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A Mulher na Sociedade do Antigo Regime - Plano de aula

Por:   •  7/6/2019  •  Seminário  •  705 Palavras (3 Páginas)  •  1.550 Visualizações

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A mulher na sociedade do Antigo Regime

Nos dias atuais, a mulher tem avançado na conquista do seu espaço na sociedade. Mulheres do mundo contemporâneo exercem seu poder de liberdade e escolhas. Escolhas essas feitas através do trabalho, do voto, das roupas, do casamento, sem sofrer interferências de terceiros – sempre homens, podendo ser: pais, irmãos e maridos.

Mas quando pensamos, na figura da mulher no Antigo Regime, entre os séculos XVI a XVIII, como essas mulheres eram vistas? Tinha mobilidade social? Quais os espaços que elas frequentavam? Tinham representatividade? Muitas são as indagações em relação a questão feminina em um período marcado claramente pela constituição de uma rígida hierarquia, compósita por classes sociais, ou seja, a famosa pirâmide social.

[pic 1]

Diante da pirâmide social, vemos claramente que a mulher nobre usufruía das honrarias que seu marido detinha na sociedade ao contrário da mulher camponesa ou serva, que ocupavam os espaços do trabalho domésticos ou no campo. A sociedade de ordens era nitidamente retratada pela soberania do homem rico e singeleza do homem pobre. As mulheres sendo elas camponesas, servas ou nobres ocupavam variados espaços, tais como: domésticos, econômicos, intelectuais dentre outros.

O Antigo Regime era uma sociedade estamental, baseada em estruturas estáveis e praticamente imutáveis onde cada um ocupava uma função social determinada por nascimento, com pouca ou nenhuma mobilidade. Ou seja, no caso das mulheres que escreveram sua história na escuridão, simplesmente eram uma excluída da sociedade, pois sua maior obrigação nesta classe de ordens era ser esposa e ter filhos. As concepções divulgadas no século XVII reforçaram a imagem da mulher como um ser sem vontade própria. Rousseau (GASPARI, 2003, p. 29) detinha um discurso de que a educação feminina deveria ser restrita ao doméstico, pois, segundo ele, elas não deveriam ir em busca do saber, considerado contrário à sua natureza. Essa sociedade que lutava tanto por liberdade, passou a exigir que as mulheres fizessem parte dela, mas como mães, guardiãs dos costumes, e como seres dispostos a servir o homem.

Como as mulheres, desde as sociedades mais antigas, sempre foram marginalizadas e até mesmo tratadas como aberração ou como um ser incompleto, torna-se evidente e necessário ir além de apenas nomear as grandes, mas sim buscar a história de muitas que permanecem invisíveis à história da humanidade. Mas as mulheres foram sempre submissas? A resposta é simples: NÃO. Muitas mulheres lutaram para que fossem reconhecidas como um ser humano que merece respeito e não um objeto que sempre faz o que o seu “superior”, podendo ser pai, irmão ou marido, mandam.

[pic 2]

Você sabia?

Que Olympe de Gouges, em 1791, redigiu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, exigindo o direito das mulheres à participação política. Pois com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em 1789, não incluía as mulheres, deixando-as a margem dos direitos civis.

Olympe de Gouges – feminista e anti-escravagista – ousou fazer ressoar sua voz e seu verbo numa era de silenciamento da mulher.

“Homem, você é capaz de ser justo? Quem te deu o soberano império de oprimir o meu sexo?” – Olympe de Gouges (1748 – 1793)

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