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Cartografia Cultural

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Por:   •  24/10/2013  •  1.247 Palavras (5 Páginas)  •  678 Visualizações

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Cartografia e Cultura

No texto Cartografia e Cultura: Abordagens Para a Geografia Cultural de Jörn Seemann da Universidade Regional do Cariri (URCA), ano de 2010, Editora de UERJ, volume um.

Na primeira metade do século XX, o geógrafo Carl Sauer notou que os mapas são recursos essenciais para a geografia, eram a língua geográfica. A geografia cultural buscava mostrar as marcas visíveis na paisagem que resultaram das atividades humanas transformadoras do espaço físico. No fim da década de 70 alguns geógrafos manifestaram sua indignação com a geografia cultural que apenas estudava a distribuição de culturas e elementos culturais no tempo e no espaço e o potencial das comunidades humanas para modificar seu espaço, segundo eles esses temas a serem abortados ficavam distantes do que estava ocorrendo na época (injustiças sociais e lutas políticas). As pesquisas em geografia se subordinam a um projeto político que prescreve uma linguagem acadêmica e científica normativa para obter certezas, com a leitura de textos e mapas e o questionamento da validade incondicional das normas, revelam que o ato de escrever e representar não é um processo que consiste construções sociais, mas sim que podem e devem ser questionadas, desconstruídas e reformuladas, os mapas não são limitados em dados estatísticos. Muitos geógrafos culturais não reconhecem o valor dos mapas com o seu trabalho, já os cartógrafos demonstram abertura para a tecnologia, mas não para ideias novas, pois temem a perda cientifica da disciplina. Em decorrer disso estabelece-se a relação entre o mapa como fato material e o contexto em que ele era produzido, usado e interpretado, o mapa deixou de ser visto como um mero produto cartográfico, mas sim como manifestações culturais inseridas em processos socioculturais, econômicos e políticos.

Com o estudo de diferentes culturas no tempo e no espaço, observa-se ideias e fatos espaciais também se encontram em inúmeras formas de práticas sociais como danças, gestos, canções e rituais, não só em grupos distantes da nossa realidade, mas também em nossa própria sociedade, como é dito no texto. O mapeamento trata de mundos materiais e imateriais de fatos e desejos, enquanto o mapa uma materialização do conhecimento humano e um estímulo para novos conhecimentos. A função para o geógrafo cultural é investigar como as práticas de mapeamento surgem, mudam e desaparecem como essas práticas servem para projetar, organizar e representar mundos e como as novas maneiras de experimentar o mundo pode mudar o significado e as práticas de mapeamentos. Como citado Cosgrove aproximou os mapeamentos materiais e espirituais à geografia cultural, há outros autores que os pensamentos têm contribuído para estimular debates referentes a perspectivas cartográficas na geografia humana. O conhecimento verdadeiro ou falso e vozes não acadêmicas precisavam ser considerados.

Nos anos 70, foram indicadas por Wood (1978) maneiras diferentes de mapear o espaço e lugar, ele propôs a cartografia da realidade que não se baseia em abstrações insuspeitas, que precisa ser estabelecida no cotidiano, além cartografia humanística, também disse que os mapas oficiais são mascarados, que por essa razão precisam ser analisado de uma forma mais completa, com desconfianças. Olsson (2007) ao classificar a cartografia como existência humana se apóia mais no potencial metafórico dos mapas quando crítica à razão cartográfica, segundo ele uma cartografia do pensamento ajuda os seres a compreender o que significa ser humano, assim ele destaca a importância da linha de poder que separa o significado do significante, o que importa não são os objetos e fenômenos ou o significado ou a palavra que atribuímos a esses, mas a relação entre os dois elementos do signo Saussuriano. Estudos entre a geografia cultural e os estudos pós-coloniais incluindo práticas de mapeamento que serviam como ferramentas e instrumentos de controle, opressão e discurso para as autoridades coloniais, revelando como nações, identidades e raças foram construídas ou enganadas através de mapas, por isso as políticas de representação podem exercer um papel essencial no processo de construção da nação ou fortalecer o poder do estado, o mapa como texto se torna um recurso discursivo poderoso que reflete expressa e ajuda a criar conhecimento geográfico entre outros. Existem vários estudos que investigam o poder dos mapas e o seu contexto político no passado e no presente. Os geógrafos culturais, políticos e históricos prestam mais atenção em mapas que são usados como discurso geográfico para instigar nacionalismo ou formar identidades e espaços que poderiam ser definidos como geo-corpos, esses mapas podem anteceder ou até substituir o território. Os mapas de fins políticos podem levar a ansiedade cartográfica segundo GREGORY (1994) e KRISHNA (1996), isso é medo e reconhecimento

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