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Biografia De Sandro Botticelli

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Por:   •  9/4/2013  •  2.842 Palavras (12 Páginas)  •  1.398 Visualizações

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Botticelli (1445-1510) foi um célebre pintor italiano. Considerado um dos maiores artistas do renascimento artístico da Itália.

Nasceu dia 1° de Março de 1445 na Itália, na popular rione (bairro) de Ognissanti, na cidade de Florença. Chamava-se Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi. O nome Sandro surgiu da abreviatura de Alessandro e o nome Botticelli veio de seu irmão Giovanni, por conta do aspecto gordo do pintor ("botticello" significa "barrilzinho", "garrafinha").

Não se sabe muita coisa sobre a infância de Botticelli, sabe-se que desde jovem dedicou-se à pintura mostrando grande talento para as artes. Em suas obras seguiu temáticas religiosas e mitológicas. Aprendeu inicialmente ourivesaria com seu irmão. Em 1465 foi aprendiz de Fra Filippo Lippi, artista de talento e prestígio, cujo estilo elegante marcou claramente suas primeiras obras e com ele também aprendeu a arte de Masaccio. Também trabalhou como ajudante de Andrea del Verrocchio, entre 1467 e 1470, na mesma época em que com ele estudava Leonardo da Vinci.

Em 1470 aos 25 anos, Botticelli já era um artista bastante respeitado e independente. Nesse ano abriu seu próprio ateliê e foi encarregado de pintar o quadro A Coragem, que seria colocado no Tribunal do Palácio do Mercado.

Foi encontrado um documento de uma de suas primeiras obras feita por encomenda: A Fortaleza, com data de 1470. A obra, belíssima, abriu ainda mais seu caminho de sucesso no campo das artes. A fama de Botticelli, três anos mais tarde, já ia além de Florença. Recebia inúmeras encomendas vindas de outras localidades. Foi ainda destacado retratista, e seu talento excepcional de transpor para a linguagem formal as concepções de seus clientes tornou-o um dos pintores mais disputados de seu tempo Sua oficina transbordava de trabalhos e Botticelli ajudado por seus discípulos, mal dava conta de tantos retratos, cenas religiosas, profanas e mitológicas. Ele pintou várias figuras de anjos, virgens, madonas, deuses da mitologia, rostos frágeis de uma beleza triste e doce. Chegou também a fazer retratos de pessoas famosas (príncipes, integrantes da burguesia e nobres) da época.

Este importante artista resgatou, de forma brilhante, vários aspectos culturais e artísticos das civilizações grega e romana. Suas pinturas são marcadas por um forte realismo, movimentos suaves e cores vivas, seus personagens, grupos e objetos tinham uma profundidade especial jamais vista até então.

Em 1481, esteve no Vaticano na Roma, a pedido do Papa Sisto IV, que junto a Ghirlandaio, Luca Signorelli, Cosimo Rosselli e Perugino trabalharam juntos na decoração da recém construída, Capela Sistina, onde pintou os frescos As Provações de Moisés, O Castigo dos Rebeldes e A Tentação de Cristo.

Também pintou diversos quadros de temática religiosa, como A Virgem Escrevendo O Magnificat (1485); A Virgem de Granada (1487) e A Coroação da Virgem (1490), todas expostas na Galeria Uffizi, e Virgem com o Menino e Dois Santos (1485), exposta nos Museus Estatais de Berlim (Staatliche Museen). Entre os quadros religiosos que realizou nessa época destacou-se a Virgem do Magnificat, circular, em que os ideais de beleza apareciam plasmados no rosto da Virgem. Destacam-se também São Sebastião (1473) e um afresco sobre Santo Agostinho.

Em 1472 ingressou na Companhia de São Lucas, uma fraternidade dedicada à caridade gerida por artistas. No ano seguinte, Botticelli foi chamado a Pisa, para pintar um fresco na catedral da cidade (essa obra foi perdida pelo desgaste do tempo).

Dedicou boa parte da carreira às grandes famílias florentinas, especialmente a Família Médici, para os quais pintou retratos. Entre tais obras, destacam-se Retrato de Giuliano de Medici e A adoração dos Magos (encomenda para Igreja de Santa Maria Novella). O último rendeu-lhe a admiração e atenção da Família Médici, que o colocou sob sua proteção e patronato.

Seus contatos com a Família Médici foram sem dúvidas úteis para que obtivesse proteção e condições para que produzisse várias de suas obras-primas.

Participou dos círculos intelectual e artístico da corte de Lourenço de Médici, recebendo a influência do neoplatonismo cristão lá presente, o qual pretendeu conciliar com as idéias clássicas. Nesses anos realizou suas obras mais célebres, de caráter profano e mitológico, por exemplo, a sua obra Minerva e o Centauro, parece representar a idéia do amor desenvolvida pelo filósofo neoplatônico Marsilio Ficino. Tal síntese expressa-se em A Primavera e O Nascimento de Vênus, ambas realizadas sob encomenda para enfeitar uma residência dos Médici e que hoje estão expostas na Galeria Uffizi, em Florença, na Itália.

A partir de 1491, Florença viveu uma fase de perturbações político-religiosas, com a denúncia do “paganismo” do Renascimento, onde os Médici foram expulsos de Florença. Tais conflitos marcaram de forma profunda a vida e a obra de Botticelli. O artista passou por uma crise religiosa, tornou-se discípulo do dominicano Benedito Girolamo Savonarola, influente em Florença entre 1491 e 1498, após a morte de Lourenço o Magnífico. Girolamo que pregava a austeridade e a reforma fez com que nessa época desaparecesse a temática mitológica, substituída por outra, devora e atormentada, cujos melhores exemplos foram a “Pietà” de Munique e “A calúnia de Apeles”, baseada nas descrições de um quadro do grego Apeles. Botticelli ficou cada vez mais sombrio, solitário, dedicando-se à meditação e a temas religiosos em sua pintura, que apresenta certo retrocesso no desenvolvimento de seu estilo. Nessa nova fase destacam-se: A Natividade Mística (década de 1490), e A Crucificação Mística (1496). Os clientes e as encomendas começaram a faltar. Acima de tudo, Botticelli tinha de concorrer com dois talentos que despontavam: Leonardo da Vinci e Michelangelo Buonarroti.

Em 1505, fez parte do Comitê Florentino, organizado para decidir onde seria colocado o Davi de Michelangelo.

Botticelli morreu na solidão no dia 17 de maio de 1510, quando triunfava na Itália a estética do alto Renascimento, a que suas últimas obras não foram alheias, pois várias delas mostram um alargamento de escala e uma imponência típicos da nova fase. Seu corpo está sepultado na Abbazia Di Ognissanti, em Florença.

Sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, logo esvaiu-se, e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registrada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica de suas obras, é que sua arte volta a adquirir o êxito e a fama. Hoje é considerado um dos maiores artistas do Renascimento e um dos grandes expoentes

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