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CIDADANIA NO BRASIL: O LONGO CAMINHO

Por:   •  26/11/2017  •  Resenha  •  730 Palavras (3 Páginas)  •  371 Visualizações

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RESENHA

Autor: Marcus Vinícius Oliveira da Silva, aluno do curso de Ciências Sociais na Universidade Federal Fluminense/RJ.

CIDADANIA NO BRASIL: O LONGO CAMINHO

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 14ª. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. Pg.197-229.

   José Murilo de Carvalho, brasileiro de Minas Gerais, importante historiador e cientista político, ocupa atualmente a cadeira de número 05 da Academia Brasileira de Letras, desde 2004. Formado em Sociologia e Política no Brasil, especializou-se posteriormente em países como Estados Unidos e Inglaterra, onde também desenvolveu inúmeras pesquisas e contribuiu como docente. De volta ao Brasil, atuou de maneira intensa como professor, pesquisador e coordenador em diversas instituições de ensino e pesquisa de relevância e produziu, ao longo de sua trajetória, importantes e premiadas obras literárias, como por exemplo, Os Bestializados (1987), A formação das Almas (1990) e Cidadania no Brasil: O longo Caminho (2011), entre outros. Além disso, é detentor de diversos títulos honoríficos e realizou palestras em outros países da Europa, América Latina e inclusive na África.

   Após discorrer sobre o autor, tratarei agora a respeito do quarto capítulo da obra supracitada e da abordagem feita pelo autor, cujo tema é a “cidadania após a redemocratização”, e os múltiplos caminhos percorridos ao longo dessa trajetória.

   Neste capítulo, o autor, estando diante de uma virada de século, fala dos desdobramentos políticos e dos processos transitórios desde o período de redemocratização dos país, onde lança mão de uma metodologia quantitativa para apresentar números e dados estatísticos bastante convincentes para elucidar a repeito de diversas transformações ocorridas, e todos os efeitos desse conturbado momento pelo qual todo o país esteve imerso.

   O ponto mais elevado deste trajeto, que o permite comparar diversas alterações nesse período é a promulgação da Constituição de 1988, marcada por considerável ampliação dos direitos sociais, e que embora tivesse um progesso posterior lentamente desencadeado, foi responsável por índices consideráveis no desenvolvimento da educação fundamental, entendida como indispensável ao avanço do processo de cidadania. Outro exemplo usado por ele para apontar outra consequência é, ainda autilizando-se de métodos quantitativos, apontar dados sobre a distribuição de renda da população brasileira e dimensionar a desigualdade e suas relações diretas à questões raciais e regionais.

   Além dos avanços da esfera social observados por ele, há também os de ordem jurídica, garantidores de seguridade civil, mas que quando são observados na prática, ou seja, em efetivo funcionamento favorável à população, ficam restritas à parcelas ainda pequenas de grupos que detém pleno cochecimento de seus direitos, enquanto que a grande massa, por não conhecer as regras, não se utiliza dessas vantagens constitucionais.

   Por fim, ao concluir, o autor nos proporciona uma reflexão ampla a respeito da relação entre a tríade dos direitos civis, políticos e sociais ao longo da história da nossa república e remonta períodos dos mais diversos para apresentar inúmeras distorções na ordem de prioridades e de aplicação desses direitos por parte de alguns governos. Aborda, ao final, o caráter dispersivo por parte da sociedade brasileira no engajamento por garantia de seus direitos, afirmando que as tendências consumistas roubaram a capacidade de percepção e de entendimento sobre a importância de organização na busca por tais direitos.

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