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A Obra e a Presença de Las Casas nas índias

Por:   •  21/6/2018  •  Resenha  •  2.726 Palavras (11 Páginas)  •  304 Visualizações

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Introdução – Capitulo I

A obra e a presença de Las Casas nas índias

O trabalho tem o objetivo de fazer uma prevê introdução da análise sobre a obra de Bartolmé de Las Casas, uns dos maiores personagens histórico da América do século XVI, e entender as relações entre Europa e América no início da colonização. Além disso, devemos considerar que grande parte dos estudos de Las Casas são uma simplificação dualista, ou seja, sua obra permite conhecer melhor sua forma retórica que era seu principal argumento. O autor José Alves de Freitas Neto, observa que a obra de Las Casas é umas dos referenciais do séculos XVI, segundo o autor, Las Casas tenha uma capacidade de estabelecer um debate que interferisse na política da corte, por esse motivo que o autor considera sua retórica como uma arma importantíssima. Além disto, para o autor, Las Casas amou a experiência de conviver com os indígenas e construiu um carinho pelos nativos.

A conquista da América no final do século XV provocaram intensas mudanças nas formas jurídicas e religiosas, além de criação de leis para a Coroa de Castela. Conforme o autor analisa, a obra lascasiana foi um grande referência para a memória americana, pois descreve todos os acontecimentos após a chegada dos espanhóis e o livro faz um grande observação da construção narrativa, o conteúdo das diversas visões de Cristianismo nos escritos de Las Casas. No entanto, conforme o autor analisa, o principal intuído da obra de Bartolomé de Las Casas era denunciar a dizimação dos índios e suspender das encomiendas. Pois para Las Casas a exploração, a dizimação e a violência contra os indígenas eram visto como uma crueldade ao direito natural do Cristianismo, percebemos uma grande presença religiosa em torno de sua obra.

Apesar da denúncia de Las Casas, continuava o tratamento de maldade, humilhação e escravizar os nativos de todas as formas, isso gerou uma grande luta para a revogação da proibição á escravidão, e ocorreu diversas idas e vindas jurídica. Deve-se observar, na hipótese do autor, a forma visível do dualismo e a polarização da narrativa de Las Casas que o tornar heroico e de humanização, em meio a dor do outro. Sem dúvida, Las Casas foi uma importante defesa para a pacificação dos nativos.

Capitulo II

A narrativa Lascasiana: O trágico como fundamento

Outro fator indispensável que o autora José Alves de Freitas Neto analisa, a polêmica com Sepúlveda, para ele os nativos não eram humanos e deveriam ser escravizados, além disso, após a criação da lei nova quando o próximo Sepúlveda escreve, ele observava a conquista da América como um fracasso para o Império Espanhol. Na verdade, Sepúlveda encontrava em Las Casas um grande rival já que o dominicano defendia os nativos, em sua concepção era uma forma de ameaçar a expansão do Império.

Segundo o autor observa, Las Casas e Sepúlveda não era o mais tradicional entre universalismo e nominalista, porém os dois tinham correntes no próprio universalismo. Aliás, os debates em tornos deles eram diante da acepção que ambos tinham com o mundo e a colonização do nativos. Com toda a posição contraria de Las Casas, Sepúlveda usou seus estudos de erudição e habilidades para defender os interesses da Coroa Espanhola, e segundo o próprio Sepúlveda, os índios são incapazes de se autogovernarem e a presença dos Espanhóis eram um benefício para os nativos. Para ele, a servidão natural dos indígenas seria um grande benefício para a Coroa Espanhola em obtenção de riqueza, porém Las Casas não concordava com os argumentos de Sepúlveda.

Mesmo os nativos não conhecendo sua língua ou não-cristãos era inadmissível a crueldade dos espanhóis como os indígenas, tendo concordado que os índios eram infiéis, Las Casas não via resistência dos indígenas a pregação do Evangelho. De acordo com o autor, os documentos mostram que a Coroa Espanhola valorizava a benesse e a felicidade dos cristãos e dos súditos, porém estariam ameados dos que resistissem a dominação espanhola e não aceitassem a fé católica.

Então, podemos perceber na grande obra de Las Casas o elemento político fundamental para construção de sua memória, no entanto, devemos levar em conta que são narrativas históricas. Uma é o gênero da tragédia, outra muito diferente é expressão trágico que para o historiador ambas tem um processo histórico muito diferente, pois muitas vez as transformações históricas de um povo ou civilização há fundamentos trágico para entender ou justificar alguns acontecimentos.

Não há dúvidas que Las Casas lutou por esses povos com uma característica humanista e religiosa, no entanto, devemos levar em consideração todo o contexto da Europa, pois suas atividades muitas vez foi política. Entretanto, temos que considerar o grande trabalho de Las Casas, rompendo com os paradigmas de seu tempo e propondo novos caminhos para a colonização do Novo Mundo.

Capítulo V

 Amar e conhecer: Discutindo a visão de Todorov sobre Las Casas

José Neto discorre sobre a obra do autor filósofo Tzvetan Todorov, A conquista da América: a questão do Outro, por seu estudo entre o processo de conhecer e amar o sujeito anônimo - o estrangeiro. Diante da imprecisão teórica, o que ajuda o debate é a estrutura analítica estabelecida por Todorov. Essa estratégia é vista nos títulos dos capítulos de sua obra, por explorar a progressiva que o “Conhecer” seria a máxima que conecta ao “Outro”, sendo sua proposta substancial.

Para Todorov, escolher a América para sua discussão se deu pela estranheza da sociedade europeia diante da americana, e vice-versa, proporcionando aspectos únicos. Utilizou os relatos críticos daqueles que viveram na América, mais especifico a região da mesoamerica por volta de 100 anos posterior à expedição de Colombo. Desta forma, Las Casas ganha destaque por criticar a ação de contato com os povos nativos, e por abrir o debate dos diretos indígenas na Coroa, diante do processo de colonização. Para o Freio, o fato de ser cristão designa a necessidade de amar o outro, no entanto Las Casas ambiguidades são acentuadas em suas atitudes de compaixão, como é a legitimação da colonização em meios pacíficos e introdução indígena a verdadeira religião, e são essas os questionamentos posto por Todorov sobre o Dominicano. José neto ressalta a complexidade da analise de um autor para o outro.

Por sua vez, as figuras do religioso Las Casas e o conquistador Cortés, e pensadas suas visões sobre o indígena, com posições politicas divergentes. Cabe destacar a posição de conhecedor de Cortes desse universo, por meio dos seus interesses em dominar a sociedade, no qual não corresponde Las Casas, ainda que mencione sua defesa com o indígena, não está próximo. Portanto, “Cortés e Las Casas ignoram o mundo indígena: um pelo poder o outro pela fé” (NETO, 2003. Pág162).

Em adição, Todorov argumenta os aspectos da estratégia política usada por Cortés representava os moldes europeus de militarismo, como a valorização da aparência, influenciado na obra Maquiavel. “Foi o que fez Cortés: uma leitura política realista em que os símbolos foram utilizados das formas que lhe convieram para dessa forma derrotar Montezuma” (NETO, 2003. Pág164).

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