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A Historiografia Brasileira

Por:   •  8/8/2022  •  Ensaio  •  887 Palavras (4 Páginas)  •  80 Visualizações

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 SERVIÇO PUBLICO FEDERAL

 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA  Instituto de Ciências Humanas – ICH

 Disciplina: Historiografia Brasileira

 Professora: Denise Nunes de Sordi

 Discente: João Victor Fritz de Sousa

 Matrícula: 21911HIS223

 

 Ensaio Acadêmico Historiografia Brasileira

DO NEGACIONISMO AO DARWINISMO SOCIAL – COMO A HISTORIOGRAFIA  BRASILEIRA DO SÉC XIX AGIU PARA INVISIBILIZAR AS RÁIZES NATIVAS DO  PÁIS E IMPÔR UMA NARRATIVA HISTÓRICA PREDOMINANTEMENTE  BRANCA E EUROPEIA

O que conhecemos hoje como Brasil é fruto de uma narrativa construída a partir de variados  estudos, interpretações, indagações e toda sorte de problematizações até chegar ao status de  aceitação que temos hoje, uma história construída principalmente por brasileiros genuínos  estudiosos que ao passar do tempo conseguiram quebrar conceitos e afirmações que antes  submetiam nossa história a narrativas provenientes de influência da raiz colonial portuguesa e  por consequência predominantemente branca e europeia, o material analisado na construção  desse ensaio nos remete ao período pós proclamação da república onde o estado nacional  brasileiro buscava em seu anseio de libertar-se da influência lusitana uma forma de criar uma  narrativa nacional e oficial que gerasse um sentimento de união e patriotismo do povo  brasileiro, mas que artifícios seriam usados pelas esferas de poder para conseguir esse feito?

Primeiramente é importante citar a criação dos Institutos Históricos Geográficos Brasileiros  que tinha como missão buscar elementos que trouxessem a tona a identidade nacional brasileira  e assegurar um status legítimo de conhecimento as classes da elite brasileira que seriam as mais  beneficiadas nesse processo, tendo forte influência na escolha de símbolos e acontecimentos  que seriam registrados e debatidos dentro desses institutos.

 DESENVOLVIMENTO

As narrativas alimentadas pelos Institutos históricos brasileiros contavam com grande  influência das elites locais na sua construção, sendo usado como exemplo na província de São  Paulo a atribuição do bandeirante como símbolo de excelência de um passado glorioso e um  futuro promissor para os interesses da nação, fortemente influenciados pela crença de que a  miscigenação e as populações nativas estariam ligadas a uma imagem de atraso, os integrantes  dos poderes públicos buscavam inviabilizar a imagem desses grupos sociais como indivíduos  determinantes para a construção da identidade nacional, uma vez que a república apesar de  haver sido proclamada, ainda contava com vários mecanismos que perpetuavam antigos  preconceitos e práticas dolosas a grupos sociais como os negros tanto africanos quanto nascidos  no país que por sua vez não tinham espaço nessa sociedade, sofrendo com a marginalização e  consequentemente abandono por conta do poder público, assim a historiografia nacional  caminhava para uma representação elitista, branca e predominantemente europeia que garantia  sua perpetuação no poder,

Um outro elemento determinante para a justificação dessa historiografia nacional, foi a questão  do Darwinismo social, teoria que considerava como única solução possível para o progresso  do país o branqueamento racial gradual da população brasileira, neste sentido o estado viria a  se organizar com elementos de propaganda, incentivos ao recebimento de imigrantes no país  para acelerar e conseguir êxito em sua busca pela excelência e pelo progresso consequente que  o branqueamento traria para o país e nesse sentido renegando cada vez mais grupos sociais  tidos como inferiores e desnecessários para os interesses públicos nacionais,  

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