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A Formação das monarquias nacionais

Por:   •  23/5/2018  •  Resenha  •  2.601 Palavras (11 Páginas)  •  343 Visualizações

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A formação das monarquias nacionais

A partir do século XI no Ocidente Europeu formou-se a burguesia, que era composta por mercadores e artesãos. Entretanto a cobrança de taxas pelos nobres encarecia a mercadoria dificultando os negócios da Burguesia.

Para obter ajuda do rei, os burgueses lhe ofereciam doações e empréstimos, o rei por sua vez começou a criar leis protegendo o comércio e lhes oferecendo cargos na administração do reino.

Com o fracasso das Cruzadas, muitos nobres retornaram do Oriente empobrecidos, e muitos vieram a falecer, isto levou ao desaparecimento de algumas linhagens nobres. A nobreza então se aproxima do rei para não perder privilégios, os camponeses, por sua vez, passaram a ver o rei como alguém que podia protege-los dos excessos da nobreza.

Doações, arrecadações de impostos, e vendas de cargos deram ao rei recursos para montar um exército assalariado e permanente. Assim, estabeleceu moeda única, e leis para todo o reino, impondo sua autoridade.

O fortalecimento do poder dos reis entre os séculos XI e XV denominado "Formação dos Estados Modernos" teve um ritmo diferente em cada país.

A Monarquia Inglesa

Em 1066, Guilherme, o Conquistador duque da Normandia venceu a batalha de Hastings e se tornou rei da Inglaterra e distribuiu terras aqueles que o auxiliaram nessa conquista e nomeou funcionários reais. Além disso exigiu que a nobreza jurasse fidelidade ao rei e proibiu as guerras entre os nobres, diminuindo o poder da nobreza e fortalecendo o poder real.

Henrique II (1154-1189) deu continuidade a essa centralização de poder, exigindo que as questões fossem julgadas pelo tribunal do rei e não pelos tribunais da nobreza. Dessa forma, um direito comum a todo o reino foi aos poucos substituindo o direito de cada localidade.

O filho de Henrique II, Ricardo Coração de Leão, esteve ausente na maior parte do tempo, lutando na terceira cruzada. O irmão dele, João Sem Terra, envolveu-se em longas guerras e em função disso perdeu terras da família na França, dai seu apelido. Para cobrir gastos militares com essas guerras, o rei obrigou seus vassalos a pagar tributos cada vez maiores e puniu severamente os que se negaram a pagar. Reagindo a isto, os nobres se rebelaram obrigando esse rei a assinar a Magna Carta (1215), um documento decisivo na história da formação do Estado moderno inglês.

Magna Carta: Pode-se concluir que o documento limitava o poder do rei, sobretudo quanto a novos impostos. O rei consultaria o clero e a nobreza.

Henrique III desrespeitou a magna carta impondo a cobrança de novos impostos, o que provocou uma nova revolta da nobreza. Ao participar dessa revolta a Burguesia ganhou o direito de participar do Grande Conselho que, em 1265, passou a ser chamado de Parlamento.

Com o tempo, o parlamento ganhou forças e foi dividido em duas partes a Câmara dos Lordes, integrada por representantes da alta nobreza e do clero, e a Câmara dos Comuns, formada por representantes da pequena nobreza e da burguesia.

A Monarquia Francesa

Durante muito tempo, o atual território Francês esteve nas mãos de vários senhores; o rei era apenas um deles. Com Felipe Augusto essa situação começou a mudar: ele incorporou terras imensas por meio da compra, casamentos arranjados, e da guerra. Institui o cargo de Bailio encarregado de cobrar impostos e impor as decisões do tribunal do rei a todos habitantes, com isso diminuía a força dos tribunais da nobreza.

O rei Luís IX deu continuidade a esse processo determinando que a moeda real fosse aceita em todo o território francês.

Felipe IV, fortaleceu o poder real exigindo que os membros da igreja também pagassem impostos. Como o papa Bonifácio VIII se impôs a essa decisão o rei convocou os Estados Gerais, assembleia formada por membros da nobreza, do clero e da burguesia que se reuniu em 1302 para debater o assunto.

A Guerra dos 100 anos e as guerras religiosas do século XVI também colaboraram para o fortalecimento do poder real na Europa.

Na França o rei Carlos VII confiou a liderança de seus exércitos a camponesa Joana D'Arc, os dois passaram a ser conhecidos como símbolos de uma identidade em construção. O "outro" eram os ingleses, diferentes na cultura nos costumes e no vestiário.

As guerras de religião entre católicos e huguenotes (calvinistas franceses) foram alimentadas por poderosas famílias nobres. O conflito entre duas famílias a dos guines, católicos e a dos Bourbon, protestantes resultou em uma série de episódios sangrentos. Um deles ocorreu na França 24 de agosto de 1572 quando a rainha Catarina de Médici ordenou a matança indiscriminada de protestantes. A ocasião se estendeu ao norte do país resultando em 30 mil mortes de protestantes. O episódio ficou conhecido como noite de São Bartolomeu. AS guerras religiosas chegaram ao fim com o reinado de Henrique IV que renunciou ao protestantismo com a frase "Paris bem vale uma missa" e nove anos depois assinou o Édito de Nantes que concedia liberdade religiosa aos protestantes.

O Absolutismo

Nas monarquias absolutistas o rei podia convocar o exército, criar e cobrar impostos, nomear e demitir funcionários, interferir na esfera religiosa e declarar guerra a um outro reino.

Os reis absolutistas encontravam freios as suas ações nas concepções morais, nos costumes da época e na ânsia por poder de alguns de seus ministros. Outro limite aos poderes dos reis era a existência de privilégios e imunidades dados a indivíduos, grupos sociais e corporações.

Entre os fatores que contribuíram para o estabelecimento do Absolutismo estão: o aperfeiçoamento da imprensa (maior controle dos súditos pelo rei) a Reforma Protestante (questionamento do poder universal do Papa) e a política de caça às bruxas (o rei acusava camponeses de bruxaria, condenava-os a morte e espalhava terror entre os camponeses)

Para evitar a extinção da espécie, os homens optaram por transferir o poder para uma assembleia de homens que reduziriam suas "vontades a uma só vontade).

Jacques Bossuet defendia que o poder do monarca emanava de Deus, ele era um representante de Deus na terra, desobedece-lo era um sacrilégio.

O Mercantilismo

Mercantilismo: conjunto de ideais e práticas econômicas por meio das quais as monarquias europeias visavam poder e riqueza para o Estado.

O absolutismo e o mercantilismo coexistiram no

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