, Brasil, África, abolição.

        

  1. INTRODUÇÃO

        Escravidão significa a sujeição, a servidão a alguém, o qual é propriedade exclusiva do senhor, sujeito a todos os seus mandatos e vontades. Essa sujeição, não permite ao escravo poder de liberdade, privando-os de realizar suas vontades.

        A escravidão não é algo recente, surgiu há cerca de 10 mil anos, quando prisioneiros de guerra eram capturados para trabalhar nas lavouras, e os devedores que não conseguiam quitar suas dividas, também se tornavam escravos. Segundo relatos iniciou-se com a civilização suméria na Mesopotâmia por volta de 3500 a.C. Essa relação de escravidão, portanto chegou ao Brasil, com o descobrimento do país pelos portugueses, que a partir do contato com os índios, viu neles uma forma de trabalho, escravizando-os nos engenhos e plantações, pois era a forma de lucro da época.

        Mas, os índios como não estavam acostumados com esse processo de submissão, começaram a manifestar certa resistência, e assim Portugal recorreu aos negros africanos que já estavam acostumados a esse tipo de trabalho. E durante aproximadamente 200 anos, viveram a base de castigos, pesados trabalhos, sem liberdade, e só em 1888 conseguiram se livrar da escravidão, mas até hoje há casos de escravidão no mundo, não tão acentuado como naquela época.

  1. DESENVOLVIMENTO

        Para desenvolver melhor o tema proposto, e relatar os fatos da melhor forma, o então trabalho se divide em 2 partes e algumas subdivisões :

  1. Escravidão Indígena

        Com o objetivo de explorar o território descoberto, os portugueses precisavam de mão de obra, com isso começaram a utilizar os índios nos trabalhos como extração dos recursos naturais, principalmente o pau Brasil, nas lavouras e nos afazeres domésticos, mas de forma controlada.

        E esses serviços só eram feitos pelos índios, devido ao escambo, relação de troca entre eles onde os europeus trocavam artefatos (apitos, chocalhos, espelhos) curiosidade para o povo nativo, em troca de seus trabalhos. E foi assim o começo da escravidão indígena, que aos poucos foram modificando essa troca, para um trabalho obrigatório e rígido. E que devido a esse trabalho árduo, muitos índios foram levados à morte, por não estarem acostumados a esse novo regime.

        O trabalho escravo indígena alcançou maior êxito entre 1540 a 1570, principalmente nos estados atuais de Pernambuco e Bahia. O fim desta escravidão se deu através das leis de 1755 e 1758, onde a Coroa Portuguesa proibia a escravidão indígena, mas continuava o uso dessa mão de obra. E essa lei foi facilmente legitimada, pois os portugueses já tinham o interesse em trazer para o Brasil a mão de obra escrava negra, ao qual já estavam acostumados a esse tipo de serviço, e foi assim que se iniciou o tráfico negreiro.

  1. Escravidão Negra

        Como forma de ampliar seus lucros, os portugueses optaram por trazer para o Brasil, a mão de obra africana, para que o trabalho desse maior lucratividade. Com isso se inicia o comércio de negros, que comprados na África, como produtos eram levados de forma tumultuada ao Brasil.

        O trafico só foi se intensificando cada vez mais, pois no século XV vinham aproximadamente 50 mil escravos africanos e um século depois, já eram 550 mil escravos, e esse número só aumentou, chegando no seu apogeu com cerca de 1,5 milhões de escravos.

  1. Africanos escravizam africanos

        Antes mesmo dos portugueses chegarem à África, já existia escravidão, desde o século II a.C. Como era dividido em vários povos diferentes, o modo de escravizar os cativos variava, pois cada povo tinha seus preceitos, costumes e práticas. O trabalho dos escravos variava, podiam realizar atividades domesticas, trabalhavam em mineradoras, eram artesões ou agricultores. Eram vistos não como mercadoria, até então, mas como uma forma de sustentar a economia.

        Esses escravos eram geralmente prisioneiros de guerra (lutas entre os reinos africanos), cativos devido a dividas, ou vendiam parentes para sobreviver, devido à fome, caso raro. Eles tinham privilégios, caso se tornassem fieis, e obedientes, caso contrario havia punições para os que contrariavam. A comercialização, entretanto de cativos, era feita em pequenas proporções, raramente os lotes passavam de 10 pessoas.

  1. O trafico negreiro

        Com a chegada dos portugueses ao continente africano em meados do século XV, houve grandes mudanças, pois tinham o intuito de expandir sua economia, e viram no trafico dos escravos, uma forma de lucro. Ao comprarem os escravos, levavam-os para diversos países, o primeiro lote que saiu foi para Lisboa em 1441. E esse processo só foi se elevando, foram criadas feitorias para uma melhor organização e a partir de 1500 os escravos foram enviados à América.

        Para conseguir escravos para serem mandados para outras regiões, ocorriam ataques a aldeias, e ao decorrer do tempo devido a acordos com chefes escravos eram trocados por utensílios diversos. E no XVIII, o tabaco e aguardente eram utilizados como moeda de troca, e com o tempo, onde a economia permitia a aquisição de cativos por dinheiro, assim começou a ser feita no século XIX.

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