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A "civilização Da Borracha": O Seringal E O Seringueiro

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Por:   •  1/11/2013  •  1.258 Palavras (6 Páginas)  •  6.856 Visualizações

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Capitulo 12

A “civilização da borracha”:

O seringal e o Seringueiro

A exploração da borracha na região amazônica, por alguns anos foi à base da economia brasileira. E trouxe para a região uma série de transformações tecnológicas, econômicas, e culturais, atraindo trabalhadores de diversas regiões do Brasil, principalmente os nordestinos, que influenciaram significativamente no modo de vida amazônico. A civilização da borracha, como ficou conhecida, é tema de importantes estudos.

O SERINGAL, O SERINGALISTA E O SERINGUEIRO.

O seringal era a unidade redutiva e social da economia da borracha. Constituía na posse de uma imensa área de terra. O seringal se constituía de: um barracão central, onde residia o patrão seus capatazes e o guarda-livros; o barracão onde os seringueiros compravam os gêneros de necessidade (alimentos, roupas e equipamentos), bem como servia de depósito para a borracha recolhida; Na colocação ficava o tapiri, moradia do seringueiro; as estradas de seringa que podia ser em números de dez a trinta, possuíam determinados números de seringueiras geralmente contendo não menos que 50 árvores.

O Seringueiro Provinha das camadas mais baixas da população compunha a principal força de trabalho. Vivia sob um regime de semiescravidão de barracão, preso por um sistema de endividamento, do qual, dificilmente conseguia se livrar. Sob uma dura vida na selva o seringueiro enfrentava a subnutrição, as doenças letais, o desconforto das barracas miseráveis e a imensa ganância dos “coronéis de barranco”, enfim, toda a sorte de opressão, e condenado ao isolamento nos confins da Selva, definhava no abandono. Pagou a conta final do delírio.

O seringalista era o “patrão”, o dono dos meios de produção, dividia seu tempo entre o barracão do seringal em época de safra e as delícias dos palacetes e bordéis das cidades. Embora fossem poucos, havia também seringalista remanescente da classe baixa que enriqueceu explorando a borracha. no seringal comandava um exército de jagunços e capatazes para, com o uso da força, controlar seus empregados, evitando fugas e “calotes”. Mesmo gozando de certos prestígios, o seringalista também estava enquadrado no sistema de endividamento da economia gutífera.

O COTIDIANO DO SERINGUEIRO

Um seringueiro, em geral, trabalhava em dias alternados (um dia sim e outro não) em duas estradas de seringueiras. No inicio de cada dia de trabalho, circulava por uma das estradas, parando em cada seringueira para fazer-lhe um novo corte e fixar uma pequena tigela de latão, a fim de recolher o látex através do talhe feito na árvore.

Por volta de meio-dia o seringueiro retornava ao tapiri, quando normalmente fazia sua primeira refeição. Depois de uma breve sesta, refazia o mesmo percurso para coletar o liquido acumulado nas tigelas.

DO LATEX À BORRACHA

De volta a tupíri, começava, então, o trabalho de defumação:

“Sentado em um tamborete tendo ao lado uma bacia com látex, com uma cuia o seringueiro derrama um pouco de látex, com uma cuia o seringueiro derrama um pouco de látex na extremidade de um pau chato espatulado, ou na parte larga de um remo. Devagar, na fumaça, o látex se coagula pela ação do acido carbônico contida na fumaça. Depois de feitas grandes bolas e borrachas, o pau, ou o remo, era suspenso a um pequeno gancho na viga da cabana, ou em girados em barras paralelas, colocadas de modo a permitir a ação de rolar para diante e para trás, na fumaça.”

O produto final desse processo era uma grande bola pesada e de cor preta pelo lado externo e amarelada no interior, classificada como fina ou parafina – borracha de primeira qualidade.

SISTEMA DE AVIAMENTO, CASAS AVIADORAS e EXPORTADORAS.

O seringueiro não era um trabalhador assalariado. Embora não tendo um patrão, como um assalariado, o seringueiro era dependente do dono do barracão (o aviador). Vendia sua produção para ele; comprava dele o que precisava para viver

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