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As Raízes do Brasil

Por:   •  27/4/2015  •  Resenha  •  1.167 Palavras (5 Páginas)  •  128 Visualizações

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Raízes do Brasil foram publicadas em 1936, e causou grande conflito para a sociedade brasileira. Ele busca nas raízes desta sociedade um esclarecimento para o atraso social existente no país, causando, ao mesmo tempo, suposições para uma possível superação deste atraso. Para melhor compreender não só a mentalidade politico social do Brasil más também nossas estruturas e relações sociais, Sergio Buarque de Holanda volta aos tempos do descobrimento de nossa terra e esclarece como nossa historia esta relacionada às nações que aqui chegaram e tentaram adaptar uma forma de cultura e estrutura existentes em países tão distantes do nosso.

A relação com o continente europeu nos deixou numerosas heranças, dentre elas, poderia ser citada a recusa mantida ate hoje pelo trabalho, uma mentalidade patriarca lista, ou ate mesmo uma politica com privilégios destinados a oligarquias, que não estiveram restritos aos tempos de colônia lusitana, mas, que ainda traz consequências.

Sergio Buarque de Holanda demonstra que a realidade do Estado Brasileiro esta fortemente ligada ao passado histórico, e que pra mudar uma realidade atual seria necessário mudar as formas de pensar e agir importados das nações ibéricas. A tentativa de implantar a cultura europeia no Brasil trouxe inúmeras consequências, já que possuímos uma realidade física totalmente diferente dos países colonizadores. Da Europa foram trazidas nossas formas de convívio, valor ate mesmo nossas instituições, o que nos tornou, segundo Sérgio Buarque Holanda, exilados em nossa terra. Para entender o Brasil atual é necessário voltar e analisar nossa história, pois trazemos uma das características importantes das nações ibéricas e que as diferenciam das demais nações europeias é a elevada importância que eles dão ao individual, à liberdade de cada um dos homens em relação aos demais no tempo e no espaço.

Esses reconhecimentos fazem surgir instituições, associações e organizações falhas quando o assunto é a coletividade. A falta de união na sociedade não representa, portanto, um fenômeno atual. Segundo ele, a formação do Brasil contemporâneo está diretamente ligada às origens da sociedade brasileira, ou seja, estão unidas à colonização e a sua herança cultural, político e Institucional. Assim, a rotina da política Brasileira vem de seu passado ibérico, ou seja, de suas raízes.

Sérgio Buarque entende que o progresso é impedido pela herança de uma tradição ibérica e que a conquista das instituições portuguesas, dotadas de uma historia própria, traz consigo um conflito com o ideal de desenvolvimento liberal e atualizado, declarando uma incapacidade de mudança adaptativa às necessidades existentes. É através desta concepção que ele formula alguns conceitos fundamentais de sua obra. O primeiro conceito que ele usa para explicar a sociedade através de suas origens é a cultura da personalidade. Para ele, a cultura da personalidade é a frouxidão de laços sociais que implicam em formas de organização solidária e ordenada.

É uma cultura que atribui valor ao indivíduo autônomo e não à organização espontânea, formada pela união social. Por sua vez, esta qualidade está intimamente ligada à outra herança ibérica, que é o desprezo ao trabalho. Sérgio aborda que as relações em Portugal não advêm do mérito, mas sim do privilégio, do status.

A segunda característica fundamental ao entendimento da sociedade contemporânea através

De suas raízes é a ética da aventura. É através deste diagnóstico que Sergio Buarque explica como ocorreu a exploração das terras portuguesas no novo mundo. Também é através deste princípio que ele exibe a figura do aventureiro e do trabalhador par ideal de conceitos opostos formulados pelo autor através de entendimentos weberiano.

Ao reler a origem da sociedade brasileira, Sérgio Buarque de Holanda lança mão de referências teóricas desenvolvidas pela sociologia alemã. Como já foi mencionado anteriormente, este estudioso se inspira na obra de Max Weber, principalmente, quando Sérgio propõe um estado liberal à nação brasileira e expõe um par ideal de conceitos opostos, simbolizados pela figura do aventureiro e do trabalhador. Para ele a modernidade está inserida na cultura urbana, letrada, baseada no trabalho e no capitalismo.

A publicação Raízes do Brasil tem fortes traços modernistas. A ideia de falar que o Brasil não é mais um país rural e estava indo para as cidades é nova.

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