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: Capítulo 8 - Século Das Luzes: O Ideal Liberal De Educação.

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Por:   •  19/8/2014  •  2.285 Palavras (10 Páginas)  •  16.845 Visualizações

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Parte l – A Pedagogia Liberal e Laica

O Século das Luzes XVlll, foi marcado por grandes mudanças, devido os pensamentos iluministas. Mudanças na politica, moral e religiosa.

Na educação, fortalecia-se a tendência liberal e laica, ou seja, treinando para serem bons trabalhadores, usando sua mão-de-obra, ideia dos burgueses. Em Portugal permanecia o absolutismo “esclarecido”, onde o Rei é absoluto com ajuda dos filósofos. Com esses iluministas veio a percepção que antes mercantilista, onde trocavam mercadorias, trouxeram o poder da moeda que com ela poderiam comprar mercadorias, ao invés de troca-las, valendo mais. Junto com este movimento aparece a tão usada hoje, tecnologia.

Contexto Histórico

As Relações Burguesas

Nas grandes mudanças que abalaram a Europa no século XVlll, enquanto a burguesia ficava em segunda posição, os nobres que faziam suas próprias leis.

Em 1750 inicia a Revolução Industrial, marcada pela implantação da maquina a vapor nas fabricas, reivindicando para si o poder politico, a burguesia.

No século XVlll explodiram as revoluções burguesas. Em 1688, na Inglaterra a Revolução Gloriosa já destronava os stuarts absolutistas. Movimentos de emancipação ocorreram no Novo Mundo, com as ideias liberais de Lock. Uns bem sucedidos com a Independência dos E.U.A (1776), e outros reprimidos com as Conjurações Mineiras (1789) e Baiana (1798) no Brasil. Mas como grande acontecimento europeu, a Revolução Francesa (1789), que depôs os Bourbons. Os burgueses defendiam os princípios de “sociedade”, liberdade e fraternidade”, eram contra a hereditariedade dos nobres.

Os Ideais Iluministas

O iluminismo é uma dos marcos importantes do século XVlll, é o poder da razão humana de interpretar e reorganizar o mundo, ou seja, antes com a racionalidade e a revolução cientifica o humano só aprende e entende sobre tal coisa, e sendo um “iluminado”, ele quer conhecer parar dominar. Quanto mais a sociedade pensar, menos ela é explorada.

Na economia, o liberalismo representava as asperações da burguesia desejosa de gerenciar seus negócios, sem a intervenção do Estado mercantilista. Como citada a cima na descoberta da moeda.

Na politica, contra o absolutismo, são elaboradas as teorias contradualistas, com a legitimação do poder através do pacto entre indivíduos.

Na moral. Acontece a recuperação da espontaneidade do sentimento, evitando os preconceitos que quebram a vida moral, nos fazendo antes retornar a natureza.

Na religião, apenas existia Deus, desconsiderando varios dogmas impostos.

O Despotismo Ilustrado

Em lugares como Portugal, Prússia, Áustria e Rússia, onde ainda barrava o absolutismo, os reis camuflavam seu caráter absoluto com os discursos dos filósofos iluministas, para parecerem racionais e tolerantes. Queriam um Estado leigo, secularizado e desposto a intervir em diversas áreas, inclusiva na educação. Todas essas repercussões refletiram também no Brasil.

Educação

Na história do Iluminismo não fazia mais sentido atrelar a educação a religião, nem aos interesses de uma classe como queria aristocracia. A escola deveria ser leiga, sem religiosidade e livre, sem privilégios de classe.

E por uma educação universal, o marquês Condorcet, em 1792, redigiu o Plano de Instrução Publica, que estendia a todos os cidadãos a instrução publica e gratuita, e ao saber técnico necessário á profissionalização. Não aceito, logo foi apresentado por Le Peltier em 1793, o Plano Nacional de Educação, realçando o sistema de educação nacional como mola mostra do nosso regime politico e social.

Dificuldades do Ensino

A situação era crítica na Europa: Escolas insuficiente; mestres sem qualificação adequada; mestres mal pagos; permeando na profissão atpe que arrumassem outro coisa melhor; abusavam das praticas de castigos corporais; prevalecia o dualismo escolas, ou seja, uma escola para o povo e outra para a burguesia; discuido com a instrução primaria gratuita e popular, sendo um segmento retomado pelo clero.

No período napoleônico no século XlX, o Estado demonstrava mais interesse pelo ensino médio , porque via com mais desconfiança a iniciativa do ensino particular.

Reformas na Alemanha

Na Alemanha é reconhecido a necessidade de investir na educação. Após tornar-se obrigatório o ensino primário, amplia-se a rede ou escolas iluministas. Em1763, o Estado assume controle da educação, nomeando aspectos e colocando um nome no final do curso secundário para o acesso a universidade.

Foram criadas também as Escolas Reais, com ensino técnico e cientifico. Logo a Alemanha coloca em prática este ensino.

Para Basedow, “a educação ter por fim dar condições para o individuo ser feliz”. Deste modo, este admirador de Rousseau inspirou a fundação de colégios semelhantes em outros locais, tornando o ensino alemão menos antiquado.

Portugal e a Reforma Pombalina

No século XlX, os jesuítas ainda influenciavam os colégios, porém com toda critica, eles foram expulsos de vários países, como Portugal e no Brasil em 1759.

Deste ato, foi instruído no mesmo ano a educação leiga, com responsabilidade total do Estado.

Foi então da Companhia de Jesus em 1773 que o papa Clemente extinguiu aos Estudos Menores, correspondendo ao ensino fundamental e médio. Em 1772 foi iniciada a segunda fase, com a Reforma dos Estudos Maiores afastando a Companhia de Jesus,assumindo a ordem do Oratório, sedo visão mais avançada e aberta as ideias iluministas. Neste mesmo ano, Pombal institui o subsídio literário para financiar as reformas projetadas. Tendo assim, professores selecionados e pagos pelo Estado, tornando-se funcionários públicos.

O despotismo esclarecido queria modernizar p país. ,as preservar a monarquia absolutista e a religiosidade.

Pedagogia

O Pensamento Iluminista

O pensamento que marcou o iluminismo foi a politica educacional focada no esforço para tornar a escola leiga e função do Estado.

Para contribuir na Pedagogia da Ilustração tínhamos três tendências: Os enciclopedistas, o naturalismo de Rousseau e a Pedagogia idealista de Kant. Como veiculo importante das luzes da razão e no combate as superstições e ao obscurantismo religioso, eram encarados oir filósofos o como Diderot, D’Alembert, Voltaire, Rousseau e Helvetius.

A Pedagogia de Rousseau

Jean- Jacques Rousseau (1721-1778), natural de Genebra na Suíça, abandonou sua terra natal como 16 anos. Em Paris, onde passou a residir, conviveu com os enciclopedistas, tornando-se muito amigo de Direrot, e muito criticado por Voltaire.

Rousseau se destacava na filosofia politica. Na sua teoria da educação: seu pensamento constituiu “um marco na pedagogia contemporânea” (ARANHA.2006, P 177).

A Concepção Politica e Rousseau

Rousseau criticou o absolutismo e elaborou fundamentos da doutrina liberal. Ele tem um pensamento democrata.

Para Rousseau, o individuo em estado de natureza é bom, mas corrompe na sociedade, que destrói sua liberdade. Ele diz que o cidadão não escolhe representantes a quem delega o poder, os depositários do poder não são senhores do povo, mas seus oficiais, e apenas executam as leis que emanam do povo. Portanto, o soberano é o povo incorporado, o corpo coletivo que exprime, na lei, a vontade geral. Contudo, temos que ter cidadãos ativos.

Naturalismo e Educação Negativa

Rousseau centralizava os interiores pedagógicos no aluno e não mas do professor, ele quer que o ser humano integral suja educado para si mesmo: “ Viver é o que eu desejo ensinar-lhe”. Rousseau propunha buscar a verdadeira natureza, que corresponde a vocação humana, assim o autor preconiza a educação afastada ao artificialismo das convenções sociais. A educação deve buscar a espontaneidade original, livre da escravidão dos hábitos exteriores, a fim de que o individuo seja dono de si mesmo.

A educação natural consiste na recusa ao intelectualismo, que leva fatalmente ao ensino formal e livresco.

Além de naturalista, a educação preconizada por Rousseau é também de inicio negativa. Ele teme a educação que põe a criança em contato com os vícios e a hipocrisia.

Rousseau não dava muito valor ao conhecimento passado e queria que a criança aprendesse a pensar com desenvolvimento interno e natural.

O Preceptor: A Dialética “ Liberdade e Obediência”

O professor deve aprender a lidar os com os próprios desejos da criança e a conhecer os limites para se tornar um individuo adulto dono de si mesmo.

Enquanto sucumbe ao impulso, é escravo do seu desejo e, quando aprende que existem leis, sozinho as descobre: a liberdade é, pois, a obediência a lei p0or ele mesmo oculta.

Avaliando as Criticas a Rousseau

Uma delas é a acusação de propor uma educação elitista. Outra referiu-se a separação entre aluno e sociedade: neste caso, estaria defendendo uma educaçãoindividualista.

Rousseau é um opositor da educação do seu tempo, extremamente autoritária, interessada em adaptar e adestrar a criança e que ao contrario dele, se apoiava na concepção de uma natureza humana má.

Por fim, pode-se ainda criticar a posição de Rousseau com relação a mulheres, que, segundo ele, deve ser educada para servir aos homens. Embora fosse essa a concepção corrente no seu tempo, alguns teóricos como Comênio e Condorcet, já teriam considerações sobre a maior participação da mulher na sociedade.

Kant e a Pedagogia Idealista

Immanuel Kant (1724-1804), construiu um dos mais importantes sistemas filosófico no século XVlll. Elaborou uma teoria que investiga o valor dos nossos conhecimentos a partir da critica das possibilidades e limites da razão.

Para Kant, “ o nosso conhecimento experimental é um composto do que recebemos por impressões e do que a nossa própria faculdade de conhecer de si mesma teria por ocasião de tais impressões”

A Consciência Moral

Para Kant as questões metafisicas como Deus, a imortalidade da alma, a liberdade e a infinidade do Universo, não são acessíveis ao conhecimento, ou seja, a razão não é capaz de conhecer as realidades que não se oferecem a nossa experiência sensível. Além de ato de conhecimento, o individuo é capaz de outra atividade espiritual, o exercício da consciência moral, por meio da qual rege a vida matica conforme certos princípios.

Kant conclui que só o ser humano é moral, por ser capaz de atos de vontade, por imposição incondicionada, absoluta.

A ação moral é autonomia porque o ser humano é o único ser capaz de ser determinar segundo leis que a própria razão estabelece.

A Educação e Liberdade

A partir do postulado de liberdade, a moral formal baseia-se na autonomia.

Caráter moral: “ O homem só pode tornar-se homem pela educação, e ele é tão – somente o que a educação fez dele”.

Ao unir educação e liberdade, Kant redefine a relação pedagógica, reforçando a atividade do aluno, que deve aprender a “pensar por si mesmo.

A Pedagogia em Portugal

Naquela época alguns teóricos refletiram sobre os novos rumos da pedagogia, eles se ocupavam com a educação em decorrência do desejo da implantação das ideias ilumunistas nas novas gerações. Citamos ele: D. Luis da Cunha (1669-1740), Ribeiro Sanches (1699-1783), Luis Antonio Verney (1713-1792). Em destaque , Verney salienta o valor básico de gramatica nacional: a língua de origem, como referencia de comunicação verbal, deve constituir o princípio dos estudos da gramática. Ao criticar os castigos corporais, os exercícios de memória e as praticas afetadas da conversação em latim, Verney aborda temas relativos ao aprendizado da retórica, de suas regras e a questão de estilo como veículos prrivilegiados de expressão do discurso.

Conclusões

Ao longo destes anos foi observado como as mudanças nas relações entre os seres humanos sociais, na politica e economia exigiram transformações na educação. Desde o Renascimento, lutava-se contra a visão do mundo feudal, aristocrática e religiosa, a qual se opunha a perspectiva burguesia, liberal e leiga.

O Século das Luzes expressou no pensamento controvertido de Rousseau anseios que animariam as reflexões pedagógicas no período subsequente. Rousseau propões e desenvolvimento livre e espontâneo, resultando a existência concreta da criança.

O pensamento de Kant também se insere no momento de critica a educação dogmática, aberto pela Ilustração.

Por fim, as ideias pedagógicas dos “estrageirados” levaram para Portugal os sopros do Iluminismo europeu, que deram o substrato teórico para importantes reformas no ensino.

Parte ll – O Brasil na Era Pombalina

Contexto Histórico

No século XVlll, a Europa enfrentava a crise do Antigo Regime. Ao absolutismo e ao mercantilismo opunham-se os ideais liberais, que culminariam nas revoluções burguesas. A Inglaterra, antecipando essas alterações politicas e econômicas. Portugal achava-se em franco declínio e se submetia a tratados comerciais para si e para a colônia, em troca de proteção da Intglaterra, com o Tratado de Methuen.

No Brasil, as plantações de cana-de-açúcar do Nordeste sofreram rude golpe com a concorrência estrangeira. Porém, com a descoberta de minas de ouro, o centro econômico passou para o Sul de Minas Gerais e região Sul.

Os senhores do engenho praticavam a exploração agrícola por meio de trabalho escravo. Com a mineração, que também foi um processo de urbanização, provocou o inicio a uma pequena burguesia, dedicada ao comercio interno. Quando começou a extração de outro, Pombal, instituiu a cobrança de impostos, criando assim um ambiente de tensão, colocando companhias para controlar o monopólio do comercio e a proibição de qualquer atividade manufaturada no Brasil.

Devido a isso tiveram movimentos contra a opressão colônia, como em 1720, em Vila Rica e, em 1789 a Conjuração Mineira e a Conjuração Baiana.

Educação

As Aldeias Missionárias

No auge do século XVlll, recrudesceram as dissidências entre Portugal e Espanha sobre as fronteiras das Sete Missões, e na região do Prata, permanecia pelas “guerras guaraníacas”.

Ao mesmo tempo, crescia a animosidade contra a Companhia de Jesus. O governo temia o seu poder econômico e politico, exercido maciçamente sobre todas as camadas sociais ao modelar-lhes a consciência e o comportamento.

Pombal atribuiu-se a Companhia o interesse de formar um “império temporal restão” , referindo-se a resistência indígena dos Sete Povos.

Em 1759 os jesuítas expulsos.

A Reforma Pombalina no Brasil

Após a expulsão dos jesuítas, elevado em efeito só a partir de 1772, implantavam o ensino publico oficial a coroa, nomeou professores, estabeleceu planos de estudos e inspeção e modificou o curso de humanidades, típicos do ensino jesuítico, para o sistema de aulas régiias de disciplinas isoladas.

As vantagens proclamadas pelo ensino reformado decorriam da intenção de oferecer aulas de línguas modernas como o francês, o desenho, aritmética, geometria, ciências naturais, no espirito dos novos tempo e contra o dogmatismo da tradição jesuítica.

Ensino Profissionalizante

Antes o trabalho manual visto como “trabalho desqualificado”, foi qualificado pela Companhia de Jesus, que dispôs algumas escolas oficiais em que os jesuítas eram mestres.

Conclusão

No século XVlll, apesar das grandes transformações sociais, econômicas e politica, o Brasil ainda permaneceu com sua aristocracia agrária escravista. Porém, mesmo com essa sociedade foi permitido a formação de uma elite intelectual, resultando de um ensino predominante clássico, que foi amadurecendo cada vez mais nos anos seguintes.

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