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Análise Crítica - O Nome da Rosa

Por:   •  20/9/2015  •  Artigo  •  877 Palavras (4 Páginas)  •  354 Visualizações

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Análise Crítica - Filme: O Nome da Rosa

O Poder do Conhecimento

"Tem coragem para fazer uso da tua própria razão!". Eis o lema do Iluminismo, movimento cultural surgido na França no século XVIII. A trama do filme "O Nome da Rosa" (20th Century Fox, 2006), dirigido por Jean-Jacques Annaud, baseado em romance de Umberto Eco, se passa em 1327, portanto muito antes do surgimento do Iluminismo. Sendo assim, podemos dizer que seu personagem principal, William de Baskerville (Sean Connery) era um homem à frente de seu tempo, já que desafiava os preceitos de sua própria Igreja ao usar a razão para explicar acontecimentos misteriosos.

No início do filme temos William, um monge franciscano, chegando à uma abadia beneditina na Itália, junto de seu assistente noviço Adso de Melk (Christian Slater). Ele estão ali por conta de uma importante conferência com representantes papais. Mas há coisas mais importantes, e urgentes, acontecendo. Um dos monges acaba de morrer em circunstâncias misteriosas. O abade pede a ajuda de William, famoso por sua inteligência e perspicácia, para solucionar o caso. William é retratado o tempo todo como uma espécie de Sherlock Holmes da Idade Média. Tal relação já fica clara em seu nome, que faz referência a "O Cão dos Baskervilles", um dos livros mais famosos de Sir Arthur Conan Doyle sobre o detetive. E fica bastante explícita quando William, em conversa com Adso, usa a expressão "elementar" para se referir a algo muito óbvio, tal qual seu similar inglês costuma fazer com seu assistente Watson.

Outra morte misteriosa acontece na abadia, e então forças contraditórias começam a se enfrentar: razão, misticismo, hipocrisia e inocência. Cada uma dessas forças é representada por um personagem, ou mais de um. A razão vem de William. O misticismo vem dos monges que acreditam que as seguidas mortes são o anúncio do apocalipse. A hipocrisia vem dos que sabem que as mortes não anunciam o fim dos tempos, mas fingem que acreditam nisso para encobrir verdades inconvenientes. E a inocência vem de Adso, que de certa forma representa também a nós, espectadores, estranhos àquele mundo. Tanto é assim que este personagem é quem nos narra a história, e quase todas as cenas são sob seu ponto de vista.

Com o desenrolar da história outras mortes vão acontecendo. Todos que morrem tem algum contato com um misterioso livro. Entra em cena outro personagem importante: Bernardo de Gui (F. Murray Abraham), o agente da Inquisição que é chamado pelo abade, que não está contente com o andamento das investigações sobre as mortes. Este personagem adiciona tempero à trama, já que é um antigo desafeto de William. Outro tempero à trama surge quando Adso conhece o amor carnal junto à uma camponesa, em um encontro fortuito e sem palavras. Perdido de amor mesmo sem saber o nome de sua amada, Adso pede conselhos a seu mentor, que diz não ter grande experiência sobre o assunto.

As investigações de William e Adso chegam perto da solução, ao mesmo tempo em que a tensão na abadia aumenta, com as mortes se sucedendo, e Bernardo de Gui condenando inocentes à fogueira, usando de seu poder como agente da Inquisição. Vale lembrar que a palavra deste homem era lei naqueles tempos em que a

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