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CARROS

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Por:   •  15/9/2014  •  Tese  •  1.619 Palavras (7 Páginas)  •  158 Visualizações

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DE AUTOPEÇAS

Angela Maria Medeiros Martins Santos Caio Márcio Ávila Pinhão*

* Respectivamente, gerente e engenheiro da Gerência Setorial de Indústria Automobilística e Comércio e Serviços do BNDES. Os autores agradecem a colaboração da estagiária Lorenza Carvalho Croesy.

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A indústria de autopeças vem respondendo a uma série de desafios para atender às montadoras, que, pressionadas mundialmente pelas condições de concor- rência crescente, repassam essa pressão aos seus for- necedores. Programas internos para redução de custos, aumento de produtividade e ganhos de receita e margem são práticas comuns às grandes empresas, além da realização de joint ventures e aquisições para expansão da linha de produtos e da cobertura geográfica.

Panorama Geral do Setor de Autopeças

Resumo

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O crescimento de um determinado conjunto de empresas dominantes do mercado mundial que representam um percentual significativo do total de receitas do setor tem sido constante. Essas empresas estão crescendo além do esperado e ganhando participa- ção de mercado ao tomar a posição de outros fornecedores ou ao vender sistemas de maior valor agregado. A expansão da receita tem sido também derivada de programas de aquisição, de reestrutu- rações internas e de processos de internacionalização, que são características das estratégias da maioria dos grandes fornecedores. Esses ganhos tendem a decrescer no longo prazo, em função do limite econômico das aquisições e do balanço de poder entre mon- tadoras e fornecedores.

Alguns exemplos de crescimento são mostrados a seguir (Tabelas 1 e 2) para um conjunto de empresas que se situam entre as 50 maiores e que fazem parte do grupo de fornecedores-chave das montadoras.

BNDES Setorial , Rio de Janeiro, n. 11, p. 71-86, mar. 2000

Situação Atual no Mundo

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Tabela 1 Faturamento de Fornecedores Europeus – 1994 e 1997 (Em US$ Milhões)

EMPRESA 1994 1997 VARIAÇÃO 1997/94 (%)

Bosch 9.898 16.067 62,3 Michelin 9.821 13.104 33,4 Continental 4.319 5.393 24,9 Valeo 3.457 5.700 64,9 Mannesmann 3.387 4.654 37,4 Lucas/Varity 3.517 6.735 91,5 GKN 2.467 3.422 38,7 ZF 2.553 3.904 52,9 Magneti Marelli 2.301 3.713 61,4 Pirelli Tyre 1.949 3.084 58,2 BTR 1.722 3.208 86,3 Pilkington 1.547 2.208 42,7 Siemens 1.515 2.528 66,9 Mahle 1.010 1.443 42,9 SKF 1.283 1.627 26,8 Ecia 1.037 1.530 47,5 Hella Group 1.250 1.326 6,1 Saint Gobain 1.397 1.438 2,9 Behr 925 1.388 50,1 Benteler 858 1.181 37,6

As características gerais do relacionamento entre fornece- dores e montadoras vêm-se delineando ao longo dos anos e inten- sificando-se à medida que a concorrência internacional tem-se acir- rado. A maioria das montadoras realizou uma reorganização do processo de compras no período 1994/98, criando unidades es- pecializadas e centralizando as atividades de desenvolvimento, de seleção de fornecedores e de compras. Da mesma forma, observou- se a criação de centros especializados para cada tecnologia e para cada produto, além do estabelecimento de um responsável para determinar a política geral de seleção e desempenho de fornecedo- res de um determinado produto. Esse relacionamento envolve as seguintes características principais:

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Redução do número de componentes fabricados dentro das mon- tadoras . As montadoras norte-americanas e européias vêm-se concentrando em desenho, montagem e distribuição. No entanto, determinados componentes continuam a ser fabricados interna- mente, por envolverem uma tecnologia estratégica ou terem uma logística complicada, como motores, transmissão e estamparia pesada. Algumas plantas ainda fabricam fundidos de alumínio, colunas de direção, eixos, sistemas de exaustão e virabrequins, entre outros, mas a tendência é de que esses últimos sejam terceirizados, o que tanto pode se dar através de produção interna na própria montadora, em que espaço e equipamentos são cedi- dos aos fabricantes, como pode ocorrer em uma unidade externa. Essa terceirização é vista com muito mais clareza nas unidades novas construídas com maior racionalidade e maior participação de parques de fornecedores e de sistemistas, concentrando-se nas plantas montadoras menor número de atividades.

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Consolidação de uma plataforma base para desenvolvimento de veículos . Envolve a redução do número de plataformas e a sua utilização em vários modelos das montadoras e suas subsidiárias,

Panorama Geral do Setor de Autopeças

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Tabela 2 Faturamento de Fornecedores Norte-Americanos – 1994 e 1997 (Em US$ Milhões)

EMPRESA 1994 1997 VARIAÇÃO 1997/94 (%)

Delphi 27.000 26.316 -2,5

Goodyear Tyre 9.271 11.269 21,6

TRW 5.679 7.069 24,5

Lear 3.147 7.343 133,3

Dana 5.298 6.327 19,4

ITT Automotive 4.784 5.170 8,1

Johnson Controls 2.874 8.022 179,6

Allied Signal 4.922 3.802 -22,8

Magna 2.590 5.379 107,7

como Volkswagen e Audi, Fiat e Alfa Romeo, Ford e Jaguar. A plataforma vem sendo mais amplamente definida e alterada, incorporando mais peças e podendo incluir transmissão, sus- pensão, estruturas de assoalho e sistemas elétrico, de direção e de combustível, por exemplo. Essa definição mais ampla de plataforma e o compartilhamento por vários modelos são aspectos muito relevantes para o setor de autopeças, pois permite ganhos consideráveis de escala e racionalização de custo e tempo de desenvolvimento.

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Consolidação da base de primeira linha (first tier) . A simplificação do processo de compra é um dos maiores benefícios buscados, o que se dá pela identificação de fornecedores-chave e envolve o estabelecimento de metas de redução de custos e o aumento de melhorias e de desenvolvimento. Os fornecedores envolvidos no desenvolvimento do veículo são alocados em centros especia- lizados desde cedo

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