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A FORMAÇÃO DO BRASIL

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Por:   •  22/11/2013  •  5.734 Palavras (23 Páginas)  •  185 Visualizações

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O BRASIL AOS OLHOS DE DEBRET

Em meados do século XIX, muitos artistas franceses estiveram no Brasil devido á intenção da própria coroa portuguesa em trazer a cultura ao país. Entre esses artistas estava Jean- Baptiste Debret, que era considerado um dos mais habilidosos e competentes pintores da época. Debret foi convocado pelo Príncipe Regente de Portugal, Dom João VI em 1816 para que pudesse retratar os momentos ilustres da monarquia. Uma de suas obras mais interessantes é a "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", onde conseguiu demonstrar sua identidade e personalidade.

Jean- Baptiste Debret nasceu no ano de 1768 em Paris, França. Recebeu grande influência artística de seu primo Jacques-Louis David, um virtuoso pintor portador de um profundo rigor clássico. Formado pela Academia Belas Artes de Paris, Debret foi um dos membros da Missão Artística Francesa ao Brasil.

O artista chegou ao Rio de Janeiro em março de 1816. Ele decidiu deixar Paris devido a derrota de Napoleão e a perda de seu único filho. Uma de suas obras mais conhecidas trata-se de um quadro de Dom João em tamanho real.

Além de pintar retratos da família real, ele lecionou na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 1829 montou a primeira exposição de artes do Brasil com os trabalhos de seus alunos.

Por meio de suas obras, Debret procurou mostrar com minuciosos detalhes e cuidados a formação do Brasil, especialmente no sentido cultural do povo e nação. O pintor procurou resgatar particularidades do país e do povo que o habitava. Utilizou o termo "pitoresco" com a ideologia de precisão, habilidade, talento e de preservar o passado deste povo que tanto chamava sua atenção. Tinha a intenção de demonstrar a europa um Brasil que também merecia ocupar o mesmo lugar dos grandes e civilizados países.

Foi Debret quem criou a bandeira do Brasil da época do império.

No meio do losango amarelo, o escudo verde com a coroa imperial em cima e no meio do escudo uma esfera celeste dourada com a cruz da ordem de Cristo cercada por um círculo com dezenove estrelas correspondentes as províncias que haviam no Brasil. Um ramo de café com flores e frutos á esquerda e outro de tabaco também em flor á direita unem-se embaixo.

Graças a Debret , hoje podemos ter a ideia de como era o trabalho, a cultura, a hierarquia, as festas, enfim, um pouco de tudo de sua época e de que formas somos influenciados até hoje por tudo que nela ocorreu. Muito do que vivenciamos na atualidade podemos observar em suas obras, tais como: o uso do café, o carnaval e as escolas de samba.

O pintor também criou obras que retratavam como era o trabalho escravos e como os mesmos eram explorados, pois mesmo com a possibilidade da mecanização, os donos de serrarias preferiam utilizar a força física dos escravos ao invés de utilizar outros recursos disponíveis na época devido ao alto custo.

Jean- Baptiste Debret sempre foi muito detalhista em suas obras e observando suas pinturas é possível realizar uma verdadeira viagem ao tempo. Vale ressaltar que naquela época não haviam máquinas fotográficas, sendo assim Debret é um dos grandes responsáveis por termos tais imagens. O pintor passou 15 anos no Brasil e quando retornou a França publicou um livro, ao qual deu o nome de "Viagem pitoresca e histórica ao Brasil".

O próprio pintor certamente não imaginava que sua viagem ao "novo mundo" o tornaria reconhecido como o principal retratista do Brasil imperial. Em tempo não há dúvidas de que a passagem de Debret pelo Brasil criou um positivo impacto desde suas brilhantes participações na Academia de Artes, e em seu extraordinário desempenho ao participar como pintor e cenógrafo oficial da monarquia brasileira. O talento sempre acompanhou o artista que cumprira sua missão alcançando resultados, muitas vezes, além da expectativa. Não é de se admirar que muitos estudiosos em nossos dias, estão trabalhando em pesquisas sobre este magnífico e abrangente artista francês. Jean- Baptiste Debret faleceu em 28 de junho de 1848 em sua terra natal e nos deixou maravilhosas imagens que nos fazem refletir sobre a igualdade que existe em relação as suas obras e o que vivemos na atualidade.

"Carlota Joaquina a princesa do Brasil" – O FILME E A ATUALIDADE

1) A cena em que Carlota Joaquina se casa quando criança e agride seu marido na noite de núpcias associada aos dias de hoje nos mostra a dura realidade de meninas que saem de casa quando crianças, muitas vezes pelo simples fato de quererem se livrar das responsabilidades e da própria autoridade que os pais tem sobre elas. Acreditam que ao saírem de casa terão toda a liberdade que desejam e se unem a homens, na maioria das vezes mais velhos, que com o decorrer do tempo se mostram mais autoritários que os próprios pais. Se mostram totalmente diferentes do que são e todas as promessas, sonhos e possibilidades caem por terra. Com isso, essas meninas acabam e tomando rumos jamais pensados por elas, se tornam submissas e muitas são agredidas por esses homens.

2) A cena em que Carlota Joaquina se mostra promíscua e tem vários filhos de vários homens diferentes associada aos dias de hoje nos mostra a realidade de mulheres que conhecem todas as formas e métodos anticoncepcionais, porém não utilizam e acabam tendo muitos filhos. Essas crianças normalmente são criadas com as mínimas condições possíveis e tem dificuldades para terem acesso a uma boa educação, a saúde de qualidade e até mesmo a uma alimentação saudável.

3) Na cena em que os súditos do rei ao chegarem ao Brasil passam de casa em casa realizando desapropriações para uso da corte nos mostra a dura realidade de pessoas que sofrem com a falta de interesse do governo em relação a habitação. Pessoas são tiradas de suas casas devido a riscos mas levam muito tempo para se reestruturarem e na maioria das vezes não conseguem a ajuda necessária para isso.

4) Na cena em que a família real chega ao Brasil fugindo de Napoleão podemos associar a famílias que saem de outros estados e chegam a São Paulo em busca de melhorias de vida. Saem de suas terras para buscar novas oportunidades. Quando chegam no destino percebem que não é exatamente como imaginavam, porém não tem como retornar e acabam passando por situações piores do que antes do abandono de seus lares.

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