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A preservação da Memória Histórica

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Por:   •  25/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.439 Palavras (10 Páginas)  •  293 Visualizações

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ETAPA 1

A preservação da Memória Histórica

A preservação da memória é um tema em destaque nos últimos anos, a preocupação com a conservação de registros de memória, nos diferentes contextos e suportes, justifica a reflexão sobre o perigo de esquecer ou perder tais registros que relatam fatos históricos marcantes de uma determinada sociedade.

O conceito memória enquanto um fenômeno social se apresenta como um processo histórico e tradicional que observa e analisa as características culturais de um determinado povo. Nesse sentido, Monteiro; Carelle e Pickler (2008), afirmam que esse tipo de memória pode ser interpretado como coletiva, isto é, aquela que faz parte das características de um grupo de pessoas, e que ultrapassa a memória individual e biológica de um indivíduo tornando-se a memória de uma sociedade.

A sociedade como produtora de conhecimento deve sem dúvidas, preservar sua história e sua cultura, pois se entende que delas provem a atual identidade do povo.

Para Santos (2003) preservação significa um conjunto de procedimentos e medidas que proporcionam a segurança física de documentos de arquivos, bibliotecas etc.; contra agentes de deterioração. Observa-se então, a preservação como ato ou efeito de salvaguardar alguma coisa contra agentes que venham a por em risco os artefatos que representam à memória de uma sociedade. Segundo o Dicionário de Terminologias Arquivísticas (1996, p.61) preservação é a função arquivística destinada a assegurar as atividades de acondicionamento, armazenamento, conservação restauração de documentos.

Ao argumentar sobre memória, história e relíquias, Loweenthal (1989, p 27) utiliza-se do conceito de memória como insumo colaborativo para a construção do conhecimento de um povo. Assim, a memória não seria um conhecimento produzido intencionalmente, mas formada subjetivamente, apresentando-se como um meio de transmissão de experiências do passado para o presente. A memória é, portanto, o único meio de rever o passado no presente.

Entendemos que, a importância de preservar informações em quaisquer tipos de suporte provem da necessidade de resguardar o passado, no intuito de entender o presente e fazer prospecções ao futuro com base nas experiências vivenciadas anteriormente.

As estruturas de organização de uma sociedade no decorrer dos tempos podem ser percebíveis nos diversos fatores que formam a sua cultura. Assim, a palavra cultura, deve ser interpretada como um fruto da sociedade e que precisa ser percebida e internalizada como artefato da coletividade humana, onde há ser humano há cultura. “Onde quer que o ser humano toque, o que quer que faça, está a modificar a realidade e a si próprio e, assim, que interfere no mundo natural ou dele participa, está a criar um mundo cultural”.

Portanto, deve-se perceber a cultura como um contínuo de artefatos, que proporcione a identificação das singularidades de uma determinada sociedade, em qualquer época.

No contexto de homogeneização vivenciado atualmente pelas civilizações, decorrente dos efeitos da globalização, observa-se o surgimento de vertentes culturais que busca a singularidade dos lugares e das sociedades, percebe-se assim, um grande crescimento pela busca de registros do passado, ou seja, busca-se responder a perguntas do presente referenciando-se e baseando-se em informações do passado. O documento público, chamado de Carta de Burra, elaborado pelo ICOMOS- Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, na década de 80 já identificava essa preocupação de preservar o passado pensando nas perspectivas ao futuro.

A preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural é necessária, pois esse patrimônio é o testemunho vivo da herança cultural de gerações passadas que exerce papel fundamental no momento presente e se projeta para o futuro, transmitindo às gerações por vir as referências de um tempo e de um espaço singulares, que jamais serão revividos, mas revisitados, criando a consciência da intercomunicabilidade da história. (ICOMOS, 1980)

Diante dos argumentos acima relatados sobre a importância de se preservar a memória histórica e cultural de uma sociedade, contextualizou-se essa necessidade no município de Frei Miguelinho através da conservação do registro das informações organizadas no livro das origens do município de como também das imagens resgatadas necessitam de ser preservadas urgentemente, pois estes registros carregam a memória histórico-cultural da sociedade freimiguelinense.

Salvaguardar a memória do município de Frei Miguelinho, através deste trabalho, é apenas o início de uma jornada, ou seja, é uma semente que está sendo plantada a fim de corroborar para construção de um “novo estado” de conscientização e interesse da sociedade freimiguelinense por sua história bem como surgimento de novas pesquisas na área.

ETAPA 2

História da Educação Brasileira

A origem da educação escolar no Brasil – a ação dos jesuítas como parte do movimento da contrarreforma católica

O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. A Reforma Protestante surgiu para contestar e exigir a reforma da Igreja Católica. Com o desenvolvimento do humanismo, com os absurdos cometidos pelo clero e com a desorganização administrativa da igreja (prática da simonia, cobrança de impostos abusivos, venda de cargos eclesiásticos e de indulgências) o catolicismo é contestado e seus dogmas são postos em cheque.

O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica e foi convocado as desmentir as suas 95 teses pelo imperador Carlos, em 1521. Defendeu suas teses mostrando a necessidade da reforma da Igreja Católica. Essas foram escritas por ele e apontam falhas e contradições na instituição católica.

As 95 teses luteranas tinham como objetivo principal à reforma do catolicismo, para que esse viesse a ser calcado verdadeiramente nas “leis de Deus”. É clara a denúncia que as teses fazem quanto às atividades papais, a venda de indulgências, entre outros fatos desse gênero. Mas, numa análise mais detalhada se vê que a real preocupação de Lutero é a parte teológica que trata da salvação do homem. Pois ele percebe que a igreja não estava preocupada com aquele que deveria ser seu principal objetivo. Um aspecto interessante que é defendido pelo criador do luteranismo é que esse se pronuncia sobre a questão escolar, defendendo e exaltando à importância dessa instituição

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