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A Sucessão De FHC Até Lula

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Por:   •  4/9/2014  •  1.517 Palavras (7 Páginas)  •  657 Visualizações

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A sucessão de FHC

Crítico da administração e da política econômica do governo FHC, o Partido dos Trabalhadores tinha, em 2001, Luiz Inácio Lula da Silva como possível candidato. Todas as pesquisas apontavam Lula como o principal candidato à sucessão, por outro sua imagem estava desgastada, depois de três eleições perdidas.

O PSDB, partido do então presidente, articulou-se em torno da candidatura do paulista José Serra duas vezes ministro de FHC e uma das principais lideranças da sigla.

Havia dúvidas quanto à efetivação da candidatura de Lula pelo PT. Ao mesmo tempo que ostentava altos índices de popularidade e intenção de votos, a rejeição à sua candidatura mantinha-se em níveis preocupantes.

Para perder a fama de radical e o estigma de comunista, o PT, tradicionalmente um partido de esquerda, surpreendeu o meio político ao aliar-se ao PL (Partido Liberal) , de centro-direita. Um claro sinal da aproximação e do bom trânsito do PT com setores conservadores foi a escolha, para vice, do empresário José Alencar Gomes da Silva.

Estratégias de campanha

Essa guinada para o centro veio acompanhada de uma intensa campanha de transformação da imagem de Lula: elegante, bem-vestido, ponderado e conciliador, Lula foi apelidado durante a campanha de “Lulinha paz-e-amor”, tamanha sua habilidade política em fugir de embates com adversários e discussões polêmicas. Foi criado assim um novo perfil menos radical, mais maduro e sóbrio.

O PSDB, por sua vez, utilizou uma tática parecida com a de FHC na primeira eleição. Explorou o fato de Serra ter experiência administrativa, contrastando com a situação de “funcionários do Partido dos Trabalhadores” de Lula. O candidato social-democrata era sempre apresentado como mais preparado que o candidato do PT.

O candidato do PT explorava a ideia da transformação, da mudança de rumos, da alternativa à política econômica vigente. Para as camadas mais baixas da população, Lula era uma figura com enorme carisma.

Serra explorou antigos receios do mercado financeiro, como o não pagamento da dívida externa e o descumprimento dos compromissos assumidos pelo governo brasileiro. Também sugeriu que Lula, se eleito, modificaria a política econômica adotada até então por FHC e desestabilizaria o país. Tal temor se refletia também nos mercados financeiros.

Mesmo assim, o Partido dos Trabalhadores, depois de três derrotas e oito anos de oposição a FHC, elegeu Lula presidente da República. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula venceu, no segundo turno, o economista José Serra, obtendo cerca de 53 milhões de votos - 61% dos votos válidos.

Lula foi o primeiro líder de uma partido de esquerda eleito presidente e, no cargo, o primeiro operário e o primeiro civil sem diploma universitário.

Os governos de Lula (2003-2010) O primeiro mandato

Depois de vencer a eleição, o novo presidente encontrou o país em uma situação não muito confortável. Nos últimos meses do ano de 2002, sobretudo naqueles que antecederam os dois turnos das eleições, as expectivas do mercado e dos investidores com relação ao resultado das eleições presidenciais agravaram a situação da economia brasileira.

Para contornar essa situação de incerteza e acalmar os mercados, o novo governo indicou para ocupar a presidência do Banco Central do Brasil Henrique Meirelles, ex-dirigente de diversas insitituições financeiras.

Henrique Meirelles, mediante a manutenção de uma política monetária ortodoxa e a defesa do equilíbrio fiscal, assegurou o controle da inflação e conquistou a confiança da comunidade financeira internacional, o que possibilitou a estabilização da economia brasileira.

Alguns setores do PT, sobretudo a ala socialista mais radical, conhecida como “a esquerda do PT”, não conseguiram esconder sua revolta com a indicação e a atuação de Meirelles à frente do Banco Central. Isso causou uma cisão na base aliada e uma crise no PT, gerando expulsão de deputados e senadores.

Fome Zero e Bolsa Família

O governo Lula criou o Fome Zero, o programa teve início efetivo em Guaribas e Acuã, no Piauí, onde 500 famílias de cada cidade passaram a receber R$ 50,00 mensais por meio do cartão-alimentação. O plano do governo era que, até o fim daquele ano 1,5 milhão de famílias de mil municípios estivessem recebendo os recursos.

Porém, esse programa, carro-chefe do governo Lula, recebeu muitas críticas em relação ao seu funcionamento e eficácia. Uma vez que o Fome Zero não se desenvolveu conforme o esperado, o governo incorporou parte das ideias desse programa e criou em 2003 o Bolsa Família, um projeto social de transferência de renda. Por ele o governo concedia, no início de 2010, um benefício mensal a famílias com renda per capta de até de R$ 140 mensais. Desde sua criação, os critérios para o recebimento do benefício e os valores pagos sofriam alterações.

Realizações na política externa

Um dos pontos positivos da administração petista foi a política externa brasileira. O presidente lula realizou muitas viagens internacionais,

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