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Colonialismo

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Por:   •  5/6/2013  •  Resenha  •  746 Palavras (3 Páginas)  •  468 Visualizações

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Quanto ao fato de o pós-colonial ser um conceito confusamente universalizado, sem dúvida certo descuido e homogeneização têm ocorrido, devido à popularidade crescente do termo, seu uso extenso, o que às vezes tem gerado sua aplicação inapropriada. Há sérias distinções a serem feitas, as quais têm sido negligenciadas, o que tem causado um enfraquecimento do valor conceitual do termo. A Grã-Bretanha é pós-colonial no mesmo sentido em que são os Estados Unidos? É conveniente considerar os Estados Unidos uma nação pós-colonial? Deveria o termo ser aplicado igualmente à Austrália, um país de colonização branca, e à Índia? A Grã-Bretanha e o Canadá, a Nigéria e a Jamaica seriam todos igualmente póscoloniais? Os argelinos que vivem em seu país e os que vivem na França, os franceses e os colonos pied-noir, seriam todos eles póscoloniais? A América Latina seria pós-colonial, ainda que suas lutas de independência tenham ocorrido no início do século dezenove –portanto bem antes da recente fase de descolonização à qual otermo se refere mais evidentemente – e tenham sido lideradas pelos descendentes dos colonizadores espanhóis que haviam colonizado os povos nativos? (HALL, 2009, p. 99-100, grifos no original).

ESCLARECENDO

[...] o termo pós-colonial não se restringe a descrever uma determinada sociedade ou época. Ele relê a colonização como parte de um processo global essencialmente transnacional e transcultural –e produz uma reescrita descentrada, diaspórica ou global das grandes narrativas imperiais do passado, centradas na nação. Seu valor teórico, portanto, recai precisamente sobre sua recusa de uma perspectiva do aqui e lá, de um então e agora, de um em casa e no estrangeiro. Global neste sentido não significa universal, nem tampouco é algo específico a alguma nação ou sociedade (HALL, 2009, p. 102, grifos no original).

[...] é a conquista da América que anuncia e funda nossa identidade presente. Apesar de toda data que permite separar duas épocas ser arbitrária, nenhuma é mais indicada para marcar o início da era moderna do que o ano de 1492, ano em que Colombo atravessa o oceano Atlântico. Somos todos descendentes diretos de Colombo, é nele que começa nossa genealogia – se é que a palavra começo tem um sentido (TODOROV, 2003, p. 7).

Não penso nada sobre o descobrimento porque o que houve foi conquista. E sobre conquista, meu pensamento em definitivo é o da

Shiva (2003) hegemônico de pensar, de sentir e de viver a realidade. Partindo de uma observação provocativa, a autora indaga: “Com frequência, nos tempos de hoje, o extermínio completo da natureza, tecnologia, comunidades e até de uma civilização inteira não é justificado pela falta de alternativas?” (SHIVA,2003, p. 15, grifo no original). Face à própria pergunta, Shiva enfaticamente responde: “as alternativas existem, sim, mas foram excluídas. responde: “as alternativas existem, sim, mas foram excluídas. Sua inclusão requer um contexto de diversidade. Adotar a diversidade como uma forma de pensar, como contexto de ação, permite o surgimento de muitas opções”

As “monoculturas da mente” são o resultado da violência epistêmica perpetrada contra os sistemas tradicionais de saber, considerados pela razão científica dominante como “não

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