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A Teoria da História

Por:   •  16/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.501 Palavras (7 Páginas)  •  119 Visualizações

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AD1 – Teoria da história

O objeto de estudo é um texto de François Hartog: “Tempo, História e a escrita da História: A ordem do tempo” e uma vídeo-aula da professora Olgária Matos – “Tempo sem experiência”. Tanto o texto quanto a vídeo-aula tratam de questões em torno do tempo. O tempo é visto de forma diferente com o passar das eras. No que diz respeito ao texto, o autor procura não considerar todas as formas de tempo ou experiência temporal, mas apenas aquelas que pertencem à tradição do saber: mais precisamente, os modos por que se conectam presente, futuro e passado na escrita da história. Mostra que o homem vive quotidianamente o tempo, se fazendo valer da expressão latina de Agostinho: “Nos tempora sumus”( nós mesmos somos tempo).

Segundo o autor, as configurações que moldaram o tempo presente se desenvolveram a partir de 1989, com a queda do muro de Berlim. Este evento significou também, o fim do moderno Regime de Historicidade que começou por volta de fins do século XVIII. Dentro da historiografia, esta expressão: “Moderno Regime”, significa um período em que o ponto de vista do futuro domina, tendo “progresso” como palavra-chave. A História é entendida como um processo e o Tempo como se direcionando a um fim (progressão). O fim deste regime moderno significaria que não é mais possível escrever história do ponto de vista do futuro e que o passado mesmo, não apenas o futuro, se torna imprevisível ou mesmo opaco. Diante da perplexidade experienciada pelos historiadores nos últimos vinte anos diante da falta de orientação, viu-se a necessidade de “por o tempo em questão” através de uma análise precisa de nosso presente e das nossas relações com o tempo. Através de um enquadramento comparativo: considerando momentos do passado em que o regime de historicidade foi questionado ou chegou ao fim: momentos em que as relações da sociedade com o tempo entraram em crise. Momentos de crise do (no) tempo.

A fim de explicar o que vem a ser Regime de Historicidade, o autor propõe algo mais ativo, por definição, do que vem a ser época, que trata somente de um corte no tempo linear. E por regime, como uma expressão da experiência temporal, regimes não marcam meramente o tempo de forma neutra, mas antes organiza o passado como uma sequência de estruturas consistindo num enquadramento acadêmico da experiência do tempo que, em contrapartida, conforma nossos modos de discorrer acerca de e de vivenciar nosso próprio tempo. Abre a possibilidade de e também circunscreve um espaço para obrar e pensar.

O advento do moderno regime de historicidade é explicado através duma citação de Tocqueville: “Quando o passado não mais lança luz sobre o futuro, o espírito caminha nas trevas”. Uma alusão à grande revolução em curso. Um esboço do que se poderia chamar convenientemente ao antigo regime de historicidade. No regime antigo em que predominou a história magistra, a relação entre o passado e o futuro era dominada ou regulada por referência ao passado, com o futuro não reproduzindo o passado, mas não indo além, o espírito sabia para onde estava indo. Do ponto de vista da escrita da história, era o tempo em que o topos da história como mestra da vida era plenamente válido. Para explicar como se poderia escrever a história a partir daí, tocqueville visitou o futuro: os Estados unidos de 1831e a sociedade democrática. Concluiu que se na historia magistra, a exemplaridade vinculava o passado ao futuro. Na moderna concepção de história, a exemplaridade cede lugar ao unívoco.

Como escrever história a partir de então? A fim de compreender melhor o passado, ele viajou para o, ou no, futuro, isto é, ele visitou em 1831 os Estados Unidos para estudar a nova sociedade, a democrática. Mas ao mesmo tempo, Tocqueville contradisse mais fortemente do que qualquer outro a apresentação que a Revolução deu de si mesma como uma quebra radical. Pelo contrário, ele insistiu na continuidade entre a monarquia (enquanto absolutismo) e a Revolução, notadamente no que respeita à centralização. Assim lançandose no futuro, ao escrever a partir do ponto de vista do futuro, ele obteve uma confirmação de sua tese principal. Sua comutação para o novo (ou moderno) regime de historicidade permitiu-lhe ir além do enfoque de que a Revolução fosse um começo absoluto. Na historia magistra, a exemplaridade vinculava o passado ao futuro enquanto um modelo a ser rivalizado pelo leitor. Na moderna concepção de história, a exemplaridade cede lugar ao unívoco.

Pelo menos pode-se concordar que temos experienciado nos últimos vinte e cinco anos uma mudança profunda e veloz em nossas relações com o tempo. 1989 é a ocasião de tomarmos ciência dessa mudança e começar a trabalhá-la e dar-lhe um sentido. Pag 30

Inclusive o autor faz uma distinção do que significa “Época” cujo significado é recorte do A professora Olgária Matos nos situa no tempo presente e faz reflexões sobre a contemporaneidade. O tempo se tornou monótono. Exíguo de experiência. As pessoas não estão vivendo, vivenciando experiências. Estão por assim dizer, sendo vividas pelo tempo. Tempo que por sua vez se tornou atrofiado. Neste sentido, se aparelha com a visão contida no texto de Hartog: “A Sociedade de consumo torna tudo obsoleto pelas solicitações do mercado . O presente invadiu tudo.” (Hartog p.27)

Ao citar Walter Benjamin para explicar como e quando começou este tempo: Em 1855 na Primeira Exposição das mercadoria como feitiche construções para o espetáculo das mercadorias culto , agora profano à mercadoria não do novo mas da novidade. Mostra em Paris

O presente tomou conta de tudo uma nostalgia em relção ao passado. Não como um passado- mestre, mas por carência pois a monotonia do presente

Resumo do Texto

• A

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