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As crianças na segunda guerra mundial

Por:   •  28/5/2015  •  Artigo  •  3.442 Palavras (14 Páginas)  •  564 Visualizações

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Resumo: O objetivo da presente pesquisa é tentar entender a realidade das crianças que viveram durante a segunda grande guerra, seja como judeus fugindo dos alemães, seja fazendo parte do exército.  

Palavras-chave: Segunda Guerra Mundial, crianças, história.

Abstract: The purpose of this research is to understand the reality of children who lived during the second world war, be that as Jews fleeing the Germans, either part of the army.

Keywords: World War, children, story.


A Segunda Grande Guerra

Com o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, França, Inglaterra e Estados Unidos impuseram às potências europeias o Tratado de Versalhes, que na teoria era um tratado de paz, mas na prática determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a Primeira Guerra Mundial e a obrigava a reparar algumas nações, abrindo mão, por exemplo, de parte de seu território e limitando seu exército.

Após dez anos, na década de 1930, havia na Europa o surgimento de governos totalitários com objetivos fortes militares e expansionistas, como na Itália, o Partido Fascista de Benito Mussolini e o Nazismo na Alemanha, que era liderado por Adolf Hitler. Na Ásia, o Japão tinha também objetivos expansionistas e junto aos dois anteriores, formaram o chamado Eixo – um acordo com o fito de conquistas bélicas.

Um dos objetivos de Hitler era o de reaver as terras perdidas na primeira Grande Guerra e expandir o território alemão numa clara demonstração de afronta ao Tratado de Versalhes e em 1939 ocorreu o ataque da Alemanha à Polônia, resultando na declaração da França e Inglaterra de guerra contra os alemães. Assim formou-se o segundo grande grupo chamado de Aliados, composto também posteriormente por URSS e Estados Unidos.

Até o ano de 1941, o Eixo acumulou conquistas como o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.

Em meio à guerra, havia ainda a obsessão de Hitler pela chamada pureza racial. Segundo ele existiam as raças superiores, representadas pelo povo germânico, as depositárias, que eram o povo eslavo e ainda as inferiores, ou destruidoras, que tinham os judeus como foco. Ele fez o povo alemão acreditar, por meio de sua propaganda, que os judeus com todo seu poder econômico e monopólio dos meios de comunicação tinham uma conspiração judaica e eram os culpados por todos os males que a Alemanha atravessava e por tanto era necessário exterminá-los.

No ano de 1945, Hitler cometeu suicídio junto a sua esposa, resultando na rendição alemã e italiana. Os Estados Unidos, porém, acreditavam que o Japão não se renderia e decidiram lançar a bomba atômica nas cidades de Hiroshima e Nagasaki matando mais de 160 mil pessoas. Diante deste quadro, o Japão se rendeu.

A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de promover e manter a paz entre as nações.

Projeto Lebensborn

Durante a segunda guerra mundial Heinrich Himmler, um dos mais poderosos líderes nazistas, criou o programa Lebensborn, que significa “Fonte de Vida” em alemão. Este programa visava a expansão da raça ariana por meio da reprodução sistematizada. Segundo Himmler, o número de abortos que ocorria trazia risco para a raça nórdica. Era necessário que as mães tivessem como procriar de acordo com os conceitos nazistas.

Foram criadas casas secretas para que homens e mulheres condizentes com a “raça higiênica” procriassem. Lá as gestantes podiam dar a luz de forma anônima e as crianças que nasciam eram criadas e educadas no modo nazista, para formar a classe puramente ariana.

Os militares nazistas, eram de raça pura e por isso eram incentivados a casar-se com mulheres igualmente puras, ou seja, loiras de olhos azuis, de traços perfeitamente medidos pelos responsáveis por estas casas. Depois de certo período, Himmler percebeu que mesmo com o incentivo de ter uma família grande, o número de crianças não seria o suficiente, levando-o a ordenar que seus soldados tivessem casos com outras moças, desde que também fossem da raça ariana e o governo garantia que cuidaria da criança. O Projeto Lebensborn arcava todos os custos, pois estavam investindo numa elite racial.

Mais de mil crianças nasceram deste projeto, todas selecionadas por suas qualidades de raça superior e todas receberiam educação nazista, entretanto após o término da guerra a Alemanha estava na miséria e a Noruega – local grande número de casas Lebensborn – não tinha como sustenta-las e então parte destas crianças foi adotada e outra parte foi enviada a instituições como orfanatos ou hospitais de doentes mentais.

Os filhos de Lebensborn

Há alguns anos atrás, um grupo de pessoas sobreviventes do Lebensborn decidiu procurar a justiça norueguesa acusando o país de cumplicidade por sua tragédia. Uma destas pessoas é Gerd Fleischer que não pode ser enviada à Alemanha para adoção por que descendia de lapões (o povo de origem tártara que habita o norte da Escandinávia). Ela viveu seus primeiros anos com a mãe, até que esta casou-se com um ex-combatente da resistência nazista. O padrastro a surrava diariamente por conta de sua origem. Gerd fugiu de casa aos 13 anos e só voltou 18 anos depois. Quando voltou para a Noruega, Gerd levava - além de dois meninos de rua adotados no México - a firme resolução de levar à Justiça casos como o seu. Ela criou uma organização, a SEIF[1] (abreviatura em inglês de "Auto-Ajuda para Imigrantes e Refugiados") para, em suas palavras, "lutar por justiça para todos".

Paul Hansen é outro sobrevivente, com uma história tão ou mais sofrida. Ele não viveu com a família, nem foi adotado. Ele passou seus primeiros 20 anos de vida em um hospital para doentes mentais e quando saiu, não tinha nenhuma referência educacional como das outras pessoas de mesma idade. [2]

Werner Thiermann foi mais uma destas crianças. Viveu sua infância entre orfanatos e instituições para crianças abandonadas sofrendo todo tipo de abuso, pois era filho de uma funcionária norueguesa que fora confinada logo após o fim da guerra e um sargento nazista que fora transferido para frente russa logo após a mãe ficar grávida.[3]

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